Como consegui me tornar cantora graças aos freelas

Coluna Freela - Amanda Alves

Desde que me conheço por gente eu quero ser cantora. Começou lá na infância, naquele tempo em que o que você mais tem é tempo para sonhar. Meu brinquedo favorito era a vitrola do meu pai, meu primeiro ídolo foi o Elvis.

Porém, pelo menos para mim, não foi um sonho tão simples de se realizar — e até hoje demanda um trabalhão! Para começar, é necessário estudar música, fazer aulas de técnica vocal, estudar repertório, vender show, divulgá-los etc etc etc.

Logo eu percebi que precisava de três coisas: tempo livre, dinheiro (os boletos não esperam) e muita — mas muita mesmo — força de vontade.

Como eu consegui conciliar tudo isso? É o que eu vou contar agora. Quem sabe você também se inspira e começa a correr atrás do seu sonho!

Sonho é coisa de criança (#sqn)

Eu lembro de ter uns 5 ou 6 anos e a certeza de que no futuro eu seria cantora. Mas a vida (ah, a vida…) não é tão simples e tão imediata quanto as brincadeiras de criança.

Quando chega a adolescência e a gente precisa escolher uma carreira, vem a necessidade de encontrar uma profissão estável e que concilie seus interesses com a possibilidade de ter segurança financeira no futuro. Além disso, tem cobrança de pai, mãe, sociedade… Não é fácil.

Além disso, eu não tinha formação em conservatório, como todas as pessoas que vão fazer faculdade de música. Ou seja, pensar em ter formação acadêmica na área musical era inviável.

Na época, eu morava em Santa Fé do Sul, uma cidade de uns 30 mil habitantes, era extremamente tímida (muito mais do que hoje) e sabia que meus pais não apoiariam uma carreira tão incerta.

Por conta desses fatores, e considerando o fato de que sempre amei ler e escrever, optei por fazer o curso de Letras.

A transição: de universitária à trabalhadora CLT

Ok, Letras não era o que eu mais queria mas, sinceramente? Eu amei o curso! Fiquei tão apaixonada que alguns anos depois eu comecei a fazer mestrado em Literatura — mas isso fica para outro post da Comunidade…

Apesar de ter sido incrível o curso de Letras, eu via com tristeza a possibilidade de ser cantora se esvaindo pelas minhas mãos. Pouco antes de formar, comecei a trabalhar, o que diminuiu drasticamente o meu tempo livre para tocar violão, cantar e até para ouvir música.

Confesso que cheguei a pensar que jamais cantaria profissionalmente algum dia, que isso não era para mim e que eu precisava aceitar as minhas decisões e me responsabilizar por elas.

Tudo muito bonito, muito maduro, mas daí veio o desgaste.

Eu reconheço que arrisquei vários tipos de trabalho. Tentei dar aulas, ser redatora em empresa de e-learning, trabalhar em agência. E apesar de ter passado por experiências incríveis, ter conhecido muita gente competente e inspiradora e ter aprendido muito, nada me satisfazia de verdade.

A importância da flexibilidade ou o paradoxo do guarda-chuva

Lembro que nos últimos dias de trabalho como CLT eu acordava pela manhã e não tinha a menor vontade de sair da cama. Comecei a chegar atrasada ao trabalho, coisa que nunca havia me acontecido, sendo que eu morava há duas quadras da agência.

O que eu ia fazer? Abandonar tudo de uma hora para a outra seria, no mínimo, irresponsável, afinal, como eu disse no início, os boletos sempre vêm.

Até que um dia, saí de casa para trabalhar e estava chovendo. Tinha sido uma semana atípica, com chuva todos os dias pela manhã. Procurei o bendito guarda-chuva e adivinha só: havia levado para o trabalho no dia anterior e o esqueci lá!

Pois bem. Na hora do almoço, encontrei o meu marido e desabafei: “eu não acredito que eu preciso sair de casa todo dia, tomar chuva, para fazer algo que daria para fazer do computador de casa…”. Então veio a ideia: por que não fazer freela?

Comecei a pesquisar a respeito de trabalho remoto e descobri a Rock. Fiz o teste para uma das categorias e fui aprovada (com ressalvas). Meu primeiro texto veio cheio de comentários e sugestões de alterações, que eu anotei e tentei corrigir nos próximos.

Então, me demiti e virei freela!

Enfim, posso dizer que nos primeiros meses como freela a Rock salvou meus boletos e me ajudou a flexibilizar o meu tempo livre. Com isso, ganhei em disciplina, em autonomia e ainda conquistei o sonho de ser cantora. Ah, mas peraí, e essa história de cantora, como ficou?

Sonho realizado? Bora trabalhar!

Quase ao mesmo tempo em que saí da empresa em que trabalhava, descobri que uma banda de conhecidos meus — Luigi e os Pirandellos, saca só o trocadilho com a literatura — estava sem vocalista.

Eu basicamente me ofereci (sem experiência alguma) e eles aceitaram fazer um teste para ver se rolava. Rolou! Foi assim que eu comecei a cantar.

Ok, nada tão simples assim.

Os freelas começaram a aumentar para além da Rock e eu decidi manter esse trabalho na minha vida e me tornei MEI. Hoje tenho meus clientes e dedico meu tempo a eles escrevendo para blogs e alimentando redes sociais.

É um trabalho que me ajuda a manter a carreira de cantora, mas também me ensina muito. Isso porque do mesmo jeito que eu penso em estratégias de conteúdo para os meus clientes, penso para o meu trabalho como cantora.

Acho que, no fim, tudo meio que se encaixou dentro da minha realidade: o curso de Letras, o trabalho como redatora e como analista de comunicação, os freelas, o MEI e a concretização de algo que eu queria desde o início.

Agora, estou começando a compor, o que significa que o texto e a música sempre vão andar juntos para mim. Possivelmente, sem a flexibilidade do trabalho como freela, eu não conseguiria encontrar tempo para tudo o que eu faço hoje. Eu só tenho a agradecer!

Agora me conta: você tem algum sonho que deixou para trás por motivos de “rotina”? Vem fazer parte da nossa Comunidade e fazer seu sonho acontecer. Seja Freela!

Bruna Venâncio

Bruna Venancio

Redatora freelancer e cantora de Jazz e Blues.

Essa foi a história da Bruna Venâncio.
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