O crescimento do hábito de fazer compras na internet não é nenhuma novidade. A desconfiança do passado já não existe mais e o momento é de uma aceitação natural.
A prova disso está nos números: de 2017 a 2018, as compras online no Brasil somaram R$ 166,2 bilhões. Todo esse dinheiro foi gasto, basicamente, entre plataformas de marketplace e e-commerce. Poucos sabem, mas há diferenças entre esses dois modelos de negócio!
A tradicional loja online tem passado por mudanças, muito por conta da busca da redução dos processos logísticos, o que também gera menos custo.
Há ainda a intenção de atrair públicos cada vez mais amplos, o que demanda uma adaptação na forma de expor produtos online. São essas características que impactam diretamente na decisão entre um marketplace ou um e-commerce.
Neste post, você entenderá melhor qual é a diferença entre esses dois tipos de comércio online. Entenda o funcionamento de cada um deles, quais são suas características e veja as principais diferenças!
Qual a diferença entre marketplace e e-commerce?
Você com certeza já leu ou ouviu falar nos dois termos: marketplace e e-commerce. Talvez, também tenha pensado que ambos são iguais, mas não é exatamente assim.
Na prática, os dois modelos de plataforma são lojas online tradicionais. As marcas vendem os produtos por lá, sem nenhuma diferença. O que acontece é que o modo de funcionamento é bem diferente, só que nem sempre isso impacta o consumidor.
O e-commerce
O e-commerce é uma loja online tradicional em que a marca vende seus produtos, cuidando de todo o processo, desde a compra até a entrega.
Naturalmente, nesse processo, pode haver a terceirização de algum serviço, mas a certeza é de que o produto adquirido vem diretamente dessa empresa. A marca só vende ao consumidor o que ela tem em seu estoque próprio e que faz parte de seu rol de produtos.
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O marketplace
No modelo de marketplace, isso funciona de forma diferente. São plataformas online que reúnem produtos de diversas lojas, oferecendo uma gama muito mais ampla de itens.
O consumidor compra da marca que é dona do varejo digital, ou seja, daquele site, porém, os produtos são de outras marcas. Em outras palavras, o marketplace é como se fosse uma grande vitrine em que diversas empresas expõem seus itens.
Além dessas duas diferenças mais básicas, que se referem justamente ao modelo de negócio, essas plataformas de varejo têm um modo de funcionamento único.
Isso também impacta uma série de outras questões, como o investimento e a operação logística. São questões muito importantes e que devem ser conhecidas a fundo, seja por gerentes e empresários, seja pelo consumidor. Saiba mais logo abaixo!
Quais são as principais características de cada plataforma?
Marketplace e e-commerce não chegam a travar um duelo pelo melhor modelo de negócio, pois têm diferentes propostas.
De qualquer forma, é bom observar como os dois modelos conduzem suas atividades e como é o funcionamento da loja virtual em cada um deles. As diferenças ajudam no entendimento das escolhas de uma marca, e isso pode despertar bom insights para quem tem o próprio negócio.
O investimento
Manter um e-commerce próprio requer investimentos, independentemente da amplitude da oferta dos seus produtos. Ainda que sua loja seja pequena, alguns custos são básicos, como a própria aquisição da mercadoria, quando você é um revendedor.
No e-commerce, é preciso investir mais: mão de obra, locais para armazenamento, provedores logísticos de entrega e uma série de outros detalhes, como um servidor dedicado para loja virtual.
O marketplace dispensa todos esses gastos. Basicamente, o único trabalho se refere a como criar um site e mantê-lo ativo, e gerenciar as operações. O número de colaboradores envolvidos é muito menor, além de não haver a necessidade de armazenar produtos.
Tendo isso em vista, o marketplace é apenas um ambiente que conecta lojas aos clientes. Ele só repassa a informação de compra, enquanto a marca faz o envio direto ao comprador.
A operação logística
Manter uma loja online também demanda operações logísticas básicas, como o armazenamento, a separação, o preparo e o envio das mercadorias. Além disso, a gestão do estoque é outro trabalho importante que evita problemas com o consumidor.
Tudo isso é comum à realidade do e-commerce, sendo apenas parte do trabalho, mas que requer despesas e uma organização operacional para que tudo saia como o planejado.
Por apenas expor os produtos, o marketplace não tem no seu trabalho nenhuma etapa de logística. Ele apenas registra as vendas, repassa os valores às marcas parceiras e recolhe a sua parte no negócio. O envolvimento é muito menor e dispensa totalmente a operação logística. Isso representa uma economia significativa.
A forma de pagamento
Há poucas diferenças entre marketplace e e-commerce nesse quesito. As lojas online tradicionais oferecem uma ampla seleção de formas de pagamento: cartão de crédito, transferência bancária, boleto ou por meio de plataformas intermediadoras.
Em qualquer uma dessas alternativas, o usuário está em total segurança, naturalmente, desde que o e-commerce em questão seja confiável.
