Muitos empreendedores de primeira viagem, ou até mesmo alguns com mais experiência, têm dúvidas sobre os primeiros passos na hora de empreender, e acabam focando no que acham mais urgente.
As prioridades acabam sendo estabelecidas pelas atividades mais práticas e isso, a longo prazo, pode significar grandes problemas para a sua empresa.
Um dos primeiros passos fundamentais e indispensáveis na hora de abrir uma empresa é a elaboração de um modelo de negócio. Por quê?
O Modelo de Negócio é quem dará forma ao que sua empresa fará! É a partir dele que todos as principais ações do seu negócio serão observadas e documentadas.
Ele ajudará, inclusive, a entender os principais aspectos do seu negócio e garantirá que todos eles estão alinhados a executar da melhor maneira possível todas as tarefas.
Por ser um conceito relativamente novo, muitas pessoas ainda fazem confusão sobre o que é ou como elaborar um Modelo de Negócios. E, como já entendemos que ele é determinante para a sua empresa, é preciso entender não apenas o que é, mas todo o processo em torno de um Modelo de Negócios de sucesso!
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Afinal, o que é um modelo de negócio
O modelo de negócios é a forma como que sua empresa gera e entrega valor para os seus clientes. Ou, de maneira mais prática, é a estruturação dos elementos e etapas que compõem a forma com que a sua empresa faz o que faz.
Neste documento, o empreendedor deve citar e descrever todas as principais ações da empresa e suas relações umas com as outras. Isso facilitará com que ele compreenda exatamente como o negócio vai funcionar e quais são os pontos fracos e fortes do que ele está executando.
Essa visão macro da sua empresa vai ser fundamental para avaliar de maneira estratégica como entregar ao seu cliente o melhor produto ou serviço da maneira mais prática e lucrativa para você, a curto, médio e longo prazo!
Talvez essa explicação pareça muito abstrata, em primeiro momento. Mas, com alguns exemplos, você vai perceber o quanto é simples e fundamental a estruturação de um Modelo de Negócios.
Diferença: Modelo e Plano de Negócio
Muitas pessoas relacionam Plano e Modelo de Negócios. É importante entender que esses dois processos são distintos!
Um Plano de Negócio é um documento totalmente detalhado que serve para entender a viabilidade do seu negócio, por meio de análises de mercado, econômicas e processuais. Esse é o documento que, por exemplo, deve ser entregue a um investidor, quando for o caso.
Já o Modelo de Negócios é o processo anterior a um Plano de Negócios, que te auxiliará a enxergar todas as etapas que devem constar no seu Plano de Negócios, mas de maneira menos detalhada, mais prática e visual.
Ou seja: eu devo ter um Modelo e um Plano de negócios? Sim!
A diferença é que no Plano de Negócios está estruturado “o quê” você faz da maneira mais detalhada possível. Custos, receita, processos, estrutura etc.
Eles são longos e estruturados, levam tempo para serem desenvolvidos e também são resultado de muito trabalho, afinal, nenhum detalhe do seu negócio pode ficar de fora.
E o Modelo de Negócios é o mapeamento do “como” você faz: como você gera receita, como você gera valor para o cliente, como você trabalha a suas entregas e como todas essas etapas se relacionam. Eles são rápidos e simples de serem compreendidos.
Ou seja: a partir dele, será muito mais fácil pensar em todos os elementos essenciais para um Plano de Negócios completo.
Business Model Generation
O Business Model Generation é um livro, escrito pelos empreendedores Alex Osterwalder e Yves Pigneur, que revolucionou o modo com que as empresas no mundo todo entendem o seu negócio. Por isso ele é uma leitura obrigatória para qualquer empreendedor.
Nele, o conceito de Modelo de Negócios foi consolidado e uma maneira simples e prática de elaborá-lo surgiu: O Business Model Canvas.
O Canvas é um quadro dividido em 9 etapas para que qualquer empreendedor consiga elaborar e visualizar claramente o seu modelo de negócios sem nenhuma dificuldade.
Além dos tópicos, em cada aba do quadro as etapas são detalhadas com perguntas-chave que devem ser respondidas em cada parte do quadro, tornando ainda mais simples preenchê-lo!
As etapas de elaboração de um modelo de negócio a partir do Canvas, que idealmente devem ser preenchidas nessa ordem, são:
Segmentos de mercado
Nesse ponto, preencha o quadro listando quem são os seus clientes ideais. É importante definir um perfil, ou melhor ainda, uma persona, com todas as principais informações sobre essa pessoa para que ela jamais seja esquecida nem por você nem por sua equipe.
