Em um cenário altamente competitivo nos motores de busca, ter uma estratégia consistente de SEO deixou de ser uma opção e passou a ser mandatório.
Assim, é necessário compreender essa estratégia desde seus pilares mais básicos.
Um deles são as meta tags. Apesar de parecerem apenas um detalhe, elas podem fazer toda a diferença nos seus resultados.
Neste post, vamos abordar tudo que você precisa saber sobre as metas tags e os respectivos impactos que elas proporcionam às ações de otimização, passando pelos seguintes tópicos:
- O que são meta tags?
- Por que as meta tags são importantes?
- Quais são as principais meta tags usadas no SEO?
- Quais ferramentas são usadas para criar meta tags?
- Quais ferramentas são usadas para verificar se as meta tags estão otimizadas?
Confira!
O que são meta tags?
Meta tags são elementos (comandos em HTML) que você cria para descrever o conteúdo de uma página para os mecanismos de busca. Assim, elas fornecem dados, como título ou breve resumo sobre o assunto abordado, para programas externos.
As meta tags são adicionados à seção <head> de sua página de código. Elas normalmente não são visíveis aos usuários, entretanto, funcionam como pequenas instruções para os algoritmos dos sites de busca.
Por esse motivo, preenchê-las é uma prática recomendada para que seu blog ou site consiga uma boa classificação nas páginas de resultado.
Por que as meta tags são importantes?
Meta tags são extremamente importantes do ponto de vista de SEO, pois permitem que os mecanismos de pesquisa categorizem o conteúdo do site corretamente.
É como se você pudesse deixar instruções para o algoritmo que opera as classificações das SERPs para que ele não erre na interpretação do seu site.
Os mecanismos de pesquisa valorizam cada vez mais a qualidade da experiência do usuário na página, e isso inclui garantir que o site pesquisado e apontado na SERP satisfaça a demanda em um primeiro momento, da melhor maneira possível.
Então, as meta tags ajudam a certificar que as informações do site escolhido pelo algoritmo, como um opção viável para a busca do usuário, sejam condizentes com essa procura.
Apenas para ilustrar, não seria bom para os motores de pesquisa se o usuário precisasse refazer a busca de uma palavra-chave ou termo várias vezes, até encontrar o que procura.
Em termos mais simples, é como aliar oferta e procura, para que o seu site exiba as informações necessárias para suprir essa relação de maneira concisa e útil.
Para os proprietários de sites, as meta tags constituem elementos otimizáveis, que destacam as características mais importantes de um conteúdo, ajudam no rankeamento e aumentam o fluxo de visitantes em um site.
Para os usuários, as meta tags são elementos muitas vezes invisíveis, mas imprescindíveis para que o algoritmo “acerte” as sugestões se página que aparecem nas SERPs.
Existem vários tipos de meta tags que cumprem funções diferentes. Enquanto algumas estão relacionados à estrutura da página e garantem que seu site seja fácil de encontrar, outras orientam os mecanismos de pesquisa sobre quais partes da página são importantes e quais devem ser ignoradas.
Além disso, apesar de serem importantíssimas para SEO, nem todas elas propiciam resultados efetivos ou de alto impacto para a sua estratégia.
Logo, antes de decidir colocá-las em prática é necessário conhecer as funções e características de cada uma delas, para escolher somente às que realmente estão alinhados aos seus propósitos de Search Engine Optimization.
Quais são as principais meta tags usadas no SEO?
Veja alguns exemplos de meta tags mais conhecidas — e também mais relevantes no SEO.
Tags canônicas
Se você tem um site, mas por precaução resolveu criar várias URLs e disponibilizou o mesmo conteúdo em todas essas páginas, para o caso de um usuário digitar o endereço errado, por exemplo, você pecou pelo exagero e certamente já foi penalizado por isso.
O algoritmo interpreta essa ação como a duplicação de conteúdo. Como não consegue distinguir qual é a página principal (ou original), classifica a mais conveniente e ignora as demais.
