O cenário empresarial vive um constante processo de evolução. E não é só o investimento em avanços tecnológicos que nutre o sucesso dos negócios. A tendência de um mercado formado por consumidores que valorizam marcas com propósitos sociais para além dos produtos que ela comercializa é crescente.
Ser fiel a uma causa social é tão importante para se posicionar entre os melhores players do mercado quanto a diversidade e inovação. Talvez hoje, este seja um dos maiores diferenciais competitivos que uma empresa pode ter.
É preciso entender que não adianta ter apenas uma comunicação sobre propósitos sociais, se a companhia não aplica isso verdadeiramente nos seus processos.
O consumidor agora quer saber: qual o propósito da sua marca?
A qualidade dos produtos, preços justos e que caibam no bolso do seu público-alvo são requisitos de grande relevância para o sucesso de um negócio. Porém, nos dias atuais isso não é mais o suficiente para manter uma empresa competitiva no mercado.
A verdade é que o consumidor moderno tem investido cada vez mais o seu dinheiro, tempo e atenção em marcas com as quais se identifica pessoalmente e que compartilha dos mesmos valores e crenças.
Hoje, ter um propósito alinhado com a sua audiência, que reflita seus valores e crenças, saúde e bem-estar, sustentabilidade ambiental e até mesmo conexões familiares, tem um peso muito grande na decisão de compra.
Mas o que exatamente vem a ser esse atributo? O propósito de uma marca é a sua essência, a verdadeira razão dela existir, o que a torna relevante e útil para os seus clientes; é resolver um problema. Com base nesse objetivo que são baseadas as suas ações.
Toda empresa é construída com uma finalidade central de suprir alguma carência do mercado. O quão bem ela torna isso uma realidade e quanto mais ela se compromete com a sua responsabilidade social, maior é o seu poder de persuasão, de encantar e reter clientes.
Dessa forma, para encontrar o seu propósito e torná-lo ativo no dia a dia do negócio, é importante fazer os seguintes questionamentos:
- qual o motivo da marca existir?
- qual papel ela desempenha na vida dos clientes?
- que tipo de soluções ela oferece?
- como o mundo seria diferente sem ela?
É necessário trabalhar todos esses pontos para saber o que a torna especial, e o que será a ponte para criar conexões mais fortes e de maior relevância para os consumidores.
Vivemos em uma era que a experiência do cliente deve ser prioridade. E se não há transparência nessa relação, eles podem descobrir com muita facilidade se uma marca está cumprindo sua promessa ou não.
Portanto, agir de acordo com o seu propósito é uma questão de sobrevivência.
Consumidores querem escolher mais do que produtos
Quem teme ficar à margem do mercado deve assumir um posicionamento coerente; cultivar princípios que norteiam sua responsabilidade com o bem-estar da sociedade de um modo geral.
Quando as marcas assumem o seu papel para construir um mundo melhor, elas se tornam mais humanas, mais próximas à sua audiência e encontram o caminho do crescimento sustentável.
O intuito não é adotar uma postura para segmentar o seu público e lucrar com isso, mas sim fazer a diferença na vida das pessoas, de modo que elas se sintam acolhidas e confortáveis ao utilizar os produtos e serviços daquela organização.
Por mais revolucionário que seja determinado bem que a marca comercializa, não há mais espaço para quem oferece condições de trabalho degradantes para os seus funcionários, por exemplo.
As pessoas descobrirão bem rápido o seu verdadeiro modo de agir e a sua imagem pode ser comprometida para sempre.
Não basta comunicar, marcas com propósitos sociais devem ser responsáveis
O fato de ter um propósito está muito relacionado com a capacidade da empresa se tornar parte da solução e não do problema social. Nesse sentido, as organizações precisam mudar suas estruturas internas e sua postura em tudo que faz.
Isso porque o senso de propósito das novas gerações de consumidores está refinado, eles percebem quando uma marca está realmente engajada com aquele objetivo ou trata-se apenas de uma jogada de marketing.
Não adianta se comunicar bem nas mídias sociais, declarar um tipo de posicionamento e manter um relacionamento próximo aos clientes no Facebook, Instagram, LinkedIn, se a empresa não cumpre com aquilo que promete.
Empresas que não tem suas ações alinhadas com o seu discurso são facilmente desmascaradas. Hoje, um propósito genuíno consiste em fator fundamental para garantir a longevidade dos negócios.
