O desejo de melhorar a experiência do usuário para que ele tenha boas experiências com determinado produto, de modo a passar mais tempo usando-o, é uma preocupação constante de quem cria produtos digitais.
Essa busca originou algumas novas áreas do conhecimento, como o Design de Interação e o design de experiência. Apesar de terem objetivos parecidos, eles tem diferenças conceituais, embora alguns afirmem que são a mesma coisa.
O Design de Interação estuda aspectos como usabilidade, design gráfico, funcionalidade e legibilidade para entregar interatividade, de forma a obter mais atenção das pessoas para os produtos, o que é ótimo em áreas como marketing e vendas.
Neste artigo, entenda melhor o que é o Design de Interação e saiba quais são seus benefícios. Para isso, vamos passar pelos seguintes tópicos:
Faça o download deste post inserindo seu e-mail abaixo
Interessante, não é? Continue acompanhando!
O que é Design de Interação?
O Design de Interação é uma área da TI — e também do design —, responsável por estudar, planejar e aplicar pontos de interatividade em sistemas digitais e físicos, visando otimizar a relação entre o usuário e o produto. Também é conhecido como interaction design, ou IxD design.
A ideia é que as pessoas tenham contato com os produtos digitais de forma simples, intuitiva e objetiva. Para isso, o designer de interação procura formas de prever como as pessoas vão interagir com o sistema que ele está projetando.
Apesar de ser uma área relativamente nova, quem deseja investir profissionalmente em Design de Interação precisa conhecer campos variados de estudo, que vão desde conhecimentos em design e programação a processamento de dados.
Para isso, a interatividade, que é a principal preocupação do Design de Interação, precisa ser feita de forma que fique claro para o usuário o que ele precisa fazer. E como isso envolve o estudo da experiência das pessoas com o sistema, é comum relacionar o Design de Interação com o design de experiência, ou user experience design.
A relação entre Design de Interação e design de experiência
A relação entre esses dois campos não é exatamente clara, até porque são áreas novas e comumente estão envolvidas. Os limites da diferença entre elas não são claramente definidos, por isso, alguns especialistas afirmam que são a mesma coisa, enquanto outros afirmam que o Design de Interação é uma subdivisão do user experience design.
Isso porque a interação do usuário com o sistema é responsabilidade também do UX design, mas este se preocupa igualmente com outras áreas, como o design de informação, que é responsável por projetar como as informações geradas nos sistemas deverão ser armazenadas e organizadas.
Pode-se então afirmar que o UX design é uma área mais ampla do estudo da entrega de sistema “usável” aos usuários.
Em casos práticos, falando em projetos de grande porte, o Design de Interação fica responsável por criar wireframes, mockups ou protótipos de sites, enquanto os outros profissionais são responsáveis por fazer o planejamento geral e criar a estrutura.
Os wireframes são uma representação gráfica da disposição dos itens no sistema. Como é apenas um rascunho, não existe necessariamente o compromisso de eles se parecerem com a versão final do produto.
Na verdade, são usados para definir os conceitos que precisam estar inseridos no design do projeto e não para mostrar como ficará o design final.
Já os mockups são versões mais realistas do projeto. É uma foto ou imagem de como ficará o projeto depois de pronto.
Quanto aos protótipos, têm o mesmo objetivo dos mockups, com a diferença de que são uma versão teste do projeto, no qual já pode haver interações. Entretanto, nesse caso não há compromisso com a verdade, ou seja, os dados usados não são reais. Muito pelo contrário, a ideia é testar os limites do projeto.
Quais são as aplicações do Design de Interação?
As aplicações do Design de Interação são variadas, já que ele é responsável por várias etapas que, juntas, garantem a melhor interação possível entre os usuários e o sistema.
O IxD se preocupa com a interface e o impacto que ela causa nos usuários e no próprio sistema. Ela também dá atenção aos aspectos sociais do produto na vida do público, incluindo a relação emocional que pode ser originada por ele, afinal, isso também faz parte da interação.
Os produtos que o IxD trabalha podem ser jogos virtuais, aplicativos, sites, sistemas bancários ou qualquer outro projeto em que seja necessário criar um ambiente o mais interativo possível para atender às preferências dos usuários.
É importante observar que pode existir uma confusão com relação a quem seria o real cliente do Design de Interação. Quem financia o projeto é o cliente do designer de interação, enquanto os usuários são clientes do sistema.
Assim, o programa deve ser projetado para os usuários e não para os financiadores do projeto, que devem ter ciência dessa diferença, já que alguns podem ficar insatisfeitos com a forma como o projeto está sendo arquitetado.
E como dissemos no começo do artigo, existem algumas áreas que são de competência do Design de Interação. Vamos comentar um pouco sobre cada uma delas. Confira!