Todas as atividades devem ser planejadas em torno desse campo, afinal, é ela quem você deseja atingir e por isso ela deve estar no centro do seu planejamento.
Proposta de valor
Essa é uma parte muito importante do seu Canvas: qual é a solução que a sua empresa deseja entregar? Quais são os diferenciais dessa entrega para os clientes?
Esse quadro determina não apenas a sua atividade, mas no que ela se difere de outras empresas que fazem o mesmo que você. É fundamental ter isso claro para toda a equipe, pois este será o aspecto que determinará a decisão de um cliente por sua empresa e não por algum concorrente.
Canais
O seu cliente compra o seu produto. Como este produto chegará até ele? Pense sempre no melhor canal para o seu perfil de cliente e documente para evitar possíveis enganos da equipe ao longo dos processos de venda.
Relações com clientes
Quais os canais e como a sua empresa pretende manter um relacionamento com os clientes? Essa deve ser a pergunta respondida neste quadro.
Nele, delimite os canais de comunicação tanto antes dessa pessoa se tornar efetivamente um cliente e também na manutenção desse relacionamento. Eles podem acontecer online, ponto de vendas, etc.
Fonte de Renda
Neste trecho, liste tudo o que representa entrada para o seu negócio: os clientes, estratégias de marketing, etc. Detalhe quanto e como o seu cliente está disposto a pagar pelo que você oferece, afinal, esse é o fim pelo qual o seu negócio existe: o lucro!
Recursos chave
São definidos, obviamente, depois de determinar as atividades chave da empresa. Nessa etapa, descreva o que é necessário para a sua empresa executar essa proposta de valor aos clientes.
Por exemplo: equipamentos essenciais, capital humano e local de produção, quando for o caso.
Atividades Chave
Neste quadro, escreva quais são as principais atividades responsáveis pelo valor entregue a seus clientes por sua empresa.
Elas devem ser pensadas sempre como a solução de algum problema a seu cliente ideal.
Parcerias Chave
Neste bloco devem ser listadas as parcerias que contribuem para a entrega da empresa, como terceirizações, fornecedores (quando o material fornecido é parte fundamental da entrega), alianças etc.
É importante determinar essas empresas, pois elas contribuirão diretamente para a qualidade das entregas e serviços ofertados, e devem ser pensadas de maneira estratégica.
Estrutura de Custos
Quais são os custos necessários para execução e manutenção das suas atividades? Liste todos eles no campo “Estrutura de Custos”.
Eles ajudarão você, inclusive, a determinar o preço a ser cobrado para seu produto ou serviço sem que isso represente prejuízos a você a curto ou longo prazo.
Nesse ponto, você deve atentar aos custos mais importantes, não aos detalhes, e também listar quais são as atividades mais caras relacionadas às suas entregas.
Como você pôde observar, com esse quadro fica ainda mais fácil estruturar o mapeamento do seu Modelo de Negócio, sem esquecer das partes mais relevantes.
Todas elas devem ser preenchidas pensando sempre no valor entregue aos clientes, afinal, é esse o fim de todo Modelo de Negócio.
E, caso você ainda tenha dúvidas, observe um Canvas montado e o preenchimento ficará mais claro em sua mente.
Abaixo, como exemplo, temos um dos Canvas mais famosos até hoje: o do Ipod da Apple. Sim, a empresa estrutura, além de um Canvas das atividades, um para cada novo produto, pois em cada um deles é pensado um novo valor a ser entregue aos clientes.
Isso se aplica para eles tendo em conta a dimensão da empresa e de suas vendas. Mas, no geral, um único Modelo de Negócio se aplica a grande maioria das empresas.
O interessante é observar quais foram os critérios de preenchimento do quadro neste caso para orientá-lo na hora de criar o seu.
Observe como os quadros foram preenchidos, quais foram as informações mais relevantes e isso será o seu guia na hora de estruturar o seu. E perceba que os quadros são preenchidos hipoteticamente com notas adesivas.
Afinal, durante o desenvolvimento do seu negócio, possivelmente esses campos vão mudar muitas vezes, e devem ser revistos de tempos em tempos para garantir que o negócio está cumprindo com seu objetivo inicial.
Caso você tenha gostado dessa maneira inovadora e prática de desenvolver o seu modelo de negócios, no site oficial do livro é possível ter acesso ao quadro gratuitamente e em excelente resolução, para que você possa realmente ter o seu estruturado e ao alcance de todos os envolvidos no seu negócio.