Quanto ao marketplace, as formas de pagamento podem variar. Alguns fazem do modo tradicional, disponibilizando o checkout direto em seu site e se responsabilizando diretamente por cada compra.
No entanto, há alguns sites que optam pelo redirecionamento. Nesses casos, eles apenas expõem o produto e, na hora de fechar a compra, o consumidor é levado ao site da marca. Essa prática do marketplace pode ter dois desdobramentos.
O primeiro é a desistência da compra quando há o redirecionamento, uma vez que o usuário percebe que não é aquela empresa que vende o produto diretamente.
Outra questão é um possível problema com o envio da mercadoria, quando a compra é fechada no marketplace. Isso pode gerar dor de cabeça, já que o consumidor vai buscar uma solução junto a esse intermediador.
O alcance do público
Empresas têm seu próprio público-alvo e persona e é para quem seus produtos são vendidos. Ainda que a seleção de itens seja pequena, aquele é o seu nicho e o entendimento é na direção de ser fiel àquilo. Os e-commerces funcionam assim, sempre seguindo a proposta da marca.
Se uma empresa é especialista em produtos esportivos, jamais produzirá ou disponibilizará no seu site um sapato social, por exemplo.
Já o marketplace tem uma atuação naturalmente mais ampla. É comum que eles não se prendam a um mercado específico, e isso gera muito mais alcance, ainda que não gere engajamento e fidelização.
Usuários que chegam ao marketplace, geralmente, vêm de buscas por produtos na Web. Não necessariamente, retornarão àquele site no futuro. No e-commerce, por ter um direcionamento específico, o retorno tem muito mais chances de ocorrer.
A competitividade no mercado
Marketplace e e-commerce também precisam lidar com seus concorrentes de maneira diferente.
As lojas online tradicionais são focadas em seu nicho de mercado e, dessa forma, competem apenas com as outras empresas do mesmo segmento. Se o seu setor é o de eletrônicos, sua preocupação em relação ao mercado será com os outros e-commerces do setor. A competitividade é mais controlada!
Já os marketplaces precisam lidar com todos os mercados, inclusive, com os e-commerces como seus concorrentes. Nesse tipo de plataforma, quase tudo é vendido pelos varejistas.
Assim, além de estarem inclusas em um mercado de marketplaces, essas empresas também têm como concorrentes qualquer outra loja online que venda a mesma categoria de produtos.
A lucratividade
Independentemente do tipo de negócio online, marketplace e e-commerce podem ser muito vantajosos, cada um em sua especialidade ou amplitude.
Atualmente, 7 a cada 10 brasileiros compram na internet, e isso representa todos os tipos de produtos que se possa imaginar. Naturalmente, uma loja, e-commerce ou marketplace tem a sua fatia desse bolo!
É possível avaliar o fator lucratividade por duas visões, considerando esses modelos de plataforma.
Enquanto os e-commerces faturam por oferecerem produtos específicos de valor agregado a um nicho, o marketplace ganha em volume, com pequenos percentuais de uma grande quantidade de vendas realizadas, em uma seleção enorme de itens. Difícil avaliar qual lucra mais, certo?
Como saber qual escolher para o seu negócio?
Nem sempre é fácil decidir por qual caminho seguir. A escolha entre e-commerce e marketplace deve seguir sempre alguns fatores já determinados previamente.
Diferentes empresas estão mais propícias a adotar um modelo de marketplace, por exemplo. Isso acontece com grandes varejistas, como é o caso da Walmart e das Lojas Americanas, duas gigantes que adotaram esse modelo.
Nesses casos, as duas gigantes do varejo têm uma ampla atuação e faturam muito com suas lojas físicas. Logicamente, ter um e-commerce seria uma oportunidade a mais de lucros.
No entanto, o custo operacional e logístico poderia ser alto demais, então, por terem um nicho mais amplo, optaram pelo marketplace. Assim, elas conseguem ter ganhos muito mais líquidos. Quem tem um público-alvo mais específico deve saber aproveitar isso.
Os e-commerces são os espaços de contato na Web, em que produtos dessa linha de interesse são vendidos. Esse é um canal de vendas direto e, para muitas marcas, é o único. Mesmo com os custos operacionais e logísticos, ter a exposição na internet é indispensável e muito valiosa quando o assunto é empreendedorismo digital.
A decisão deve partir, primeiramente, do entendimento do seu tipo de negócio, considerando se ele atende a um mercado amplo, ou um mais específico.
A partir disso, avalie os custos que cada atividade gera e a viabilidade de cada uma, para tomar a decisão mais adequada. Não existe aquela que é certa, pois é importante entender cada atividade empresarial.
Marketplace e e-commerce têm seus lugares consolidados nesse mercado cada dia mais inserido na transformação digital! Para as empresas, ambas as possibilidades de plataforma são lucrativas e ajudam a tornar a marca mais relevante e, principalmente, referência.
Gostou de entender as diferenças entre esses dois modelos? Agora, aproveite para saber quais os principais KPIs de e-commerce para avaliar o sucesso da sua loja virtual!
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