O que são moedas digitais? Conheça as principais e saiba como investir

Moedas digitais

Depois que alguns investidores ficaram ricos com o Bitcoin, as moedas digitais entraram na moda. A possibilidade de fazer dinheiro em poucos dias e com alguns cliques é tentadora, mas é necessário ter calma para conhecer melhor esse mercado e tomar as decisões certas para minimizar os riscos.

A liberdade da rotina de um freelancer, com horários flexíveis e clientes diversos, contrasta com as responsabilidades financeiras. Infelizmente, os boletos não deixam de chegar e a sua renda deve ser suficiente para pagar todas as contas. Dessa forma, para investir em criptomoedas ou outros produtos, a ordem é “arrumar a casa” primeiro.

Preparamos um guia para você conhecer as moedas digitais e aprender a comprá-las. Além disso, há informações relevantes sobre o mercado de investimentos e quando esses produtos podem (ou não) fazer parte da sua carteira. Continue a leitura!

Por onde começo a investir?

Se você decidiu montar uma carteira de investimentos, esse é um ótimo passo. Porém, é necessário tomar algumas providências antes para ter bons resultados nessa estratégia, já que isso envolve a organização das suas finanças pessoais e uma relação mais saudável com o seu dinheiro.

Por isso, destacamos algumas ações que você deve priorizar antes de se aprofundar no mercado financeiro. Confira!

Liquide as suas dívidas

Está com o nome sujo e com dificuldade para pagar as dívidas? Entre em contato com os credores e renegocie as pendências. Uma dica é pegar empréstimos com condições mais vantajosas e quitar as dívidas que têm os juros mais altos, como cheque especial e cartão de crédito.

Melhore os seus rendimentos como freelancer

Ao contrário do que algumas empresas tentam vender, os investimentos não são responsáveis pelo enriquecimento, mas somente um atalho. O dinheiro que vem do seu trabalho é o principal, por isso, é importante encontrar novos clientes para aumentar a sua renda mensal e ter mais capital disponível.

Crie uma reserva de emergência

Situações indesejadas acontecem e, principalmente para o profissional que não tem carteira assinada, ter uma reserva financeira traz uma segurança maior. O recomendado é juntar seis meses do seu custo de vida e aplicar em algum produto que tenha alta liquidez, ou seja, que possa ser resgatado em pouco tempo.

Separe uma parte da renda para investir

Com as finanças em dia, chegou a hora de se preparar para o mercado. É recomendado que 10% da sua renda, no mínimo, seja destinada para os investimentos. Esse dinheiro deve funcionar como um “pedágio” e ser enviado para a sua conta na corretora todos os meses, o que auxilia no crescimento do seu patrimônio.

Investidor arrojado: esse cara sou eu?

Você já deve ter ouvido falar dos riscos da bolsa de valores, que podem comprometer a vida financeira de quem faz escolhas erradas. É por isso que existe uma classificação do investidor, conhecida como perfil, que avalia fatores como aversão à perda e duração das aplicações para indicar os produtos mais recomendados.

O perfil é importante para definir quanto você deve investir em renda fixa e em renda variável, que é onde as moedas digitais se encontram. No mercado, vale a frase: “quanto mais riscos, maior o potencial de ganhos”. Ou seja, é importante saber se você tem estômago para lidar com a variação do seu patrimônio.

Separamos os três perfis de investidor para você entender onde se encaixa e quais produtos deve privilegiar!

Conservador

Não gosta de correr riscos e preza pela segurança do seu dinheiro. Por isso, a maioria das suas aplicações está na renda fixa, que devolve um rendimento próximo à média do mercado e com garantias. Em geral, são pessoas com pouco conhecimento sobre finanças ou que acumularam muito patrimônio durante os anos e adotam a cautela.

Exemplos: Tesouro Direto, títulos privados (CDB), letras de crédito (LCI e LCA) e fundos de renda fixa.

Moderado

Também se preocupa com a segurança, mas está disposto a correr alguns riscos para ter um resultado acima da média. Essa pessoa tem alguma experiência no mercado financeiro e monta um portfólio mais versátil, com ativos de renda variável e aplicações em fundos.

Exemplos: debêntures, fundos de índice (ETFs), fundos multimercados e fundos de ações.

Arrojado

É o investidor que não tem medo da volatilidade da sua carteira e quer aumentar o seu patrimônio de forma mais rápida, com ganhos pomposos e alta tolerância ao risco. Tem grande noção do funcionamento do mercado e busca produtos mais complexos, com potencial elevado.

Exemplos: ações, opções, fundos arrojados e criptomoedas.

