Depois de 7 anos longe da minha filha e da minha mãe, como tirei minhas tão sonhadas férias freelancers!

Toda semana, elegemos um freela para escrever para a gente com pauta livre. Assim, conhecemos melhor a nossa Comunidade e você também. Essa é a história da Orquidea!

Coluna Freela - Orquidea Martins

Quando estamos trabalhando no formato CLT, já temos o costume de tirar férias a cada alguns meses. Agora, se você trabalha no conforto do lar como eu, pode ter se perguntado: quando o freelancer tira férias? A resposta pode ser “quando ele bem quiser”, mas também pode ser “quando o dinheiro deixar”.

Porque a vida freelancer é assim, você controla sua agenda e tem os horários para cumprir, tudo conforme a sua própria gestão. Se não quiser trabalhar no sábado ou no feriado, você mesmo gerencia isso e faz acontecer. Mas e o dinheiro? Com ele não é bem assim, né, amigos e amigas?

Quando a gente era adolescente, tinha que pedir autorização para a mãe ou o pai: “Puxa vida, mãe, todo mundo vai na festa da Laurinha!” E muitas vezes a resposta era: “Você não é todo mundo! Você não vai e pronto!” Hoje, como adultos, se alguém chama para sair, você precisa “pedir autorização” para o money.

Qual resposta você receberia do seu dinheiro? Depois de 7 anos longe da minha filha e da minha mãe, só “ouvindo não” do meu dinheiro na hora de viajar, vou te contar como consegui o famigerado “sim” e decolei para Porto Alegre.

Me acompanhe e descubra como se faz para realmente controlar suas finanças e tirar suas férias freelancers!

Planejando toda a viagem

Para começar, eu preciso dizer que sou uma freelancer muito sortuda. Você acredita que, mesmo sem me conhecerem pessoalmente, a equipe da Rock Content me presenteou com as passagens de ida e volta para realizar meu sonho de ver minha filhota? Pois é, esse presente foi como um abrir de janelas.

Publicação da Orquídea em nosso antigo grupo no Facebook para contar sobre a viagem para a Comunidade de Freelancers.

Sabe quando chove muito por dias? Aí chega uma hora em que você nem abre mais a janela, porque está crente que só haverá chuva lá fora. Então, a Rock chegou de mansinho e escancarou minha casa toda para eu ver que o sol já brilhava alto e a chuva tinha ido embora.

Foi assim que me senti, pois por muito tempo eu me apeguei à ideia de que eu não tinha condições de viajar de avião. Que eu não teria dinheiro para bancar uma viagem de Ribeirão Preto, São Paulo, a Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Acabei por criar uma crença limitante de que eu não conseguia concretizar meus sonhos e planos.

O apoio da Rock Content não foi apenas monetário, mas também um impulso para, literalmente, alçar novos voos. Agora, como eu lidei com todo o restante dos gastos? Vejamos!

A escolha das datas

Quem já viajou entende bem que a escolha das datas influencia diretamente nos gastos. Dependendo da época, ou as passagens aumentam ou você gasta mais com passeios e hospedagem.

Meu desafio aqui era sair durante o inverno de uma região quente — a média de temperatura em Ribeirão Preto de junho a agosto fica entre 28ºC e 30ºC — e ir para o sul.

Você pode até entender que no verão é calor em qualquer lugar do Brasil. Porém, se você não foi para algum estado do sul ou alguma região do exterior durante o inverno, é bem difícil de entender o que é acordar com -2ºC e precisar tomar banho — a água demora a sair do encanamento, por estar congelada.

Bom, como nasci e vivi no Rio Grande do Sul até meus 23 anos, sabia que essa não seria uma boa época para viajar. Teríamos muitos gastos com roupas apropriadas, além de menos oportunidades de passeios por conta do clima. Caso você não tenha a sorte que eu tive de já conhecer a região antes da viagem, recomendo fortemente que pesquise:

  • o clima da região durante o ano todo, para se informar sobre médias de temperaturas, ventos e calor;
  • as notícias da região durante as estações, observando se há casos de calor extremo ou frio extremo.

A definição dos itinerários

Um passo importante que demos antes da viagem foi pesquisar sobre eventos e passeios na região onde estaríamos. Planejamos até o dia e o local dos passeios em família, tudo pensando na praticidade e na comodidade de todos. Além disso, com nossa listinha de programas, conseguimos saber antecipadamente o quanto gastaríamos.

Meu marido e eu acessamos diversos sites, até mesmo das empresas de ônibus, para checar valores de passagens dentro e fora de Canoas, cidade onde mãinha mora. Então, meses antes eu já sabia que precisava de determinada quantia em dinheiro para os passeios.

Curtindo as férias adoidada

Com essa referência a nosso filme de infância, queria dizer que nem tudo foi só assunto sobre economia. Aproveitar a semaninha de férias era essencial, mais ainda na companhia da minha filhota. Aproveitamos para dar aquela volta no bairro com direito a excursões do tipo “era aqui, filha, que a mamãe ficava conversando com os amigos”.

