Produção editorial freelance: tudo o que você precisa saber

A produção editorial é uma área que cresceu muito com o aumento de demanda para marketing digital. Veja quais perfis de profissional melhor se encaixam no setor e como é a carreira de freelancer para quem aposta nela.

Produção editorial freelance: tudo o que você precisa saber

Com mudanças na dinâmica de trabalho, no foco em resultados, e com a ajuda do avanço de tecnologias de trabalho remoto, nunca foi tão fácil e recompensador trabalhar como freelancer. Ainda mais em áreas que envolvem comunicação e marketing.

Se você está buscando esse caminho para a sua carreira, a produção editorial é um mercado em alta, com demanda para diversas habilidades, formações e especializações de profissionais que querem fazer acontecer a própria carreira.

Mas será que o seu perfil se encaixa no que empresas esperam de freelancers na produção editorial? Que tipo de trabalho você pode realizar e como seu histórico pode ajudar a encontrar um espaço e se destacar? Neste artigo, podemos olhar mais a fundo nessas questões e mostrar quanto você pode ter sucesso na área. Confira!

Áreas da produção editorial

Quando se fala em produção editorial, é preciso entender que essa área é muito abrangente e exige diversas especializações para cobrir cada demanda de um projeto bem-feito. Então, vamos começar com o conceito em si.

O termo abrange de forma mais geral todo o processo de criação, formatação e distribuição de conteúdo. Talvez, o exemplo mais simples e tradicional seja a edição de um livro: um escritor escreve a história, um editor revisa e ajusta elementos, o capista cria uma capa chamativa, o produtor gráfico imprime de acordo com os materiais mais indicados para o projeto e a livraria vende o produto final em suas filiais.

Porém, dentro do contexto da nossa conversa, a produção editorial mais quente no mercado atualmente é relacionada ao marketing digital. Os mecanismos são parecidos, mas o objetivo nesse caso não é vender uma história, mas uma marca.

Com a criação e distribuição de conteúdo pela internet (blogs, redes sociais, e-mail etc.), empresas conseguem se comunicar de maneira mais significativa com o seu público, criando narrativas e experiências que aproximam emocionalmente as pessoas de um produto ou serviço.

Vale lembrar que não estamos falando apenas de texto. Em produção editorial, tudo que se cria parte de um conteúdo: um post, um tweet, uma foto no Instagram e até um vídeo. Em campanhas de marketing digital, cada peça tem uma intenção por trás — de uma narrativa maior, de uma linguagem que seja a mesma do público-alvo, de uma identidade e cultura da marca.

Prática no mercado

Quem trabalha nesse mercado hoje tem uma função clara: dar cara e voz a empresas que querem mais visibilidade e, principalmente, engajamento. Por isso, a demanda por freelancers editoriais está tão aquecida nos últimos anos.

Mas que tipo de profissional esses clientes procuram? Outra questão interessante da produção editorial é o fato de ser bastante variada em suas disciplinas. Existe espaço tanto para pessoas que dominam todos os processos e conseguem gerenciar projetos inteiros como aquelas que são muito boas em determinadas etapas, fazendo trabalhos incríveis para vários clientes diferentes. Veja as áreas principais.

Redação

Como citei um pouco mais para cima, toda peça de marketing digital parte do conteúdo. Seja um roteiro, uma descrição, uma ideia ou o próprio texto em si, alguém precisa produzir esse insumo para que as outras etapas o formatem e distribuam.

Esse é o papel do redator em produção editorial, mas em um contexto bem diferente do que se espera ao escrever ficção ou outras escritas criativas.

A redação freelancer para empresas deve considerar o público-alvo do cliente, os objetivos comerciais daquela estratégia de comunicação e os canais disponíveis para distribuição e interação. O copywriter adapta o seu estilo às necessidades do projeto.

Sendo assim, essa é uma função bastante estratégica. Além de escrever bem, é preciso ter flexibilidade, disciplina e entender conceitos de marketing aplicados a diversos tipos de conteúdo — características muito procuradas no mercado atual.

Revisão

Por mais competente que seja a pessoa responsável pela redação, o foco dela está sempre na comunicação do conteúdo e, muitas vezes, algumas questões sobre a forma passam despercebidos.

Por isso, as empresas gostam de contar também com revisores ou até editores que façam a função de revisar o trabalho e prepará-lo integralmente para um formato distribuível.

