Como a vida de freelancer me tornou uma profissional melhor

Coluna Freela

Quando surgiu a oportunidade de sugerir temas à Coluna Freela, quase que na hora eu soube o que queria dizer. Estando satisfeita com minha situação de trabalho atual — isto é, redatora freelancer em tempo integral — nada mais justo do que falar como atingi o tão prestigiado nível do Nirvana profissional.

Insira aqui barulho de disco saindo do eixo.

Não é bem assim. O Nirvana que eu atingi está mais para aquele do Smells Like Teen Spirit. Porém, é válido o caminho que percorri para chegar até aqui, ao qual eu chamo carinhosamente de… Lemonade.

Amigos, eu não sou a Beyoncé, mas sejam bem-vindos à minha limonada!

O primeiro limão

Eu sempre fui uma criança curiosa, o que não mudou depois de adulta. Ganhei meu primeiro computador aos 12 anos, lá em 2000, e fiquei fascinada com as coisas que a Internet me mostrava a partir dos resultados de uma simples busca online.

Isso acabou virando uma mania que cultivo ainda hoje: pesquisar sobre assuntos variados com a finalidade de aprofundar-me no tema.

Quando fiz meu primeiro trabalho utilizando a Internet como auxílio de pesquisa, sobre Cuba, fiquei muito satisfeita com o resultado. Pois mostrava dados, fotos e coisas diferentes que nem eu e meus colegas havíamos visto em nossos livros escolares.

Não somente a nota positiva neste trabalho serviu como reafirmação da minha nova ferramenta, mas também a expressão de curiosidade dos meus amigos perante aquilo que eu lhes trazia. Aqui, a sementinha da produção de conteúdo havia sido plantada, mesmo sem eu saber que isso viraria minha profissão em 2018.

Diluindo em água

No início da fase adulta, logo após sair do ensino médio, passei por momentos de dúvidas sobre meu futuro no mercado de trabalho — assim como a maioria de nós, acredito. Fiquei longos meses desempregada e quando conseguia uma oportunidade de trabalho, não me identificava por completo com a função que exercia. Minhas atividades profissionais resumiam-se a realizar atendimento ao cliente e fechar vendas.

Nessa época, na tentativa de melhorar minha performance dentro das empresas que trabalhava, realizei cursos online e leituras sobre o cargo que desempenhava. Quanto mais eu conhecia sobre a arte de encantar pessoas e como o trabalho de atendimento ao cliente é algo que transcende as portas de uma empresa, mais eu me apaixonava pelo que fazia.

Porém, ainda assim sentia-me limitada e podada constantemente. E, mesmo procurando outras oportunidades de trabalho formal, alguma coisa ainda não se encaixava para mim. Nesse momento, eu acreditei que o mercado de trabalho não foi feito para pessoas como eu: curiosas, inquietas e autodidatas.

Um pouco mais de limão

Enquanto resolvia essas questões na minha vida profissional, minha vida pessoal continuava estimulada pela Internet.

Pelo tempo livre que eu tinha disponível, passava horas participando de uma comunidade de RPG no ambiente virtual, também conhecido como jogo, o Second Life. Lá, fiz muitos amigos do mundo inteiro e, principalmente, podia pôr em prática as principais tarefas que gostava no meu trabalho, mas que não podia exercer plenamente.

Ganhei destaque dentro dessa comunidade devido às crônicas de RPG que eu escrevia. Todos adoravam o modo como conduzia e contava as narrativas, como encaixava fatos verdadeiros com a fantasia da brincadeira. Não demorou muito, chamaram-me para ser Mestre de RPG da comunidade, ou Sênior RP, como chamávamos.

Eu estava cada vez mais satisfeita com o que eu desempenhava nas minhas horas vagas, ao mesmo passo que estava cada vez mais insatisfeita com minha vida profissional.

Isso levou-me a reflexionar sobre a função que o trabalho e lazer desempenham na nossa vida e como isso impacta diretamente na nossa saúde. O lazer não fornecia sustento, eu precisava de dinheiro para viver. Assim como, o trabalho já não me trazia satisfação e prazer algum. Nesse cenário, primeiro veio a Síndrome de Impostor e, depois, a depressão se instalou.

Está faltando açúcar

É, meus caros, nesse ponto da história eu já estava como o neném do gif acima. Depois de anos insatisfeita com meu trabalho, essa nossa grande limonada, que é a vida, precisava ser adoçada e com urgência.

Foi então, que ao circular pela web afora, deparei-me com o Curso Gratuito de Produção de Conteúdo para Web 2.0, oferecido pela Rock University. Sendo a curiosa que sou, já estava familiarizada com marketing de mídias sociais, então foi só cair de cabeça e me apaixonar novamente. Assim que finalizei o curso, em dois dias, fiz o teste e apliquei para a vaga de redatora freelancer na Rock Content.

Ao conhecer a Rock Content, minha visão sobre o mercado de trabalho mudou. Eu vi ali não somente uma oportunidade de trabalhar com o que eu gosto, mas uma oportunidade de ser quem eu sou e reconhecida pela complexidade que todo ser humano abriga dentro de si.

E era justamente isso que eu conflitava internamente nos anos iniciais de minha idade adulta: o que eu tenho a oferecer para o mundo?

À procura da limonada perfeita

Enquanto jovem, a Orquidea responderia “nada, não tenho nada para oferecer”. Já a Orquidea de hoje lhe diria:

“Tudo, eu tenho tudo o que sei para oferecer”.

Se por um lado eu fiz faculdade de Gestão de Recursos Humanos, por outro, eu tenho experiência com atendimento ao cliente, falo inglês e tenho senso de comunidade. Todas essas habilidades foram desenvolvidas por mim, dentro de um espaço formal acadêmico ou não. Olhar para um profissional e dizer “você faz a diferença na nossa empresa” é celebrar a vida e o caminho que ele percorreu para chegar até ali.

Nesse contexto, a produção de conteúdo para web se encaixa perfeitamente no que eu desejava para o meu futuro profissional:

  • queria poder direcionar meus clientes para a melhor solução e não para aquela que vendia mais;
  • desejava liberdade para ajustar processos aos quais meus clientes passariam até finalizar a compra;
  • importava-me mais com a experiência que meu cliente tinha com a empresa que eu trabalhava do que o valor que ele gastava nas minhas vendas;
  • resultados quantitativos não eram suficientes para mim;
  • preferia utilizar linguagem não agressiva e nem abordagem invasiva com meus clientes;
  • procurava constantemente métodos para aprimorar-me e queria reconhecimento por isso;
  • resultados financeiros não compensavam feedbacks ruins dos clientes.

Eu costumava achar que o mundo e o mercado de trabalho não tinham espaço para pessoas como eu. Atualmente, eu ajudo a criar um mundo em que pessoas como eu se encaixam. Porque ser redatora freelancer é isso: professores do amanhã, realizadores de um mundo melhor.

Hey, você não está sozinho e temos uma Comunidade de Freelancers inteira para provar isso. Junte-se a nós e seja um Rocking Freela também!

Orquidea Martins

Orquidea Martins

Redatora freelancer em tempo integral e mestre RPG nas horas vagas.

Essa foi a história da Orquidea!
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