Marketing pessoal, produção de conteúdo e carreira: 10 lições que aprendi com o Matheus de Souza

lições que aprendi com o matheus de souza

Uma das funções do editor-chefe do blog da Comunidade é de acompanhar os conteúdos dos nossos colunistas e fazer uma curadoria do que iremos publicar. Assim, uma das minhas atividades é literalmente ler todos os artigos do Matheus de Souza.

Além disso, tive também a oportunidade de fazer o curso dele sobre Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo no LinkedIn e, somando as leituras ao curso, posso dizer que já aprendi bastante coisa com ele.

Se você ainda não o conhece, o Matheus é um nômade digital, que escreve, empreende e ensina, e que foi eleito um dos 15 Top Voices do LinkedIn em 2016.

Isso fez dele um dos freelancers mais conhecidos no mundo digital brasileiro e, desde Dezembro de 2017, ele é um dos colunistas do Comunidade.

Porém, logo no primeiro contato que tive com ele, me surpreendi com sua humildade e com o tanto que ele é acessível. Na verdade, continuo me surpreendendo e isso é exatamente a primeira lição.

1. Um Top Voice pode ser muito mais humano do que você pensa

Quando vemos a lista dos Top Voices e nomes como o do Matheus, Murillo Leal e Marc Tawil, logo imaginamos que eles são pessoas quase inacessíveis, não é? Pelo menos essa era a visão que eu costumava ter. Mas a realidade é muito diferente.

A primeira vez que mandei um email para o Matheus foi pedindo um favor. Havia escrito um artigo contando a história de como consegui um emprego em marketing em 23 horas e queria seu apoio na divulgação do texto.

Tinha certeza que não renderia nada, mas sabe aquelas situações que você não tem nada a perder e decide tentar mesmo assim? É o clássico “o não você já tem”.

Para a minha surpresa, ele compartilhou não apenas no LinkedIn, mas também em sua newsletter. E, até hoje, esse é um dos nossos posts que teve maior acesso a partir do LinkedIn.

E falando nessa rede profissional, a próxima lição é exatamente sobre ela. Ou mais especificamente, sobre o seu perfil nela.

2. Seja honesto em seu perfil

Parece uma dica bem óbvia, mas, quando estamos preocupados em nos vender profissionalmente, temos uma certa tendência em querer enfeitar nossas conquistas e desempenhos profissionais.

Como o LinkedIn é uma plataforma profissional, muitas vezes, ele é utilizado para buscar recolocação ou se posicionar como autoridade em sua área de atuação e, portanto, é muito comum vermos algumas descrições enfeitadas e situações de overselling.

“Com as redes sociais, tudo o que você precisa para aumentar seu QI é se tornar uma autoridade digital no que faz. Ou fingir ser uma. (A fina linha tênue entre ‘networking’ e ‘alpinismo social’)”

Eu mesmo já cometi esse erro, quando coloquei em meu título que era especialista em marketing sendo que tinha dois meses de atuação na área. Falei um pouco mais sobre isso nesse artigo.

Nota do editor:
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É fundamental pensar na forma como os recrutadores e seus potenciais clientes verão o seu perfil. E caso seja identificado um único em caso de overselling, isso já pode comprometer sua credibilidade.

Mas a tônica aqui é que não é necessário mentir nem exagerar sobre seus feitos. O LinkedIn pode revolucionar sua carreira com você agindo de forma honesta e genuína, e o Matheus é prova viva disso.

3. O LinkedIn pode te dar visibilidade e te transformar numa autoridade

O Matheus começou a produzir artigos para o LinkedIn com uma base bem pequena de seguidores com o intuito de ser visto. Ele queria trabalhar escrevendo e apostou suas fichas nessa plataforma para usá-la como uma vitrine e ganhar visibilidade.

Não preciso dizer que deu certo, não é?

Mas o que muita gente não sabe é que ele esteve muito perto de desistir. Assim, ele não seria um Top Voice, talvez ainda estivesse trabalhando como CLT com uma rotina fixa e este artigo certamente não existiria.

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Pensando em sua trajetória, a principal recomendação que ele próprio dá para que você alcance o mesmo sucesso que ele é:

4. Tenha consistência

Sabe quando você começa a desanimar por não ver resultados de algo que está fazendo? Você sente vontade de abandonar e vai comprometendo sua rotina: abre mão do que fazia na segunda-feira, na terça, e assim sucessivamente até que desista de tudo.