O que são criptomoedas?

Se você estava esperando pela explicação do que são moedas digitais, esse é o seu momento! De maneira simples, elas funcionam sem a intermediação de um banco ou instituição financeira, como acontece com o real e o Banco Central do Brasil. Dessa forma, sua burocracia é praticamente inexistente, pois não há regulamentação de autoridades.

Como não há emissão de cédulas físicas, essas moedas são guardadas em carteiras digitais e funcionam em uma rede descentralizada, o que permite a transferência entre contas sem a necessidade do banco. Isso é feito por meio do Blockchain, uma tecnologia que forma uma rede de códigos em blocos fechados por criptografia.

As criptomoedas ficaram populares em 2013, quando o Bitcoin (criado em 2009) sofreu uma alta que elevou o seu valor de US$ 13 para US$ 770 no dia 1º de janeiro de 2014. Essa variação rendeu ganhos elevados para quem apostou no seu crescimento e chamou a atenção dos investidores tradicionais.

Depois, outras moedas com tecnologia parecida surgiram e foram denominadas de altcoins. O próprio Facebook, uma das maiores organizações do planeta, anunciou recentemente a criação da Libra, que servirá como um meio de pagamento. Além do valor como dinheiro, as criptomoedas também fazem sucesso pela tecnologia avançada.

Quais são as principais moedas?

O Bitcoin é a moeda digital mais conhecida e negociada, mas não é a única. Os investidores encontram milhares de opções no mercado, com tecnologias e objetivos diferentes. Somente no CoinMarketCap, que é um site especializado em cotações desses ativos, 2.263 estão listadas.

Conheça as três mais negociadas, que têm preços e quantidades disponíveis diferentes!

Bitcoin

O Bitcoin nasceu em 2009, mas ganhou relevância nos últimos anos com a sua alta expressiva. A utilização do Blockchain permite transações financeiras internacionais em questão de minutos, o que reduz a burocracia dos grandes bancos e aumenta a segurança da operação, já que os dados são protegidos e não podem ser copiados.

Atualmente, há cerca de 18 milhões de Bitcoins, mas o limite imposto foi de 21 milhões. A “criação” da moeda é feita por mineração, que é um processo em que computadores de última geração fazem cálculos complexos para juntar os blocos e encontrar as combinações (essa pessoa ganha uma recompensa em Bitcoins).

Ethereum

Com mais de R$ 90 bilhões de valor de mercado, o Ethereum só perde para o Bitcoin em volume de dinheiro investido. Essa criptomoeda (chamada de Ether) foi criada em 2015, no auge da febre da “concorrente”, e utiliza o Blockchain para executar contratos inteligentes e transações financeiras.

O principal diferencial das duas é que o Ethereum não tem o objetivo de ser uma moeda convencional, mas sim um computador de escala mundial que permita aplicações descentralizadas. Para ter acesso a essa rede, o pagamento é feito com Ether. Empresas utilizam essa tecnologia para aumentar a segurança das suas informações.

Ripple

Na terceira posição, o Ripple é um sistema com lógica completamente diferente: em vez de banir os bancos, sua tecnologia serve para melhorar os serviços deles. Seu conceito é ser um protocolo de pagamento que oferece transações seguras e instantâneas para qualquer lugar e em qualquer moeda (Bitcoin e ouro, por exemplo).

A moeda oficial do sistema é o XRP e há um máximo de 100 bilhões em circulação, o que explica o seu valor mais baixo que o do Bitcoin (R$ 1,19 em 15/07/2019). Porém, a tecnologia já foi licenciada para mais de 100 empresas, como o Banco Santander, que adotou algumas soluções nos últimos anos.

Por que investir em moedas digitais?

Afinal, criptomoedas são um bom investimento? Existem várias respostas para essa pergunta. Para o investidor que deseja somente lucrar com a sua variação, elas representam um potencial enorme de ganhos, já que não existe um limite para a sua volatilidade. Na bolsa, quando uma ação ultrapassa 10% de valorização ou desvalorização em um mesmo dia, ela entra em leilão — um mecanismo que contém as oscilações bruscas.

Por outro lado, os avanços tecnológicos dessas moedas podem ser um bom investimento no longo prazo. O Blockchain é um exemplo de tecnologia revolucionária e que pode mudar a forma como governos e instituições cuidam da área financeira. Assim, a valorização desses produtos pode ser lenta, mas provável em alguns anos.

Confira alguns motivos para você ter moedas digitais na sua carteira!