A revisão é a ponte entre a concepção de uma narrativa e como ela será recebida pelo público. Ritmo, estilo, legibilidade, tamanho, formatação e hierarquização de informação são exemplos de pontos que esse tipo de profissional analisa e ajusta em um conteúdo.

Design

Assim como no exemplo do livro o capista é fundamental, no marketing digital, o design é a cara do conteúdo que dá voz à marca. É uma especialização que vem só crescendo em demanda na produção editorial.

Isso principalmente porque a distribuição de conteúdo na internet é muito visual. Blog posts têm imagens ilustrativas, redes sociais engajam mais com gráficos e fotos, vídeos usam motion graphics para dar movimento à informação.

Hoje, praticamente toda peça que as empresas publicam contém algum trabalho de design. Por isso, quem é da área pode ter sucesso treinando habilidades específicas de comunicação visual, para capturar a atenção, informar e destacar o conteúdo em uma questão de segundos.

Planejamento e gerenciamento

Se a produção editorial é uma cadeia que vai da criação até a distribuição de conteúdo, é muito mais fácil dar coesão e otimizar a visibilidade desse material se houver alguém coordenando o projeto.

Produtores editoriais são pessoas que enxergam todas essas etapas de uma maneira mais ampla e conseguem racionalizar o trabalho necessário para atingir os objetivos do cliente.

São profissionais capazes de planejar quais tipos de peças são necessárias, criar um calendário de produção e publicação, certificar se há uma lógica e uma linha narrativa entre cada uma e medir resultados em atração e engajamento. Quem será essa pessoa depende do tamanho e do escopo do projeto. Em investimentos maiores, pode haver alguém dedicado a esse gerenciamento.

Mas, mesmo que você atue em apenas uma das áreas que apresentamos, é importante praticar essas habilidades para quando você tem que planejar e produzir ao mesmo tempo. É um tipo de situação que ocorre bastante na vida de freelancers.

Quem pode trabalhar como produtor editorial?

Seja se especializando ou apostando mais no gerenciamento e execução de várias etapas editoriais, há espaço para diversos perfis de habilidades profissionais dentro deste mercado. Inclusive, o foco de empresas na busca por produtores e criadores costuma ser muito mais em enxergar o que você é capaz de fazer na prática do que analisar currículos.

Isso significa que freelancers não precisam exatamente de uma formação acadêmica, desde que entendam bem do que fazem e consigam demonstrar seu valor a potenciais clientes. Mas, claro, algum tipo de especialização sempre cria um diferencial na hora de escolherem você.

Portanto, vamos analisar os tipos de perfis que se encaixam mais em cada uma das etapas que citei acima, de acordo com conhecimentos necessários e diversidade de formações.

Redatores, revisores e editores

Essas três áreas profissionais estão diretamente ligadas à concepção e produção do conteúdo em si, até que ele esteja preparado para a publicação e distribuição. Aqui, o mais importante é um domínio de escrita informativa e opinativa, além da capacidade de adaptar um texto à realidade do público-alvo a quem ele se destina.

Claro, você pode perfeitamente conseguir essas habilidades de maneira autônoma, seja em cursos avulsos ou mesmo aprendendo na prática. Muitos freelancers se dão bem seguindo esse caminho. Mas também há alguns cursos acadêmicos que se encaixam no que o mercado pede desse profissional.

Até existem alguns bacharelados específicos para produção editorial. Porém, eles são raros e outras formações suprem muito bem as necessidades de capacitação de quem é freelancer nessas etapas:

  • Jornalismo;
  • Comunicação;
  • Marketing;
  • Publicidade e Propaganda;
  • Letras;
  • Rádio e TV, entre outros.

Como você pode ver, essa é uma carreira que exige muito de comunicação — a capacidade de transformar conceitos e ideias em conteúdos atraentes, de claro entendimento e com uma intenção por trás de atrair o público para mais perto da empresa.

Designers

Falar de design é falar de todo um mercado próprio, com diversas especializações, setores e finalidades. Para a produção editorial, podemos reduzir esse escopo para o que mais importa na área, o Design Gráfico.

Designers na área se especializam em aliar forma e função para apresentar conteúdos de maneira visual, instigante, engajadora e que transmitam intenção com apenas uma passada de olho.

Atualmente, os cursos superiores de Design já são bem populares pelo Brasil, além de ser uma especialização com muito material e cursos online para quem não quer se comprometer a um bacharelado completo.

Se o seu foco é ser freelancer designer na produção editorial, é importante saber um pouco de tudo: comunicação visual, videodesign, motion graphics, ilustração etc.