O site é inglês e, consequentemente o quadro também. Caso este não seja o seu ponto forte, você pode utilizar o que está no início desse post, ou procurar por Canvas no Google. Você encontrará inúmeros modelos e todos basicamente com o mesmo formato.
Modelos de Negócio e Inovação
Modelos de Negócio e inovação estão diretamente relacionados! Afinal, ele descreve a maneira com que você entrega o valor para o seu cliente, e este deve ser um critério diferenciado!
Se a sua empresa possui um modelo de negócio genérico e comum em relação aos seus concorrentes, possivelmente você não vai se destacar por ele. Por isso, ele deve apresentar sempre o seu diferencial em relação aos demais e como isso vai refletir nas suas entregas.
Essa inovação pode estar relacionada a qualquer uma das etapas descritas no Canvas: na proposta de valor, nos canais, no relacionamento com o cliente ou na atividade.
O fundamental é pensar fora da caixa e encontrar um “por que” que te destaque e faça com que os seus futuros clientes enxerguem isso da maneira mais clara possível em você, como um “quê a mais” na hora de escolher quem contratar ou de quem comprar.
Você até pode adaptar um modelo de negócio que já exista, ou seja, o “como gerar valor” de outras empresas ou tipos de negócio parecidos com o seu, que desenvolveram um modelo funcional, mas que faça sentido tanto para a sua empresa quanto para o cliente, mesmo que esse modelo-exemplo não seja do seu ramo de atuação.
Tipos de Modelo de Negócio
Existem alguns Modelos de Negócio que possuem muitas similaridades e, por isso, são separados em grandes grupos. Isso porque o “jeito de ser” de alguns negócios funcionam muito bem para uma categoria de empresas. Veja alguns exemplos:
Modelo B2C
O B2C (Business to Customer ou Negócios para Clientes) é um exemplo de modelo de negócio que trata de uma relação direta entre a corporação e seus consumidores. A ideia é que esse vínculo seja cada vez mais próximo e livre de outros agentes intermediários.
Por isso, é comum que empresas atuantes nesse modelo de negócios utilizem sites próprios, lojas físicas, aplicativos da marca e canais exclusivos de comunicação e uma infraestrutura completa para se relacionar diretamente com o público.
Por conta de suas características, esse é um dos modelos de negócios mais comuns, tendo em vista que a maioria dos empreendedores está focada no grande público e não em outras formas de fazer negócios. Exemplos desse mercado são os e-commerces, as empresas de serviços de transporte, de mídia digital e de varejo.
Modelo B2B
Diferente das empresas B2C, as B2B (Business-to-Business) estão concentradas nas transações comerciais entre uma ou mais empresas. Isso significa que o público consumidor das soluções desenvolvidas é substancialmente menor do que no mercado diretamente com o consumidor.
Logo, esse modelo é usado para quem deseja desenvolver serviços e soluções que agregam valor a outra organização, desde a compra ou venda de produtos, até a troca de informações relevantes, repasse de técnicas ou tecnologias e demais colaborações que trazem benefícios mútuos.
Como esse formato de negócios geralmente envolve um ticket médio mais elevado, os contratos são de longo prazo e as negociações se estendem por muito tempo até que ambas as partes estejam satisfeitas.
Exemplos desse modelo são as atividades de consultoria, treinamentos empresariais, serviços de marketing, contabilidade empresarial, gestão de software e demais soluções que se destinam a empresas.
P2P
Já o modelo de negócios P2P (Peer-to-Peer ou Pessoa para Pessoa), como o próprio nome indica, é destinado a organizar negócios entre dois ou mais indivíduos que se conectam para realizar alguma transação.
Nesse formato, a empresa apenas realiza a intermediação entre os indivíduos, sendo que as partes envolvidas são as únicas responsáveis por criar um acordo coerente com os interesses de ambos.
Esse formato é comumente utilizado para a compra e venda de produtos, para o compartilhamento de arquivos, transferências de dados e outras atividades entre dois usuários.
Empresas nesse setor geralmente recebem alguma remuneração ligada a cada uma dessas interações, mas também conta com outros meios de financiar sua atividade como anúncios, outras taxas e acessos exclusivos. São exemplos desse formato OLX, Wish e Peer BR.