Outra situação em que isso pode acontecer é quando o proprietário do site cria um modelo de página para desktop e outro para dispositivos móveis, ou quando replica o conteúdo completo de um blog em uma rede social.
Nunca faça isso! Existem formas mais práticas e funcionais de direcionar URLs para um endereço único ou para tornar o seu conteúdo mobile-friendly, ou seja, responsivo para dispositivos móveis, sem que você tenha que ser penalizado por isso.
Felizmente, as meta tags canônicas também surgiram para ajudar nessa questão.
É como se você deixasse um recado escondido para o algoritmo do Google (“Ei, Google, se você encontrar outro conteúdo semelhante pela Internet, saiba que o original é este aqui, a versão que eu quero que apareça nas páginas de resultado!”).
Para adicionar uma meta tag canônica no seu conteúdo, basta incluir o seguinte código em seu HTML:
<link rel = "canonical" href = "https://seusite.com.br" />
Mas vale deixar claro que a tag canônica é apenas um direcionamento, uma sugestão. Assim, não significa que o buscador irá respeitá-la sempre, então tenha isso em mente.
Meta description
As meta tags de descrição são os famosos resumos que aparecem após os links azuis quando você procura alguma informação nos mecanismos de pesquisa.
Desse modo, elas precisam ser objetivas, claras, conter a palavra-chave (preferencialmente no início) e ainda facilitar a localização das informações mais relevantes para o usuário.
John Mueller, analista de tendências para webmasters do Google, explica como o Google utiliza as meta tags de descrição:
“Para as descrições que mostramos, tentamos nos concentrar na meta descrição que você fornece em suas páginas, mas se precisarmos de mais informações ou mais contexto com base na consulta do usuário, talvez possamos pegar algumas partes da página também.”
Em termos de SEO, a meta tag de descrição não é usada para classificação nas SERPs:
“Essencialmente, de um ponto de vista puramente técnico, essas descrições não são uma classificação para nada. ”
Entretanto, o Google usa o texto de meta descrição para criar os snippets de pesquisa. Logo, se você não adicionar uma meta descrição interessante para o usuário — perceba como a estratégia nunca deve ser direcionada apenas para os algoritmos — não vai adiantar aparecer nas primeiras posições.
Se o usuário achar que o seu conteúdo não será capaz de sanar o problema ou apontar uma solução mais fácil para a busca dele, todos os seus esforços de SEO escorrerão pelo ralo.
Ainda segundo John Mueller, as meta descrições “podem afetar a forma como os usuários veem seu site nos resultados de pesquisa e se eles realmente clicam ou não para acessá-lo.”
Para tanto, o padrão meta tag de descrição deve atender aos limites de tamanho ideal, que, geralmente, gira em torno de 140 caracteres. Também vale ressaltar que a meta description deve ser original: nunca duplique ou copie a descrição de um conteúdo.
Para inserir manualmente uma meta descrição no HTML de sua página da web, basta adicionar o seguinte código no conteúdo:
<head>
<meta name = "description" content = "Este é um exemplo da minha meta descrição.">
</head>
Meta keywords
As meta tags de palavras-chave já foram muito utilizadas há alguns anos com o objetivo de ajudar o site de busca a interpretar a relevância dos conteúdos publicados na web, pois seus algoritmos tinham dificuldade de realizar essa análise de forma eficiente.
Contudo, os webmasters perceberam que era possível alcançar um bom rankeamento ao incluir centenas de palavras-chaves escondidas no código HTML dos seus sites, independentemente se elas tinham alguma relação lógica com a essência do conteúdo.
Em virtude disso, essa prática passou a ser mal vista pelos algoritmos e as meta keywords deixaram de ser consideradas pelos mecanismos de busca, pois direcionavam os usuários às páginas que não tinham relação com o objeto da pesquisa.
Hoje, as meta keywords são muito úteis para descobrir as palavras-chaves que os principais concorrentes empregaram para otimizar seus respectivos sites.
Title tag
Dentre todas os tipos de meta tags, a title tag (também conhecida como SEO title) é essencial para sua estratégia de SEO — elas impactam diretamente nas classificações das pesquisas e, ao contrário de outras meta tags, também estão visíveis para o usuário. Isso torna mais fácil que eles encontrem o que realmente procuram.