O crescimento das marcas com propósitos sociais
Diante de uma audiência sensivelmente mais crítica e atenta, as marcas não somente podem como devem patrocinar a defesa de causas. É isso que a sociedade espera delas e talvez um dos fatores que mais tem influenciado no processo de fidelização de clientes
Ao adotar a postura de atuar por um objetivo em comum, as empresas ganham mais visibilidade, conseguem atrair mais seguidores engajados com a marca, e nada melhor do que ter os próprios clientes como propagadores do seu trabalho.
Erros que devem ser evitados a todo custo
Não ter um propósito bem-definido
Um dos principais erros que boa parte das empresas cometem é a falha em delimitar o seu propósito. Muitos fundadores, ansiosos para tirar o seu negócio do papel e obter um rápido retorno dos investimentos, focam na história e na divulgação da marca, mas acabam pecando na fixação dos valores que norteiam sua atuação.
É preciso definir objetivos claros, ter consciência do impacto que desejam causar na sociedade ou pelo menos para o seu nicho de mercado — oferecer algo que transcenda seus produtos e serviços ou categoria.
A definição do propósito é um passo indispensável não somente para se conectar com os consumidores, mas também para estabelecer um bom diálogo e conquistar a confiança dos seus stakeholders.
Quando o escopo da empresa é bem delineado, a comunicação interna se torna mais eficiente e os próprios funcionários representam os defensores mais poderosos da marca.
O segredo é demonstrar seu compromisso com a melhoria da vida de seus clientes. Como resultado, os clientes tornam-se “advogados” da marca e conversam sobre ela e, finalmente, ajudam a construir seus negócios.
Demonstrar mais interesse em si mesma
Outro cuidado que as empresas devem ter é em relação ao seu comportamento ao divulgar o propósito. Nesse contexto, muitas delas pecam na autopropaganda — estão mais preocupadas em mostrar o impacto que causam na vida das pessoas, do seu público.
Embora estejam compartilhando algo positivo, isso transmite a ideia de interesse próprio. O ideal é que deixem transparecer as ações, não focar simplesmente nos resultados.
Se estão arrecadando alimentos para distribuir no Natal, por exemplo, o importante é divulgar a campanha, promover o engajamento das pessoas, em vez de se vangloriar da sua ajuda à comunidade.
Confundir a sua categoria com propósito
Confundir a sua categoria de negócio com o propósito é outro erro comum que as marcas geralmente cometem. Isso acontece quando elas não conseguem definir um ponto de vista único dentro de uma categoria mais ampla.
Por exemplo, a marca defende a sustentabilidade do meio ambiente, mas dentro desse tema existe um leque de causas para se defender: seja o posicionamento contra o uso de pele de animais; contra o uso de materiais plásticos; apoio de um projeto de preservação da vida marinha.
Do contrário, suas mensagens e esforços são perdidos em meio a tantas outras marcas em busca de maior engajamento, de gerar valor para sua audiência. Criar um ponto de vista único é um dos melhores caminhos para se destacar entre milhares de outros concorrentes.
Se preocupar excessivamente com o produto e esquecer o legado
Um dos primeiros pontos a serem observados por marcas com propósito social é a forma como ela conduz o seu legado. Dificilmente uma empresa será bem-sucedida concentrando-se apenas na sua rotina, nos seus produtos e no impacto social que ela provoca.
Organizações em sintonia com o seu propósito têm a maturidade de saber que o marketing não é mais sobre a própria empresa, mas sobretudo como ela é capaz de mobilizar seus stakeholders internos e externos para atingir suas metas, sem perder os valores e propósitos compartilhados.
Para tanto, o principal aspecto é saber com clareza qual diferença ela fará no mundo, na vida dos funcionários, clientes e investidores. Enfim, o intuito não é somente produzir com qualidade, mas ter uma contribuição rica naquilo que acredita.
Trata-se de operar como uma missão em uma empresa, em vez de uma empresa com uma missão. O sentido não é somente criar marketing em torno de seus esforços de sustentabilidade e responsabilidade, mas sim que ela viva esses valores e inspire o seu público.
Em plena era de transparência digital, marcas com propósitos sociais se tornaram um requisito básico para alcançar a competitividade necessária e ter a oportunidade de escalar o seu negócio inclusive para outros mercados. Afinal, essa postura gera um senso de pertencimento, confiança e isso inspira parcerias em novos ecossistemas.
Um dos maiores segredos de um empreendimento bem-sucedido hoje é a sua capacidade de construir um propósito ímpar e angariar o apoio do maior número de pessoas que se dediquem à causa. Para saber mais sobre o assunto, faça o download do e-book que ensina como utilizar conteúdo para criar defensores para sua marca.
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