Modelo D2C
O modelo D2C (Direct to Consumer ou Direto ao Consumidor) é bastante parecido com o B2C, pois envolve um relacionamento direto com o público. Entretanto, ele se diferencia das demais opções, pois representa a indústria que detém todo o processo de produção e logística para vender diretamente para o consumidor.
Esse modelo está se tornando cada vez mais comum, dado que ele oferece tanto vantagens para a indústria — que fica com margens de lucro mais amplas — quanto para o consumidor que tem acesso a produtos por menores preços. Portanto, por meio dos avanços tecnológicos as indústrias conseguem desenvolver vários canais de produção e realizar suas ofertas ao público.
Geralmente há representantes da indústria que colaboram para que os produtos cheguem até o consumidor, mas esse trabalho não está desvinculado da própria empresa. Entre os principais exemplos, podemos destacar os outlets, especialmente do mercado têxtil, montadores de automóveis e lojas de fábricas.
Freemium
Outro formato de negócios bastante interessante se refere a possibilidade de aliar recursos gratuitos, free, com serviços pagos, premium, dando origem a essa modalidade. Ela está presente especialmente no mercado de softwares e streamings, apresentando um conjunto de elementos grátis, mas que pode receber um upgrade por meio da contratação Premium.
Isso significa que é possível conquistar os consumidores por meio do acesso gratuito e fidelizá-los no acesso pago. Entretanto, é necessário que o empreendedor possa calcular sua estrutura de custos de maneira eficiente, tendo em vista que uma parcela pequena dos usuários optará pela versão paga.
Em alguns casos, é possível incorporar anúncios na versão gratuita para gerar receitas e criar um mecanismo de incentivo para que seus usuários migrem da versão grátis para a premium. Empresas como Spotify, Tinder e Rappi, são bons exemplos desse formato.
Marketplace
O marketplace é um modelo de negócios que se tornou popular conforme as pessoas se sentem mais à vontade para comprar no meio digital. Ele é adotado por grandes varejistas que transformam sua plataforma digital em um shopping online.
Sua estrutura funciona como um meio intermediário entre lojistas menores e o consumidor final. Para os proprietários desse mercado, há grandes vantagens, pois não exige a criação de espaços para estoques ou o trabalho logístico para o envio de pedidos.
Contudo, é necessário zelar pela imagem do negócio, pois é por meio dela que a empresa agrega valor para os seus vendedores. Entre os principais exemplos desse mercado, pode-se destacar a Amazon, o Mercado Livre e o Submarino.
Assinatura
A assinatura funciona como um modelo de negócios baseado na recorrência. Ela é bastante comum no mercado do entretenimento e na área educacional. Com o desenvolvimento do mercado digital, esse formato ganhou destaque, pois permite que diversos usuários utilizem os serviços, reduzindo o custo individual da assinatura.
A ideia garante uma receita recorrente para a empresa, o que auxilia na manutenção e na garantia das atividades em determinados prazos, dando certa tranquilidade aos empresários que optam por esse modelo.
No passado, ele foi bastante utilizado para jornais e revistas, enquanto na atualidade ele pode ser visto na contratação de um curso online ou nos acessos a streamings de vídeo.
Nele, há uma cobrança mensal ou anual sobre um determinado produto, serviço ou acesso a conteúdos. Entre os principais representantes desse mercado, podemos destacar a Netflix, a Folha de São Paulo e a Amazon Prime.
Nesse caso, os diferenciais costumam estar no método entrega e nas novidades e exclusividades associadas a assinatura.
Isca e Anzol
Apesar do nome curioso, esse modelo apresenta uma lógica muito interessante, pois utiliza duas linhas de produtos que se complementam. Em um deles, há alto valor agregado entregue com uma pequena margem de lucro, enquanto no outro, é possível realizar uma venda constante de itens essenciais para o uso do primeiro item. Logo, funciona como uma dinâmica de isca e anzol.
Esse exemplo de modelo de negócio busca na fidelização do consumidor um diferencial para construir um negócio com receita recorrente.
Os exemplos mais conhecidos dessa modalidade são as cafeteiras domésticas e suas respectivas cápsulas ou as impressoras com seus cartuchos de tinta.
Franquias
O modelo de franquias (ou franchising) é sistema em que uma empresa realiza expansão por meio da comercialização do uso da marca e consequentemente do Modelo de Negócios para outros empresários.
Essa estratégia permite que empreendedores comecem já com uma estrutura sólida e reconhecida, e processos testados e padronizados, diminuindo as chances de erro em muitos casos. As mais conhecidas no país são as internacionais Subway e McDonald’s.
