Em 2017, lançamos a pesquisa Mercado Freelancer e apresentamos um panorama da atividade freelancer no Brasil. No relatório, incluímos alguns dados como:
- 9.561 respondentes de diversas áreas de atuação;
- Dos respondentes, 77,3% atuam como freelancers;
- 94,6% têm nível Superior;
- A maioria é Millennials, jovens nascidos entre 1980 e 1996, sendo 79,3% dos respondentes da pesquisa, logo depois vêm os maiores de 40 anos (9,5%);
- 73% dos freelancers são de Humanas;
- 26,2% ganham entre mil e cinco mil reais por mês.
Essas foram apenas algumas das estatísticas que conseguimos com a pesquisa. Para encontrar mais informações é só acessar o relatório completo.
Não é novidade que o mercado freelancer está crescendo no mundo todo. Foi inventado até um nome para o fenômeno: Gig Economy — também conhecida como “freelance economy“ e também “economia sob demanda”.
Mas você já parou para pensar em quantos profissionais freelancers existem por aí? Como está crescendo o mercado freelancer? E como é o mapa-múndi freelancer?
Bom, não é um número fácil de ser calculado, mas uma universidade inglesa conseguiu estimar a quantidade de freelancers no mundo — e ainda segmentou em um esquema de mapa-múndi onde estão e em quais áreas do conhecimento atuam.
Neste post, vamos juntar algumas informações que encontramos no relatório e dados que nós coletamos com a Mercado Freelancer 2017.
Conheça melhor nossa fonte
Antes de qualquer coisa, a pesquisa que falamos logo acima é a Online Labour Index, também chamada de OLI.
Criado na Universidade de Oxford, o The iLabour Project desenvolveu a OLI como a primeira ferramenta que indica fatores econômicos e políticos ligados à Gig Economy.
Os números encontrados lá são a combinação de dados de várias plataformas online de freelancing, unindo informações como demanda de trabalho online, número de projetos, ocupações e tarefas por todo mundo — em tempo real.
Apesar dos dados terem sido encontrados em plataformas que têm o inglês como idioma oficial, podemos tirar vários insights de outras localidades a partir da pesquisa.
As principais motivações da OLI foram o crescimento e o desenvolvimento de plataformas online, que conectam profissionais independentes e empresas dos mais variados setores, aproveitando a força freelancer para reduzir custos e ganhar flexibilidade.
Então, o principal objetivo do projeto é reconhecer a força da Gig Economy de três formas, mensurando, organizando e oferecendo voz aos participantes dessa “nova economia”.
Todas as informações estão disponíveis no site do projeto. Apesar de não ter uma análise muito detalhada nem desenvolvida de cada informação, compilamos alguns dos dados mais interessantes no próximo tópico. Confira!
Principais insights da pesquisa
1. Crescimento da Gig Economy
Um dos primeiros gráficos apresenta a oscilação de crescimento da Gig Economy com o passar do tempo.
Os dados são do período do dia 03 de maio de 2016 a 12 de agosto de 2018.
O eixo da horizontal apresenta o decorrer dos dias, enquanto o eixo vertical é o número médio diário de novos projetos em maio, começando com 100 pontos.
O crescimento mais notável é entre janeiro de 2017 e julho do mesmo ano, com aumento de mais de 40 pontos. Podemos perceber também como os períodos de férias afetam o número de projetos criados, em que os meses de janeiro e julho apresentam demandas bem menores, ainda que maiores que a data de partida do gráfico.
2. Maiores demandas no Brasil e na América Latina
Vamos ao que nos interessa.
Já falamos do mercado brasileiro tanto na pesquisa quanto em outros posts — inclusive, indico a leitura de outro conteúdo, Descubra se vale a pena ser freelancer no Brasil.
No Brasil e na maioria dos países latino-americanos apresentados, o segmento de Criação e Multimídia é o que apresenta maior número de demandas.
Os três maiores segmentos no Brasil, em especial, são das áreas de:
- criação e multimídia;
- copywriting e tradução;
- desenvolvimento de softwares e tecnologia.
Os resultados batem com os que nós encontramos com a Mercado Freelancer. Na pesquisa que fizemos as áreas de maior interesse são: Produção de Conteúdo, Marketing Digital, Design e Criação e Programação. Depois dessas áreas, aparecem as seguintes atividades: Social Media, Fotografia e SEO.
O segmento de Criação também é o primeiro no Chile, na Argentina, no Uruguai e na Venezuela. De maneira geral, as três ocupações principais são iguais para outros países sul-americanos, exceto no Chile, em que o terceiro lugar é substituído por Vendas e Suporte de Marketing.
3. Países com maiores demandas
O relatório ainda oferece um panorama de quais continentes têm maior participação na economia Gig. Aqui, estão representados os 20 países com maior demanda:
O continente asiático é o que tem maior parte do número de demandas freelancers. Mais de 26% dos profissionais são da Índia, seguido por profissionais de Bangladesh com pouco mais de 20%.
Apesar de não esclarecido na pesquisa, o alto número de trabalhadores nesses países e em outros países menos desenvolvidos, aponta a busca por mão de obra barata e produção em larga escala.
Também podemos ver como países desenvolvidos, e mais reconhecidos pela tendência freelancing, como Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Alemanha, estão na lista.
Para conferir todas as informações e acessar o mapa completo, é só clicar aqui. Lembrando que as informações estão em inglês e que tudo por lá é interativo.
O que achou dessas informações sobre a Gig Economy? Deixe seu comentário abaixo pra gente!
Quer saber se você também deve fazer parte desse fenômeno? Faça o teste e veja se a carreira de freelancer é realmente para você!