Levei meu marido para comer o famoso xis gaúcho — fazia anos que não comia essa relíquia. Um outro momento importante foi visitar minha irmã por parte de pai. A última vez que nos vimos eu tinha apenas 6 anos, quando nosso pai faleceu. Depois disso, morando com mães diferentes, não nos falamos mais, até ela me reencontrar pelo Orkut.

Assim eu conheci meus três sobrinhos, que já são praticamente adultos, e o cunhado. Além de poder rever uma parte da família da qual tanto sinto falta, reencontrei irmã, filha e prima. Infelizmente, muitas das fotos não poderão ser postadas, pois passamos por um imprevisto: um assalto a mão armada.

Lá se foram dois celulares comprados com meu dinheirinho freela, mas o importante é que ficamos bem e vivos. Aqui vale uma dica de segurança: se você for turistar por aí, use máquina digital para tirar fotos, são bem menos chamativas do que celulares.

Além disso, para o mercado dos malandros, não compensa tanto uma câmera simples — os smartphones são alvos certos.

Outra dica é andar com pouco dinheiro vivo. Deixe o restante no cartão de débito e, de preferência, divida o dinheiro em diferentes contas. Por exemplo, nosso dinheiro da viagem foi dividido ao meio na minha conta e na de meu marido.

Quando você tem menos pertences para serem levados, menos arriscado é o encontro do assalto, e bem menos traumático também.

Pelo menos essa foto do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, eu consegui salvar para vocês!

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Terminando com money

Ufa, chegamos ao fim da viagem e com dinheiro! Esse ponto é muito importante porque, você sabe, os boletos nunca param de chegar — isso é incrível. Então, diferentemente de quando você tira férias CLTs, como freelancer você só terá mais dinheiro depois caso tenha se prevenido. Como foi que eu fiz?

Bem, eu me planejei o ano todo para gastar menos, além de fazer hora extra nos últimos meses antes da viagem. Além disso, eu cultivei projetos e clientes com os quais eu poderia contar para ter jobs quando voltasse para o trabalho.

Sim, agendei minhas férias conforme os dias do mês que eu sei que tem menos fluxo de trabalho para mim. Acredite, ainda consegui descansar 3 dias em casa depois da viagem antes de pegar no batente de novo.

Economia no transporte

Não posso deixar de falar que a forma principal de economia na viagem foi entender os valores das passagens. Além do mais, antes de sair da casa da minha mãe para os passeios, sempre procurávamos em diferentes aplicativos de carona coletiva e táxi para ver qual opção era a mais em conta.

Como estávamos em três, muitas vezes o valor de seis passagens de ônibus (ida e volta) ficava mais caro que usar aplicativos de táxi. Porém, dependendo do trajeto, o gasto com trem e ônibus era mais barato do que o táxi.

Aqui há uma questão de distância entre o lugar em que você está e para onde deseja ir. Para distâncias maiores, geralmente o transporte público funciona melhor. Para lugares próximos, o aplicativo de táxi cobra mais barato, além de levar mais pessoas por um preço único.

Economia na hospedagem

Além de tudo isso, eu também economizei na hospedagem. A princípio eu não queria ficar na casa da minha mãe, em nome da privacidade. Porém, após verificar a diferença que faria dormir seis noites fora, achei melhor deixar isso para lá.

Só que há vezes em que você não tem opção e a hospedagem fica por sua conta. A dica aqui para economizar é usar plataformas de aluguel por temporada. As diárias são mais em conta do que em hotéis e você pode escolher a localização que deseja, assim como o preço que pagará, conforme as opções.

Além disso, nesses espaços geralmente há cozinha completa para você fazer todas as refeições. Basta ir a um mercado próximo para abastecer o que precisa e preparar seus alimentos.

Em um hotel, geralmente, você toma o café da manhã e precisa pagar as demais refeições, isso se a copa oferecer o serviço. Caso contrário, terá que comer na rua todos os dias e os gastos acabam ficando enormes por isso.

Lembra que falei sobre a crença limitante que a Rock ajudou a romper? Pois é, agora em dezembro de 2019 voltarei, pagando tudo por conta própria.

Agora que descobri que eu posso viajar e conquistar todos os meus planos, nada mais me segura no mesmo lugar. As minhas férias freelancer foram ótimas e o ponto principal foi isto:

Essa imagem representa algo que eu quis ter por muito tempo: minha filha ao alcance das minhas mãos, para dar muito carinho e amor. Rock Content, o que você fez por mim e minha família foi enorme e não tem preço. Obrigada!

Você achou legal a minha história e quer compartilhar a sua também? Não perca tempo e mande sua sugestão de tema para a Coluna Freela. Estou ansiosa para ler você aqui!

Orquidea Martins

Orquidea Martins

Redatora freelancer em tempo integral e mestre RPG nas horas vagas.

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