Porém, em contrapartida, a liberdade de operações e ações fica restrita à aprovação do franqueador (detentor da marca), o que muitas vezes limita as possibilidades do franqueado.
Dessa maneira, o Modelo de Negócio de franquias, em geral, possui muitas características comuns, como os canais e o fluxo de receitas.
Caso você esteja do outro lado e tenha o desejo de abrir uma empresa que futuramente será franqueada, o Modelo de Negócios deve ser ainda mais bem estruturado e testado, para garantir que os franqueadores tenham sucesso e, consequentemente, a sua marca também.
Em geral, o modelo terá muitas características comuns com que outras franquias –, mas o seu diferencial não deve ser esquecido.
SaaS
SaaS ou Software as a Service é o modelo de negócio que oferece ao cliente o acesso a uma plataforma através de uma cobrança mensal.
Elas são muito associadas ao modelo de assinaturas, mas neste caso a entrega é feita online e toda a manutenção é de responsabilidade da empresa. Bons exemplos desse modelo são o Spotify e o Netflix.
O problema desse modelo costuma estar associado à necessidade de uma internet de qualidade da parte do comprador para garantir que a plataforma ou software funcione de maneira eficiente. E, como no caso das assinaturas, o produto deve ter um diferencial realmente relevante para garantir a fidelização dos clientes.
Como um modelo de negócios ajuda a lucrar mais?
Por meio de um modelo de negócios adaptado aos seus produtos e serviços, é possível acertar na maneira em que sua empresa vai interagir com o público. Portanto, vale a pena investir em uma boa pesquisa de mercado, estudo da concorrência e demais avaliações antes de tomar qualquer decisão para o seu projeto.
Isso significa que é necessário avaliar quais as necessidades e demandas do seu público e também as soluções propostas para atender a essas pessoas.
A partir dessas informações, basta identificar quais modelos são possíveis e, entre eles, qual é mais viável.
Startups e o Modelo de Negócio
Muitas pessoas têm dúvidas a respeito do conceito de Startups e ele tem uma ligação direta com o conceito de Modelo de Negócios.
Um dos critérios para uma Startup ser classificada como tal é justamente ter um Modelo de Negócios inovador, escalável e replicável. Vamos entender cada uma dessas características
Um Modelo de Negócios de uma Startup deve ser inovador pois apenas dessa maneira ele se enquadrará como escalável e replicável.
É muito difícil que um empreendimento faça algo que outras empresas já fazem e do jeito que elas já fazem tenha um crescimento exponencial significativo, afinal, não existe um diferencial que contribua para que ela seja escolhida no lugar de suas concorrentes.
Escalável porque a diferença de uma Startup é um crescimento muito rápido com baixos custos de subsistência. Por isso, ao pensar em um modelo de negócio e perceber se ele se enquadra em uma Startup, as abas Estrutura de Custos e Fonte de Receita tendem a ser bem diferentes de empresas tradicionais.
Por fim, ele deve ser replicável, como citamos, comprovando que a metodologia ou o “jeito de ser” dessa Startup pode ser aplicado a outros negócios e ainda sim será sinônimo de sucesso.
Ou seja: se você tem dúvida entre abrir uma empresa tradicional ou uma Startup, os primeiros pontos a serem levados em consideração estão no preenchimento do Canvas.
Modelos de negócios em startups
Uma importante opção para quem conta com uma ideia inovadora é investir em um modelo de negócios para startups.
Nesse formato, você conta com uma operação mais enxuta e com foco na validação de suas ideias e apenas depois segue para uma implementação em grande escala.
Além de ser uma alternativa menos custosa para entrar no mercado, é possível contar com o suporte de aceleradoras para otimizar seus resultados.
Por onde começar
Para começar um Modelo de Negócios, seja de uma nova empresa ou caso a sua já exista mas ainda não tenha documentada essa estratégia, o primeiro passo é ter em mente a sua ideia.
Não apenas de maneira superficial, mas com todas as informações possíveis sobre a viabilidade dessa ideia, para então começar a entender como as pessoas reagem a ela.
Logo em seguida, imagine quem é o comprador ideal e faça uma pesquisa de mercado detalhada para comprovar se as pessoas realmente se interessam pelo que você deseja ofertar e, principalmente, se estão dispostas a pagar por isso.
Sem dados reais a respeito do mercado você possivelmente terá dificuldades de desenvolver um Modelo de Negócios realmente aplicável e funcional, pois é a partir do seu segmento de clientes que todas as outras abas serão preenchidas.
