Uso dos porquês: junto, separado ou com acento? Aprenda agora

uso dos porquês

Você tem dúvidas com relação ao uso dos porquês e ainda não encontrou um material que pudesse lhe ajudar a deixá-las para trás? Não precisa continuar procurando. Hoje abordaremos todas as coisas que é preciso entender para fazer o uso dos porquês adequado nas suas redações.

Adotar a norma culta e obedecer às regras da língua portuguesa é uma obrigação dos freelancers de Redação. Muito mais do que serem especialistas naquilo de que falam, eles precisam ter domínio sobre a língua e conseguir se expressar muitíssimo bem. Pois bem, as dicas abaixo o ajudarão a entender, de uma vez por todas, como e quando usar cada um dos porquês.

Quando os porquês são utilizados?

Primeiro vamos entrar no mérito de sua aplicação, ou seja, mostrar para você quais são as situações nas quais o uso dos porquês é adequado. Eles costumam aparecer na nossa língua nos seguintes casos:

  • quando há uma frase interrogativa;
  • quando introduz uma oração subordinada causal;
  • quando introduz uma oração coordenada explicativa; e
  • quando é uma palavra substantivada.

No último caso é que costumam aparecer grandes dúvidas. Afinal, nem todo mundo sabe o que é uma palavra substantivada.

O termo refere-se àquelas palavras que não são exatamente substantivos, mas se comportam como tal dentro de um contexto. Você pode identificar o porquê sendo utilizado como palavra substantivada, por exemplo, quando ele recebe a companhia de um pronome ou de um artigo.

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Como os porquês são utilizados?

Porque os porquês podem ser introduzidos em diferentes contextos, como você viu no tópico anterior, eles também recebem grafias distintas que são capaz de identificá-los. Ao se descobrir a função exercida pelo porquê conseguimos apontar exatamente como ele deve aparecer em uma frase. As opções são:

  1. porque;
  2. por que;
  3. porquê; e
  4. por quê.

De maneira resumida podemos dizer que os porquês funcionam, respectivamente como:

  1. palavra explicativa, ou causal, usada em frases afirmativas;
  2. palavras interrogativas (ou afirmativas, caso estas possam ser naturalmente substituídas por “pelo qual”, por exemplo);
  3. palavra substantivada; e
  4. palavras interrogativas, sempre que elas aparecerem ao final de uma frase.

Mas ainda que essa breve explicação possa servir como “cola” para os momentos em que precisamos utilizar os porquês, ela não nos indica o exato motivo pelo qual escolhemos uma grafia ou outra. Você vai querer conhecer esse motivo, pois sempre que não puder se orientar pelo resumo, terá de avaliar o contexto de aplicação dos porquês.

Anote!

Então fique atento. As regras para o uso dos porquês são:

  • o porquê, interrogativo, é sempre grafado separadamente (por que). Em basicamente todas as suas aplicações ele pode ser substituído “por qual motivo” ou “por qual razão”. Não há nenhum exemplo na língua portuguesa em que o porquê não é separado nas interrogações;
  • já o porquê, explicativo, é o porquê da resposta. Aquele que se escreve sempre junto (porque), visto que substitui a conjunção “pois” ou, na sua versão causal, “como”. Esse porquê tem como particularidade nunca ser acentuado; e
  • por último, temos o porquê acentuado, grafado junto (porquê). Esse leva sempre em consideração as palavras que o acompanham e é o chamado porquê substantivado. Se a frase é algo como “não entendo o porquê” ou “não vi um porquê” sua presença é certa.

Sentiu falta de uma explicação para o porquê acentuado e separado (por quê)? É que este é o caso de uso dos porquês mais simples de se entender. Da mesma forma que acontece com o por que, o por quê é utilizado quando denota motivo ou razão.

Entretanto, ele só deve ser aplicado no final de frases. Seu grande diferencial é que, nem sempre, ele exige ser seguido por uma interrogação. Em muitos casos de uso desse porquê a pergunta fica implícita e essa pontuação não se faz necessária.

Pense em frases como “Gabriela foi embora e nem disse por quê.” ou “Eu lhe amo e nem sei por quê.”.

Exemplos de uso dos porquês

Como com outras particularidades gramaticais, o uso dos porquês é melhor entendido quando fazemos exercícios e vemos exemplos práticos do seu uso. Por isso, selecionamos aqui uma série de frases que mostram como cada um dos porquês funciona e explicitam as suas diferenças. Vamos lá?

Por que

Separado e sem acento, como já explicamos, o porquê tem três tipos de usos diferentes: dar início a uma interrogação, substituir o termo “por que motivo/por que razão” e agir como sinônimo de “pelo qual”. Temos então:

  • Por que você está agindo assim comigo?
  • Por que a sua mãe não lhe deixou ir ao baile?
  • Não sei por que isso está acontecendo.
  • Não há por que se preocupar com tal situação.
  • Débora não me disse os motivos por que se deixou levar.
  • Eu não compreendo a razão por que faço certas coisas.
  • Não tem por que ficar chateado com alguém dessa maneira.

Por quê

Separado e acentuado, porém, porquês só têm uma função: a de aparecer no fim das frases.

  • O senhor ainda não foi ao escritório por quê?
  • Minha mãe não entende o por quê.

Porque

Junto, porque é sempre motivo ou razão. Ele é, também, o uso mais comum dessa palavra na língua portuguesa e o que mais deve aparecer nas suas redações. Funcionando mais ou menos assim:

  • Ainda não liguei para ela porque estou sem bateria.
  • Nunca mais falarei com Patrícia porque ela foi grossa comigo.
  • As plantas fazem fotossíntese porque precisam sobreviver.
  • Porque eu estava chateada com Ana não fui a seu aniversário.

Porquê

O porquê junto e acentuado, por sua vez, é o porquê. Ou um porquê. Aquela palavra substantivada que vem sempre acompanhada de artigo ou pronome e que funciona como substantivo nas nossas frases. Ou seja:

  • Não entendo o porquê de você fazer isso comigo.
  • Acredito que há um porquê na vida terrestre.
  • Quando eu descobrir o porquê disso tudo você vai me pagar.
  • Deve haver um porquê nesse comportamento rebelde de Pedro.

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