As meta tags de título, via de regra, são exibidas no título do resultado de busca, que aparecem na cor azul (ficam acima das tags de descrição).
Se você deseja rankear para uma palavra-chave específica no Google, é importante ter uma página específica e criar title tags exclusivas para cada uma delas.
Além disso, é fundamental que as tags de título sejam bem redigidas, pois ainda que bem posicionadas, elas podem receber poucos cliques. Veja algumas boas práticas para a title tag:
- usar entre 50 e 60 caracteres, no máximo 12 palavras;
- colocar a palavra-chave selecionada para página no início do título;
- não utilizar o nome da empresa no início do título;
- evitar o uso forçado das palavras-chave.
Se você não incluir uma title tag, o Google criará uma para você — isso pode não ser condizente com a sua estratégia e prejudicar a sua classificação.
Para criar um título atraente para os usuários e relevante para as SERPs, siga as nossas dicas acima e inclua uma tag de título em cada uma das suas páginas, por meio do seguinte código HTML:
<head>
<title> Exemplo de título </title>
</head>
Contudo, assim como acontecem com as tags de descrição, é possível que o Google pegue trechos da sua página e adapte seu title dependendo da pesquisa, veja o exemplo!
Resultado para a busca “marketing de conteúdo”:
Resultado para a busca “marketing de conteúdo rock content”:
Mesma página, títulos diferentes. Isso não é um problema, é, na verdade, uma forma de entregar melhores resultados para o usuário — então não se preocupe.
Meta robots
Com as meta tags robots você tem a possibilidade de indicar aos mecanismos de pesquisa o que deseja que eles façam com a sua página. Comandos como:
- Index/Noindex: assinala o seu intuito de mostrar sua página nos resultados das pesquisas ou não;
- Follow/Nofolow: informa o que os mecanismos de busca devem fazer com os links das páginas (se devem confiar e segui-las ou não);
- Noarchive: orienta o Google a não exibir a versão cache da página;
- Nosnippet: instrui o site de busca a não exibir em seus resultados a descrição da página.
Você quer um exemplo de aplicação dessas tags de robô? Você pode inserir o comando “nofollow” na seção de comentários, uma vez que é uma parte da sua página pelo qual você tem controle o tempo todo.
Imagine se os visitantes do seu site incluírem links para páginas pelos quais você não quer que o algoritmo considere. Aquela seção não pode ser interpretada como parte do seu conteúdo.
Com essa tag, é como se você falasse para o algoritmo “Veja aqui Google, essa seção não deve ser incluída na minha estratégia de SEO”.
O “noindex” também é uma tag bastante popular, pois ela manda outro recado para o algoritmo: “Google, você não precisa indexar essa página na minha estratégia de SEO”.
Isso pode ser útil se você tem um subdomínio cuja página ainda está em fase de desenvolvimento e não quer visitantes antes de lançar as novidades.
Você também pode usar “noindex” se tiver um conteúdo exclusivo para outras etapas da sua estratégia de conversão de leads e pretende desbloqueá-lo somente se os usuários preencherem um formulário.
Dessa forma, nenhum visitante poderá encontrar essa página pelos motores de pesquisa a menos que deixem as informações solicitadas.
Para incorporar as meta robôs no seu site, basta inserir o seguinte código em seu HTML:
<meta name = "robôs" content = "noindex, nofollow">
Tags de cabeçalho
As tags de cabeçalho (h1, h2, h3, etc) são usadas para a estruturação e hierarquização do conteúdo na página. Elas também são importantes porque ajudam os buscadores a compreenderem a importância de cada seção da página.
Além disso, elas melhoram a experiência do usuário, pois facilitam a leitura do conteúdo. As boas práticas no uso dessas tags orientam quando ao uso limitado de categorizações de título, para que o texto também não fique poluído.
Dessa forma, o número máximo possível para não prejudicar a escaneabilidade são 4 tags, que devem ser exibidas da seguinte forma:
- h1 para título;
- h2 para subtítulos que dividem o conteúdo;
- h3 para categorizar as seções em cada h2 e assim por diante.