Legibilidade
O IxD deve garantir que o produto criado seja legível para os usuários, ou seja, deve ser de fácil compreensão e interpretação por quem vai usar o produto. Para tanto, deve-se pensar em design, disposição dos espaços e escolha de fonte, ícones e símbolos.
Usabilidade
A usabilidade tem a ver com a facilidade do usuário manusear o sistema. Quanto mais fácil, mais usável, e mais usuários conseguirão usar o produto. Para demonstrar a usabilidade antes de lançar o sistema, o designer de interação deve usar ferramentas como wireframe, mockups ou protótipos, que mostramos no tópico anterior.
Funcionalidade
A funcionalidade tem a ver com a utilidade do programa, ou seja, ele precisa ser útil e entregar o resultado esperado por quem vai utilizá-lo. Por isso, é recomendável que quem faz o Design de Interação entenda pelo menos um pouco de programação, para garantir que a entrega seja a melhor possível para o usuário.
Programação
Falando em programação, vamos ressaltar novamente a necessidade de o designer de interação saber programar em diversas linguagens, especialmente as de front-end. Isso porque, além de garantir a funcionalidade do projeto, ele também precisa se certificar de que o sistema não venha a ter falhas e seja seguro e rápido.
Ainda que a programação do sistema não seja delegada ao IxD designer, é responsabilidade dele testar e entregar um produto com a melhor interatividade possível.
Beleza
A beleza, ou estética, faz parte da legibilidade, já que o produto precisa ser belo para ser legível. Entretanto, a beleza não pode levar em conta apenas a legibilidade. Deve também estar alinhada ao público e à proposta.
Para observar todos esses fatores, o IxD leva em consideração as 5 dimensões do Design de Interação propostas por Gillian Crampton Smith e Kevin Silver. Tais pontos devem ser observados em todos os projetos que envolvem o IxD.
São eles:
- palavras;
- representações visuais;
- espaço ou objetos físicos;
- tempo;
- comportamento.
Também devem ser considerados os 6 princípios fundamentais da interação, delineados por Don Norman. São os seguintes:
- visibilidade;
- feedback;
- restrições;
- mapeamento;
- consistência;
- affordance e significantes.
O affordance é um conceito que não tem tradução direta para o português, por isso, é mantido em inglês. É usado para representar atributos característicos de algum objeto, capazes de gerar uma interação específica.
Quais são os benefícios do IxD?
Os maiores benefícios de investir em Design de Interação estão nos atributos que ele traz ao projeto. Ou seja, um designer de interação garante um projeto bonito, fácil de usar, útil e eficaz.
Além disso, a adoção do IxD em um projeto resulta na melhor comunicação possível entre a interface, a usabilidade e a ideia do produto, aumentando as chances de os usuários se envolverem.
Por ter uma equipe ou um profissional focado em entregar interatividade ao usuário, evita-se a criação de projetos que, embora eficazes, sejam feios ou de difícil entendimento para os clientes.
Onde o Design de Interação pode ser usado?
Qualquer projeto deveria contar com um profissional — ou uma equipe, dependendo do tamanho do projeto — responsável por observar o Design de Interação e ficar atento aos fatores que são cruciais para o IxD. Isso garante melhores produtos e, consequentemente, melhores experiências para os usuários.
A área de TI, principalmente no caso de projetos que envolvem a criação de softwares ou outros produtos digitais, são os maiores clientes de IxD. Mas os escritórios de design e as empresas que atuam no marketing e na publicidade também estão usando o Design de Interação na criação de produtos.
E com a expansão de materiais interativos, principalmente no marketing e nas vendas, a tendência é que a área de Design de Interação conquiste cada vez mais importância nos projetos.
Por falar em interatividade no marketing e nas vendas, confira o artigo em que explicamos quais são os principais tipos de conteúdo interativo que são tendência na geração de mais leads!
Como o Design de Interação pode ajudar a sua marca?
Uma vez que o Design de Interação é responsável em promover a harmonia do ambiente no qual o usuário interage com a empresa, ele agrega pontos fundamentais para a marca. Seja um aplicativo, conteúdo interativo
Como o Design de Interação funciona na prática?
Podemos entender que o Design de Interação é uma resposta aos diferenciais das plataformas digitais de comunicação se comparadas às mídias de massa: a capacidade de interação! Sim, enquanto assiste à televisão (no modelo tradicional, antes da internet), o telespectador recebe informação, mas não têm formas de interagir com o conteúdo.
A transformação digital permitiu estruturar modelos inteligentes de comunicação. Com o crescimento das redes sociais e outros canais mais interativos, hoje temos um modelo de muitos que falam para muitos.
Sendo assim, o profissional de IxD tem por objetivo permitir que a experiência do usuário nas interações seja o mais intuitiva possível.
Abordagens do design de interação
O desenvolvimento do trabalho de um designer de interação pode acontecer de muitas formas. Por isso, são apresentadas 4 abordagens diferentes. Confira a seguir.