Com a pesquisa em mãos, e dados de possíveis consumidores reais, avalie se essa ideia é realmente é plausível e pode gerar lucros. Pivote quantas vezes for necessário, e adapte para melhor atender e gerar valor para os seus futuros clientes.
Depois, tenha em mãos o Canvas, seja online ou impresso. E preencha cada uma das etapas, na ordem que descrevemos antes, mas nunca de maneira definitiva! Possivelmente ao longo do preenchimento você vai mudar várias coisas várias vezes e, por isso, as notas adesivas ou o preenchimento online permitem que você comece de novo.
Dica: Uma maneira otimizada de preencher o Canvas é utilizando essas notas adesivas de cores diferentes para entregas diferentes. Assim você consegue classificar os seus serviços (quando são mais de 1) e a visualização dos processos.
Lembre-se que a ideia é compreender da maneira mais simples e clara possível o seu Modelo de Negócio.
Validação de Modelo de Negócio
A validação do modelo de negócio é uma etapa fundamental. Nesta parte do processo, você testa um negócio ou alguma hipótese e descobre se ela é viável ou não. Em outras palavras: a validação do modelo de negócio faz com que você entenda como ele funciona na prática.
Seja um modelo de negócios baseado em serviços (XaaS), seja baseado em produtos, seja um modelo de negócio freemium ou mesmo uma inovação no modelo de negócios, é fundamental fazer pesquisas, testes e experimentos antes de implementar completamente o que foi planejado.
Validação de um problema e validação de uma solução
Negócios, assim como seus respectivos produtos e serviços, surgem para resolver um problema de um determinado público. Dessa forma, existem dois pontos diferentes que podem ser validados.
A validação do problema é quando você quer entender se o problema é real para as pessoas. Por exemplo: a Uber pode ter validado se a população realmente tinha dificuldades de mobilidade em grandes centros urbanos. Este é mesmo um problema?
Por outro lado, a validação de uma solução serve para entender se o que a empresa propõe é realmente a melhor forma de resolver um determinado problema. Por exemplo: a Netflix pode ter se perguntado se a entrega de fitas de vídeo pelos correios era realmente a melhor forma de resolver os problemas da locadora. Se eles fizeram isto para otimizar o modelo de negócios, podemos agradecer à validação de soluções pelo surgimento dos streamings de vídeo on demand!
Validando a ideia do negócio
Agora que você já entendeu como a validação do modelo de negócio é tão importante, veja algumas dicas para validar a ideia do seu negócio.
Identifique oportunidades e conceitos
Ao observar seu segmento de mercado, é bem possível que você consiga perceber oportunidades ou conceitos necessários para o desenvolvimento de soluções adequadas para o cenário.
Este é o primeiro passo para a validação do negócio, nesta etapa, pesquise possíveis impedimentos como aceitação do público e legislação. Por exemplo: mesmo que a Uber tenha tido a ideia de negócio com carros autônomos, esta não seria uma oportunidade viável inicialmente pelos impedimentos da legislação.
Avalie suposições
O ponto seguinte é a criação de suposições. Primeiro você deve definir hipóteses e validar seu modelo de negócios:
- o negócio é inovador e realmente existe mercado para ele?
- ele realmente resolve algum problema?
- existe mercado para essa solução?
Conheça e entreviste sua audiência
Outro passo na validação é entrevistar o público para ter informações relevantes sobre o perfil do seu cliente ideal. Descubra necessidades, pontos de dor e objeções de compra deste perfil.
Desenvolva o propósito
Junto com o propósito, é hora de descobrir a proposta de valor do seu modelo de negócio. Em seguida, é hora de validar estes diferenciais da sua empresa.
Analise resultados
Para que o processo de validação aconteça da forma mais real possível e com o mínimo de investimento, é necessário desenvolver um MVP, ou Mínimo Produto Viável, em português. É como uma espécie de protótipo que serve não apenas para testar características do produto como também do negócio em si.
Além disso, é fundamental avaliar os resultados deste MVP para entender se vale a pena ou não lançar o negócio, validando as hipóteses levantadas durante todo o processo.
Gostou de conferir tudo sobre o modelo de negócio? Como você deve ter notado, todas as etapas do modelo de negócio, desde a elaboração até a validação do modelo de negócio são realizadas de maneira mais eficiente com equipes atualizadas e prontas para ajudar a validar as hipóteses.
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