Retorno financeiro

Como investidor, o retorno financeiro é o mais relevante. Quem comprou Bitcoin a US$ 1 no passado e vendeu a US$ 20 mil em 2018, na sua alta histórica, teve um ROI (retorno sobre o investimento) inacreditável. Por outro lado, as quedas podem ser igualmente fortes, o que demanda cautela.

Tecnologia diferenciada

As tecnologias empregadas nessas moedas são revolucionárias e ganharam a atenção até das empresas mais tradicionais. Mesmo que o Bitcoin não vingue como uma moeda global, suas soluções para transferências de valores serão adaptadas por gigantes do mercado — algo que já ocorre.

Meio de pagamento

Existe uma parcela da população que acredita na utilização do Bitcoin no cotidiano, como comprar uma caixa de leite com essa moeda. Nesse caso, ter um percentual dela seria interessante porque, caso isso se popularize, a tendência é que seu preço aumente em relação ao dólar e ao real.

Diversificação da carteira

Ter uma carteira diversificada é essencial para não sofrer com as variações dos seus ativos. Por isso, para os investidores moderados e arrojados, ter um percentual de moedas digitais é uma forma de buscar ganhos acima da média sem colocar o seu patrimônio completamente em risco.

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O que é preciso fazer para investir em criptomoedas?

Como é um tipo de investimento que não tem regulação, as moedas digitais não estão disponíveis nas maiores instituições financeiras. Para montar a sua carteira, existem dois tipos principais: por meio de uma corretora especializada nesse mercado e por P2P, que é a transferência direta entre pessoas.

P2P

O peer-to-peer é um sistema que permite a transferência de fundos sem a participação de um intermediário, como um banco. Como as moedas são guardadas em carteiras digitais, basta copiar o endereço único do destinatário e enviar o dinheiro — em poucos minutos, ele estará disponível.

O problema dessa negociação é a possibilidade de golpes, já que você pode não receber o valor negociado em criptomoedas. A vantagem é não pagar as taxas das corretoras, mas elas são indicadas porque são uma maneira mais segura de transferir o dinheiro, ainda mais se os valores forem altos.

Corretora

Se você já fez algum tipo de investimento pela internet, o processo para comprar Bitcoins ou qualquer outra moeda digital é similar. É necessário encontrar uma empresa que negocie esse tipo de ativo (FoxBit e Mercado Bitcoin são dois exemplos nacionais), criar uma conta e enviar o dinheiro em moeda local.

Dentro da plataforma, você emite a ordem de compra pelo valor (que pode ser automático ou não). Assim que aparecer alguém vendendo pelo mesmo preço, a compra é finalizada. Para aumentar a segurança, a dica é guardar as moedas em uma carteira fora do site (existem dezenas espalhadas).

Pequeno dicionário das criptomoedas

É possível que alguns termos desse artigo ou de textos que você leu na internet tenham confundido a sua cabeça. Isso não é motivo para pânico, porque o nosso glossário com termos importantes sobre as criptomoedas chegou para salvar o seu dia! Essas expressões são comuns e servem para você mergulhar mais profundamente no mercado.

Altcoins: é como são conhecidas as moedas digitais criadas e popularizadas depois do Bitcoin.

Blockchain: é a tecnologia descentralizada que faz as transações sem o intermédio de terceiros, o que aumenta a sua segurança.

Carteira digital: funciona como uma carteira real, onde as suas moedas ficam “guardadas”.

Exchange: são as corretoras que permitem a troca das moedas tradicionais por moedas digitais (como real por Bitcoin).

ICO: é a sigla em inglês para Oferta Inicial de Moedas. É o mesmo processo das ações na bolsa de valores, quando uma empresa oferece uma venda pública dos ativos.

Mineração: é a resolução de complexos cálculos matemáticos para juntar os blocos de dados e criar novos Bitcoins (ou qualquer outra altcoin) em troca de uma quantidade predeterminada de moedas.

P2P: significa peer-to-peer, que é a transferência de recursos sem intermediação (o Blockchain é um tipo de tecnologia que permite o P2P).

Você sabe dizer quanto custa um Bitcoin atualmente? A principal das moedas digitais está avaliada em R$ 41.700 em 15/07/2019 e, para ter uma unidade inteira, é necessário ter muita organização com as suas finanças pessoais. Por isso, use a tecnologia como uma aliada e encontre ferramentas para administrar melhor o seu dinheiro!

A planilha de controle financeiro para freelancers é uma ótima pedida, já que é adaptada para a rotina desse profissional e melhora a previsibilidade de renda. Baixe a sua versão e não sofra mais com os gastos desnecessários e boletos impossíveis de pagar!

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