- Centrado no usuário: com as estratégias cada vez mais focadas no consumidor final, soluções customer centric tendem a ser idealmente as mais indicadas para o desenvolvimento de projetos (e o UX Designer vai fortalecer essa perspectiva). Neste modelo, uma pesquisa sobre o usuário guia o designer de interação, que desenvolve a solução focado nas necessidades, desejos e objetivos do usuário.
- Centrado em atividades: nesta abordagem, o foco são as atividades que o usuário precisa realizar. Imagine um aplicativo em que o usuário precisa se logar para acessar informações sensíveis. Então, a tarefa poderia ser criar essa interface para a realização do login. Neste caso, o designer desenvolve as ferramentas que permitem ao usuário realizar as tarefas.
- Sistemas: quem trabalha com IxD em uma agência de TI provavelmente se depara bastante com esta abordagem. Neste caso, o designer precisa desenvolver componentes para assegurar que o usuário consiga alcançar seus objetivos com o sistema.
- Gênio: uma abordagem muito usada em equipes e com baixo orçamento para a aplicação de pesquisas com os usuários, é um modelo que leva em conta a competência do designer de interação para o desenvolvimento dos produtos. Neste caso, o profissional de IxD é a fonte de inspiração e o usuário tem o papel de validar o que foi projetado.
Se você atua nesta área, provavelmente já identificou várias abordagens conforme cada projeto realizado. Isso acontece porque não existe uma abordagem ideal para o Design de Interação e sim soluções adequadas para diferentes cenários.
Alguns tipos de design interativo
Os conteúdos interativos têm ganhado cada vez mais expressividade no marketing digital. Isso porque são soluções que valorizam a interação do usuário com a marca, agregando valor e melhorando o relacionamento com o público.
Sendo assim, a área de atuação do IxD é muito grande e com demandas crescentes. Afinal, o desenvolvimento de novas tecnologias e formatos para conteúdos são o berço para uma infinidade de projetos que contam com design de interação. Veja a seguir alguns exemplos de conteúdos interativos que contam com projetos de design de interação.
Páginas web interativas
Os sites interativos são uma excelente oportunidade de oferecer ao usuário autonomia e poder ao navegar por determinadas páginas. Em geral, são projetos que oferecem a possibilidade de personalização:
- no formato e aspecto visual;
- na inserção de dados pessoais (como calculadoras);
- na apresentação de informações de acordo com o perfil do usuário.
Infográficos interativos
Os infográficos são conteúdos rápidos com excelente estímulo visual. No caso dos infográficos interativos, é possível que sejam desenvolvidos projetos como enquetes ou mesmo a inserção de vídeos de acordo com a interação do usuário.
Isso deixa o material ainda mais rico, além da possibilidade de criar diferentes jornadas conforme a persona e seu estágio no funil de vendas dentro de um mesmo material.
Vídeos tutoriais
O vídeo tutorial desenvolvido com design de interação é uma espécie de vídeo interativo que permite ao espectador compreender o que precisa de forma rápida e dinâmica. Nada de criar longas trilhas de materiais estáticos, permita que o usuário navegue pelo vídeo.
Um modelo que tem ficado cada vez mais famoso se assemelha aos filmes e séries interativos da Netflix. Nele, o usuário pode guiar o vídeo conforme suas dúvidas e necessidades.
Landing Pages de conversão
As landing pages são verdadeiras máquinas de conversão (seja de novos leads ou até mesmo de novos clientes). Por este motivo, o desenvolvimento de landing pages interativas é fundamental. Como o público está cada vez mais buscando experiências surpreendentes, este modelo é muito interessante.
Com uma landing page interativa, o usuário pode acessar depoimentos de outros clientes, vídeos, dentre outros materiais relevantes para a conversão. Tudo isso, sem encher a página de captura com informações que possam tirar o foco de leads que já estão qualificados e prontos para fechar negócio com sua empresa.
A área de TI, principalmente no caso de projetos que envolvem a criação de softwares ou outros produtos digitais, são os maiores clientes de IxD. Mas os escritórios de design e as empresas que atuam no marketing e na publicidade também estão usando o Design de Interação na criação de produtos.
E com a expansão de materiais interativos, principalmente no marketing e nas vendas, a tendência é que a área de Design de Interação conquiste cada vez mais importância nos projetos. Afinal, esta é uma solução que agrega valor e tende a aumentar a conversão em todas as etapas do funil de vendas — além de garantir a satisfação e sucesso do cliente.
Se interessou em oferecer esse tipo de experiência? Conheça a plataforma Ion, da Rock Content. Faça uma demonstração gratuita com um de nossos especialistas e descubra como turbinar suas estratégias com conteúdos interativos!
CONTEÚDO CRIADO POR HUMANOS
Encontre os melhores freelancers de conteúdo no WriterAccess.
CONTEÚDO CRIADO POR HUMANOS
Encontre os melhores freelancers de conteúdo em WriterAccess.