Oi, amigo freelancer, como você vai? Se você chegou até este texto, é possível que não esteja tão bem assim. Não sei se o motivo é uma doença crônica, uma indisposição ou um distúrbio emocional. Mas qualquer que seja o seu problema, eu sei que suas limitações são reais e é, realmente, desafiador trabalhar doente.
Isso porque, apesar de termos mais liberdade com o nosso trabalho, temos, por outro lado: obrigações a realizar, prazos a cumprir, boletos a pagar e outros colegas que dependem de parte da nossa produção. Não é mesmo?
Então, como resolver uma situação conflitante como essa e que traga resultados positivos para todos os envolvidos?
Bem, fique calmo e não sofra sozinho. Separamos, aqui, algumas dicas de como agir diante desse cenário. Acompanhe!
Seja sincero consigo mesmo
Não adianta forçar a barra e querer trabalhar doente, se você sente que não dará conta de resolver uma situação importante. Diga para você mesmo: “não farei tal coisa, no momento, porque minha limitação me impede disso. Preciso de um tempo para lidar melhor com esse caso”.
Seja mais realista e empático com seus desconfortos. Não há como os outros acolherem sua dor e seu problema, se você não fizer isso por você, em primeiro lugar. Tenha em mente que você é o maior responsável pelo seu bem-estar. O que você precisa é aceitar a situação e tentar descobrir um jeito de comunicar suas dificuldades, de maneira clara.
Não esconda seus problemas
Seguindo essa linha de pensamento, entenda que algumas patologias são invisíveis. Fibromialgia, enxaqueca crônica, doença autoimune, hipotireoidismo, depressão, ansiedade e tantas outras, muitas vezes, só são perceptíveis aos outros se você fala sobre isso.
Esconder os seus problemas é contraproducente. Você tenta lutar naqueles momentos de dificuldade, ao mesmo tempo as pessoas ao seu redor não imaginam o que se passa e, ainda, cobram de você atitudes incompatíveis com suas condições.
É muito mais fácil para todos que você seja aberto sobre suas adversidades. Então, seja claro e direto. Não precisa dar muitos detalhes pessoais, se você não se sentir confortável com isso ou se achar que não cabe na situação. De qualquer forma, não precisa fingir que está tudo bem, quando na verdade não está.
Não tenha medo de perguntar
Você precisa de uma ajuda especial, de mais prazo no job ou de qualquer outra assistência, ao trabalhar doente? Então, arrisque pedir por isso. Ainda que a resposta seja um ´não´, é bem melhor você tentar encontrar outras saídas para essa situação, do que ficar imaginando como seria se você tivesse perguntado.
Sofrer em silêncio não resolverá o problema. Entenda que, por mais que os outros saibam da sua patologia, eles não vivenciam tudo o que você sente. Assim, pode nem se passar pela cabeça deles que você precisa de outras soluções e recursos. Então, simplesmente, peça ou pergunte.
Contribua da sua maneira
Você precisa trabalhar exatamente da mesma maneira que, comumente, seus colegas trabalham? Lógico que não! Defina como as coisas podem funcionar bem para você e aja respeitando seus limites. Faça seu job ou participe do projeto, de acordo com suas próprias peculiaridades.
Não espere que alguém consiga ler sua mente ou definir a logística por você. As pessoas podem aceitar suas sugestões sobre a forma de você contribuir com sua parte, se você agir de modo que suas solicitações sejam normais e partes da sua rotina.
Organize seu cronograma seguindo suas capacidades
Você pode planejar sua rotina da maneira que for mais adequada às suas possibilidades. Por exemplo, ao definir suas metas diárias e semanais, não preencha todo o espaço com o máximo de tarefas possíveis.
Reserve um tempo para que você possa descansar, respirar, resolver seu problema. Durma mais horas, se sentir necessidade. Trabalhe com o laptop na cama, se desejar. Não adie suas consultas com um profissional da saúde. Tenha atitudes para melhorar o seu dia.
É melhor você idealizar menos e conseguir ultrapassar a meta, do que sentir remorso por não tê-la cumprido. Isso, até, fará sua ansiedade bater na porta e atrapalhar ainda mais a produtividade.
Às vezes, criar uma rotina mais leve, sem tantas cobranças, é a solução para um bom desempenho, principalmente nos períodos de maiores crises.
Perca a vergonha de falar sobre seu problema
Talvez essa seja a parte mais difícil, mas ter dificuldades com a saúde não é vergonhoso. O tabu que você colocar em cima do seu problema colabora para que haja mais preconceitos em torno dele e para que os seus colegas não se sintam confortáveis para tocar no assunto, se precisarem.
Algumas vezes, sua doença pode roubar um pouco da sua privacidade, mas isso faz parte e ajudará você a conviver de forma mais fácil com suas condições. Tratar a questão com naturalidade fará com que os outros entendam melhor suas crises ou ausências.
Seja empático com os outros também
Às vezes, alguém que você nem imagina também pode passar por apertos parecidos com os seus mas não comenta sobre isso. Uma resposta atravessada ou um mau humor de um colega de profissão pode ser indício de que algo não vai bem com ele. Pode acontecer de tal pessoa apenas não ter ainda um diagnóstico, mas enfrentar, diariamente, os monstros internos dela.
Assim, tenha empatia e procure compreender, quando os outros falarem sobre as dificuldades deles, se você quer que entendam você, mostre receptividade e tente facilitar algo, se estiver dentro das suas possibilidades.
Não se auto-invalide
Fazer piadas sobre os seus problemas pode até ajudar a aceitá-los mais facilmente, no entanto, prefira não exagerar nessa postura, já que muitas pessoas podem não entender bem sua intenção. Ficar se justificando demais, da mesma forma, não é recomendado. Se você se tratar com desconfiança, os outros tenderão a fazer o mesmo.
Essas são, inclusive, formas de invalidar seus sentimentos e seus problemas, não sendo apropriadas se você deseja mais compreensão.
Lembre-se de que você deve ser o maior especialista sobre suas sensações e necessidades. Não espere leituras de pensamento, seja gentil consigo, saiba pedir ajuda e não coloque um fantasma em cima de algo que já traz um grande sofrimento. Trabalhar doente pode ser bem menos exaustivo, quando nos respeitamos, conhecemos e aceitamos nossos pontos fracos.
Aproveitando seu interesse na carreira, que tal profissionalizá-la ainda mais?