Já se você quer acrescentar essa habilidade como apoio a suas outras especialidades, é bom ter noções básicas de softwares de edição como o Photoshop e aprender conceitos básicos da área, como teoria das cores, fotografia, tipografia, narrativa visual e design thinking.

Gerentes de projeto

Para quem quer ter uma carreira mais voltada para o gerenciamento e se tornar líder de projetos em produção editorial, algumas habilidades precisam ser trabalhadas além da própria prática dessa execução.

Cursos de Comunicação e Marketing fazem bastante diferença aqui, pois trabalham exatamente os conceitos fundamentais de conteúdo voltado para intenções comerciais. É uma boa ir atrás de aulas na área.

Outra particularidade dessa posição é que você, além de praticar habilidades de planejamento e gerenciamento, precisa aflorar suas chamadas soft skills: liderança, comunicação com o cliente, pesquisa, organização produtiva, análise crítica, entre outros. Elas vão fazer a diferença na hora de lidar com as empresas que te contratam, o público e outros profissionais como você.

Freelancer de produção editorial

Com tudo o que vimos até aqui, quem investe nessa carreira tem portas abertas em muitas empresas. Porém, e se você quiser mesmo consolidar sua própria carreira? O mercado atual é muito favorável para quem quer atuar como freelancer de produção editorial.

Se você nunca pensou sobre essa possibilidade ou está começando a cogitar agora, que tal terminar essa conversa dando uma olhada em como é a vida de quem trabalha por conta própria no setor? Veja algumas informações importantes.

Dia a dia

Uma das maiores vantagens de trabalhar como freelancer é poder fazer o seu próprio horário e ter uma rotina muito mais voltada ao resultado do que cumprir horas de um turno.

Por isso, o dia a dia desses profissionais varia bastante de pessoa para pessoa. O alinhamento com o cliente geralmente exige alguns horários fixos, mas, de resto, você planeja quando começa e quando termina o trabalho, de maneira mais confortável para seus hábitos e sua vida pessoal.

Contudo, esse poder vem com uma grande responsabilidade. Assim como qualquer emprego, freelancers de produção editorial têm prazos e metas a cumprir. Portanto, organização e disciplina são fundamentais.

Quem tem sucesso nessa carreira costuma ter horários bem-definidos e segue à risca seu planejamento. Também separa o profissional do pessoal mesmo trabalhando de casa — com um espaço reservado, como um escritório, e rituais que façam a mente se focar no que é preciso naquele momento.

Na verdade, os dois lados são um problema: freelancers que interrompem o trabalho a toda hora ou aqueles que nunca param de trabalhar, mesmo em momentos que eram para ser de lazer e descanso. O equilíbrio é fundamental para dar certo.

Média salarial

Falar em média salarial para freelancers é uma questão delicada. Embora existam alguns indicadores no mercado nesse sentido, o valor depende muito da função que se exerce, do seu momento de carreira no mercado, quantidade de clientes, entre muitas outras variáveis.

O que eu posso dizer, então, é que a demanda alta atual traz valores interessantes por trabalho ou por projeto. Com disciplina, focando nos seus diferenciais e mantendo uma carteira de clientes saudável, é possível sim ter uma remuneração adequada para sua capacidade.

Principalmente, o que freelancers buscam é estabilidade financeira. É saber que chegou em um ponto da carreira que sua base é saudável o suficiente para garantir o salário dos próximos meses. Com o crescimento do marketing digital, a produção editorial é uma das áreas que mais permite isso atualmente.

Campo laboral

O freelancer na área atualmente consegue trabalhar de casa sem problemas — muitas vezes, sem nem mesmo conhecer o cliente pessoalmente. Isso é muito bom principalmente para quem mora em mercados menores e quer ganhar o mundo.

Seu campo de atuação é a internet. Você pode utilizar redes sociais para divulgar seu trabalho e prospectar novos jobs. Pode também participar de plataformas de freelancers que fazem essa ponte entre demanda e oferta de serviço.

Variando seu portfólio, investindo nas suas habilidades técnicas e de gerenciamento e tendo disciplina e foco para a carreira, existe muito espaço para crescer na produção editorial. Se você tem alguma dessas especializações ou está com vontade de aprender, é uma maneira de ter uma carreira flexível, satisfatória e dinâmica.

Que tal, então, aprender ainda mais sobre o que é preciso para fazer o próprio sucesso? Veja este artigo sobre como profissionalizar a sua carreira freelancer!

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