Desse modo, salvando raras exceções, você nunca terá resultados com nenhuma de suas empreitadas. Para ter sucesso, é necessário ter recorrência, ou se preferir a palavra da moda, resiliência.

Fazendo uma alusão à próxima lição, você conhece o cantor britânico Passenger?

Talvez não conheça pelo nome, mas certamente conhece a canção Let Her Go, que recentemente ultrapassou 1 bilhão de visualizações no YouTube.

Frequentemente, o compositor fala que jamais imaginaria que, em meio a todas as canções que ele compôs, seria ela que o lançaria para a fama e mudaria em definitivo a sua carreira. Mas, ainda assim, foi ela a música que acabou mudando sua vida.

Quando o Matheus fala sobre a importância de ter recorrência, o conselho dele gira bem em torno dessa ideia:

Pouca gente sabe, mas quando ele começou a produzir artigos para o LinkedIn em 2016, até chegar ao 30º artigo, o Matheus ainda não via vendo retorno disso e esteve bem perto de parar.

Então, ele viu uma notícia sobre a banda Radiohead e sua excêntrica estratégia de marketing, decidiu escrever um artigo sobre isso e, pela primeira vez, teve um texto destacado pelo LinkedIn.

Nesse momento, várias pessoas passaram a conhecer o nômade escritor, vários de seus artigos mais antigos viralizaram e isso acabou sendo um ponto de virada em sua carreira. E, ao final de 2016, com 100 artigos publicados, ele viu seu nome na lista dos Top Voices.

“Esse elemento (a recorrência) é o que diferencia aqueles que têm sucesso e aqueles que ficam pelo caminho. Como falei, escrevo há cinco anos. O que você talvez não saiba é que meu primeiro pagamento por um texto aconteceu apenas quatro anos após meu primeiro artigo ir pro ar. (Os 5 elementos que norteiam a minha escrita — e pagam as minhas contas)”

Ou seja, você nunca sabe qual será o seu artigo que vai viralizar, ou qual será o feito profissional que irá mudar sua vida. Você não tem como saber qual será a sua Let Her Go.

E quando menciono o Passenger, não me preocupo se você gosta dele ou não. Ou mesmo se você o conhece. E isso tem muito a ver com o próximo tópico:

5. Aposte em referências à cultura pop

Mas ao fazer esse tipo de referência, explique bem o bastante para que o conteúdo faça sentido também para quem não conhecer o artista mencionado.

Por exemplo, se você nunca tiver ouvido falar no cantor britânico que citei, isso não vai fazer muita diferença para que você entenda a importância de ter consistência. Pois, nesse caso, ele entra apenas como um exemplo.

Mas se você conhece o artista referenciado, isso já pode gerar uma identificação imediata e é uma excelente maneira de cativar a sua audiência.

Ou seja, se o conteúdo não exigir muita formalidade e for bem feito, você não tem como perder fazendo referências à cultura pop.

O Matheus, por exemplo, publicou um artigo no LinkedIn falando sobre o Arctic Monkeys e a arte de se reinventar quando eles lançaram o último álbum.

Esse conteúdo foi tão bem feito que ele é bom para quem conhece e desconhece a banda, e também para quem gosta ou desgosta do disco. Pois ele recheou o texto de trechos de entrevistas e explicações mostrando todos os pontos que queria falar sobre a arte de se reinventar.

E se você reparar, vai notar que, neste texto, estou o tempo inteiro me dirigindo diretamente a você. Sem plural e sem formalidade, para transformar o conteúdo numa verdadeira conversa. Percebeu? Pois então, essa é a próxima dica:

6. Converse com o seu leitor

Essa é uma das técnicas que mais ajudam a garantir um conteúdo que engaja e prende o leitor. Quando converso diretamente com você, a leitura se torna bem mais fluida e consigo ter sua atenção por mais tempo, mesmo em conteúdos mais longos.

Esse aspecto de escrever textos mais conversativos foi o que mais mudou na minha escrita após fazer o curso do Matheus. E talvez tenha sido minha maior evolução também.

Ele vai ainda mais longe e não apenas redige de maneira conversativa, mas escreve como ele realmente conversa. Isso inclui gírias e até mesmo palavrões.

