Quem imaginaria que as disciplinas de português e matemática um dia se uniriam para explicar como usar números no copywriting e otimizar a experiência de leitura do seu público, não é mesmo?
Você sabe, temos muitas misturas do tipo “queijo com goiabada” pela vida afora e a música cantada por Adriana Calcanhoto está aí para não nos deixar mentir.
Mas, alguém aí se lembra de alguma estrofe falando sobre as letras e os números serem best friends forever? Não, não, não. Temos avião sem asa, fogueira sem brasa, futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola e afins. E o que dizer sobre o conflito eterno entre “eu sou de humanas” contra “ah, mas eu fiz exatas”?
Quem consegue transitar entre esses dois mundos certamente adquiriu alguns superpoderes que nenhum personagem da Marvel ou da DC Comics jamais teve ou vai ter um dia. Mas, advinha só? Você sim!
É isso mesmo, freelancer! Neste post você vai entender como escrever os números de forma mais palatável ao leitor e fazer com que se tornem a cereja do bolo nos seus textos e argumentos para que ninguém, seja de exatas, seja de humanas, coloque defeitos. Se liga!
No caminho entre normas e regras de escrita
Você provavelmente já leu em algum manual de escrita ou estilo como deve ser a grafia dos números. É algo como:
- escreva por extenso os números de zero a nove;
- não comece frases com números;
- escreva as porcentagens em vez de usar o numeral acompanhado do símbolo “%”.
Os jornalistas freelancers que o digam, é provável que exista mais manual de estilo do que jornais, revistas e portais de notícias espalhados por aí. E, no mundo do marketing de conteúdo, cada cliente prefere um jeito ou outro.
Mas a verdade é que a forma como os números são escritos nos textos influencia na forma como o leitor digere a informação, e quando consideramos engajamento e experiência de leitura, isso é muito importante.
Usar números do jeito certo no texto pode engajar muito mais
É isso aí, você precisa pensar na experiência de leitura e que os números e as formas de representá-los podem facilitar o entendimento do que está sendo explicado ou mandar tudo para a casa do “eita, agora complicou”.
Os numerais são escaneáveis, certo? Devem funcionar como pequenos atalhos que diminuem o esforço do entendimento na hora da leitura.
Além disso, o numeral e sua representação por extenso exigem mais ou menos digitação/escrita para quem está produzindo o conteúdo, mas, para quem lê, basicamente, a conversão mental é a mesma. Quer ver?
Para escrever “99+1”, gastei 4 digitadas, e para “noventa e nove mais um”, 22. Só que, enquanto você lia um ou outro, seu cérebro transmitia exatamente a mesma informação.
Seguindo essa linha, “leve 3 pague 1” é muito mais envolvente que “leve três e pague um”.
Assim, se você quer chamar a atenção do leitor, os numerais são ótimas opções, mas, se não quer os holofotes nesses dados, prefira a versão por extenso.
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Isso também vale para porcentagens e valores em moedas
Valores monetários, principalmente aqueles astronômicos que gostaríamos de ter nas nossas contas bancárias, também são mais fáceis de serem lidos em numeral.
“R$4.000,00” versus “quatro mil reais”.
Já as porcentagens, bem, essas exigem um pouco mais do cérebro do seu leitor. Então, otimize a escrita.
“56%” é muito melhor do que “cinquenta e seis por cento” de alguma coisa.
Mas, mesmo assim, não é uma informação direta, já que existe um cálculo sendo realizado na cabeça do leitor enquanto ele processa esses dados.
E, por incrível que pareça, isso é uma estratégia que pode ser utilizada para tirar o foco em fatos negativos.
“1% de unfollow” é menos desagradável do que “1 unfollow em cada 100 seguidores”.
O inverso também vale. Se você tem uma ótima notícia, vai querer dar destaque para ela. Então:
“90% das pessoas emagreceram” com um produto é uma ótima informação, mas “9 em cada 10 pacientes tiveram perda de peso” é algo muito mais grandioso.
Então, faça a matemática para seu leitor se você quer saber como usar números no copywriting
Os números tornam a leitura mais agradável e, se você faz o cálculo para seu leitor, a experiência fica ainda mais engajadora. No final das contas, queremos avançar os leads pelo funil de marketing e vendas, certo? Pois esse é o caminho.
Isso porque, quando não conhecemos uma informação exatamente, é como se tivéssemos uma pedra no sapato que queremos tirar. Ou seja, aquilo te consome. Com os números de um conteúdo, é a mesma coisa.
É claro que algumas pessoas conseguem fazer cálculos de cabeça, sem calculadora, papel ou os dedinhos para contar. Mas você precisa considerar que seu texto precisa ser lido pela maioria, e não por grupos seletos.
Porque números e estatísticas são convincentes, afinal de contas
Uma das coisas que fazem seu conteúdo ser mais crível são dados estatísticos ou provas matemáticas.
Se eu lançar algo neste texto como “estudos mostram que pessoas que não fazem cálculos de cabeça tendem a ser mais altas”, muito provavelmente você questionaria a veracidade dos dados e até mesmo a minha sanidade.
Agora, se você ler neste post que, de acordo com a pesquisa Mercado Freelancer 2017, 73% dos freelancers são da área de humanas, vai ter muito mais credibilidade. Os números fazem isso, bebê. Te chamar de bebê, nem tanto.
A precisão também é a arma do negócio. Dizer que mais de 10.000 pessoas gostam de passas na farofa é uma coisa, mas informar que 10.512 curtem essa maravilha gastronômica é muito mais convincente porque demonstra que houve uma contabilidade no processo.
Aliás, por falar em contabilidade e cálculos, quando você faz as demonstrações deles, é como se fisgasse o peixe e ensinasse a pescar, sabe? O leitor pode até não querer se aventurar na matemática, mas certamente verá a autoridade em cada uma daquelas demonstrações matemáticas.
Dizer que usar o transporte público pode economizar 10% dos ganhos de um profissional é uma coisa, mas, apresentar isso por meio de cálculos é genial. Quer ver?
“Se você ganha R$2.000,00 por mês e economiza 10%, equivale a R$200,00 por mês. Em um ano, terão sido 12 X R$200,00 = R$2.400,00.”
Um outro superpoder interessante dos números é superlativar uma informação. Se a ideia é vender uma assinatura de serviço, por exemplo, dizer que ela custa R$1,27 por dia é muito mais interessante do que R$463,55 por ano.
Comparações também podem ajudar bastante.
“A assinatura mensal está no valor de R$100,00, mas, comprando o plano anual, você pagará apenas R$1.050,00, ou seja, cada mensalidade saíra no valor de R$87,50.”
Deu para entender que os números podem fazer truques na percepção do leitor e são fortes argumentos, não é mesmo?
Também ficou claro que dá para escolher a melhor forma de apresentá-los para suavizar a leitura sem maquiar os fatos, por mais impactantes na escolha do leitor que eles sejam. Isso é um superpoder da escrita misturado com os números!
Ou você achou que teríamos algum raio Gama do Hulk, picada de aranha e palavras mágicas tipo “super matemática e português, ativar”? Nada disso, só alguns truques para mandar bem na hora de escrever mesmo.
Aliás, saber como usar números no copywriting é só uma parte dessa jornada. Para mandar bem por completo, o ideal é conhecer todos os outros elementos da escrita, técnicas e estilos e acompanhar as tendências e novidades na otimização de conteúdo.
Então, que tal um conteúdo rico para começar? Baixe nosso ebook gratuito ABC do copywriting e leia mais!