Claro que existem limites e situações onde isso não pode ser aplicado. Por exemplo, em um conteúdo formal que o Matheus produz para um cliente, é muito difícil que ele utilize desses recursos.

Mas sempre que couber e fizer sentido, converse com o seu leitor e você vai notar que isso realmente faz diferença.

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Além de escrever, existe outro fator que é fundamental para ganhar visibilidade no LinkedIn:

7. Responder os comentários é tão importante quanto publicar artigos

Em primeiro lugar, por uma simples questão de educação: se alguém tirou um minuto do seu dia para comentar o seu texto, nada mais justo que você faça o mesmo, não acha?

Fora isso, ao responder os comentários, no feed do LinkedIn vai aparecer notificações do tipo “Matheus de Souza comentou isso” e vai colaborar com o buzz e com a visibilidade do seu artigo.

Ou seja, a repercussão e o engajamento nos comentários colaboram bastante com a visibilidade do seu conteúdo.

Portanto, separe um tempinho em sua rotina para responder seus leitores e, caso esteja extremamente atarefado e não tenha tempo para isso, pelo menos, curta os comentários. Assim, ainda aparecerão notificações do tipo “Matheus de Souza gostou disso”.

Outra lição que aprendi com ele diz respeito a se antecipar a possíveis reações que seus leitores podem ter:

8. Preveja alguns comentários que podem surgir e explore isso

Um excelente exemplo de como utilizar essa técnica são conteúdos em formatos de lista, como:

Uma reação bem fácil de prever para textos assim é “faltou tal livro” ou “faltou tal dica”. Então, faça questão de mencionar que se trata da sua lista e, se faltou algum, existe a chance de você não conhecer. Essa é a oportunidade perfeita de pedir recomendações e gerar engajamento nos comentários

Por fim, guardei dois aprendizados que têm mais a ver com carreira e estilo de vida do que com produção de conteúdo ou marketing pessoal propriamente ditos:

9. Aprenda a vestir a sua própria camisa

“Vestir a camisa da empresa é muito importante para crescer profissionalmente!”

Tenho certeza que você já perdeu as contas de quantas vezes ouviu algo similar a essa frase. Eu mesmo tomava isso como lema pessoal há um ano, quando ainda atuava como estagiário de engenharia e sonhava que, para ser efetivado, deveria vestir a camisa da empresa.

Ok, vestir a camisa da empresa é muito legal. Mas até que ponto?

“Na ânsia de ser reconhecido pelo seu trabalho e ganhar a tão sonhada promoção, você tenta abraçar o mundo. Você veste a camisa da empresa. Trabalha até mais tarde. Aceita mandos e desmandos. Sempre com o rabinho entre as pernas. (Vestir a camisa da empresa é legal, mas experimente vestir a sua)”

Esse é um trecho do artigo do Matheus de Souz que me esclareceu a ideia de vestir a própria camisa. Uma lição que eu até já havia aprendido, mas não de uma forma tão clara e poética.

A verdade é que somente somos felizes quando trabalhamos vestindo a nossa própria camisa. Por isso, o ideal é encontrar uma empresa que vista as mesmas cores que você. Ou então, quem sabe, seguir o exemplo do Matheus e se tornar seu próprio chefe.

E se você achou que não teria nenhuma referência a nomadismo digital…

10. Ser nômade é muito mais uma questão de atitude

Viajar, passar mais tempo sozinho e ter que se virar é uma excelente maneira de se conhecer melhor. Todas as pessoas que passaram por essa experiência te dirão isso, mas sabe por que?

Porque tira você da sua zona de conforto.

Mas o que ninguém te conta é que, se você não deixa sua zona de conforto em sua cidade natal, provavelmente também não irá deixá-la em outra cidade, país ou continente.

O que transforma a vida nômade em uma jornada de liberdade e autoconhecimento é a atitude. Não apenas a passagem de avião.

“Nenhum nômade que conheço foi pego pela mão e colocado num avião. A principal característica dessa galera é saber se virar. (Matheus de Souza)”

Esse trecho foi retirado do depoimento do Matheus para o ebook Partiu Mundo: histórias e conselhos dos principais nômades digitais brasileiros. Acesse agora para conferi-lo na íntegra e aproveite para ler o depoimento de outros 9 nômades digitais brasileiros!

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