Veja como as tags foram aplicadas neste conteúdo:
<h1> O que são meta tags e como elas impactam o SEO? </h1>
<h2> O que são meta tags? </h2>
<h2> Por que as meta tags são importantes? </h2>
<h2> Quais são as principais meta tags usadas no SEO? </h2>
<h3> Tags canônicas </h3>
<h3> Meta description </h3>
<h3> Meta keywords </h3>
<h3> Title tag </h3>
<h3> Meta robots </h3>
<h3> Tags de cabeçalho </h3>
<h2> Quais ferramentas são usadas para criar meta tags? </h2>
<h2> Quais ferramentas são usadas para verificar se as meta tags são otimizadas? </h2>
Outras meta tags
A seguir, conheça outros tipos de meta tags que podem ser usadas — ou dispensadas —, em várias circunstâncias:
- meta tags sociais — os dados do OpenGraph e do Twitter, por exemplo, são importantes para compartilhamento, mas não são necessárias como declaração para os algoritmos;
- meta tags para bots — tags para robôs, como o Googlebot, podem ser úteis ou não. Elas são usadas para fornecer instruções muito específicas a um bot, como para não usar as informações de listagem do Yahoo Directory (noydir);
- meta tags de linguagens (idiomas) — o único motivo para o usuário aplicar essa tag é quando ele se muda de país e, consequentemente, a localização do dispositivo e, por isso, precisa declarar o idioma principal da sua página (existe uma lista específica pela qual você pode declarar);
- meta tags Geo — essas meta tags são compatíveis apenas com o Bing, pois a localização pode ser configurada diretamente pelo Search Console do Google. Elas informam o local, a posição relacionada à latitude e à longitude e região.
<META NAME="geo.position" CONTENT="latitude; longitude">
<META NAME="geo.placename" CONTENT="Place Name">
<META NAME="geo.region" CONTENT="Country Subdivision Code">
- meta tags de site verificado — em vez de usar esse tipo de meta tag, você pode verificar o seu site para o Google por meio do DNS, de um arquivo externo ou a partir da veiculação da conta ao Google Analytics e para o Bing por meio de um arquivo XML;
- meta tag de autor — já foi muito usada, mas há quem diga ser desnecessário informar o nome do autor do conteúdo para efeito de SEO;
- meta tag de solicitação de revisita — esse é um comando para que os robots retornem à página depois de um período de tempo específico, mas também não é usado em termos de SEO pelos algoritmos. O próprio Google orienta o uso do sitemap em XML para especificar a data da última modificação e a frequência de alteração dos URLs nos sites;
- meta tag de classificação — essa tag é usada para especificar aos buscadores a classificação de maturidade do conteúdo. Ela pode ser útil para textos, entretanto, para marcar um conteúdo visual como adulto, basta colocá-lo em um diretório separado e alertar isso ao algoritmo;
- meta tag de data e data de expiração — conforme o nome sugere, elas marcam a data da publicação do conteúdo e de sua expiração. Essas tags também são dispensáveis. A associação de um conteúdo à sua data de criação, publicação e atualização pode ser feita com mais eficácia em sitemaps;
- Copyright — a meta tag de Copyright é uma informação redundante que também pode ser dispensada;
- meta tag de resumo — a meta tag indica qual parte de uma página é o resumo do conteúdo. Ela é usada, principalmente, para a publicação de trabalhos acadêmicos;
- meta tag de distribuição — essa tag era usada para controlar o acesso ao conteúdo. Entretanto, com a possibilidade de incluir recursos de controle de acesso por senha, caso a página seja aberta estará implícito que qualquer um pode acessá-la;
- meta tag de programa gerador — é usado para informar qual programa que baseou a criação da página e também é uma informação atualmente dispensável;
- meta tag de controle de cache — controla a frequência que uma página é armazenada em cache no navegador;
- meta tag para tipo de recurso — tag usada para nomear o tipo de recurso da página como “documento”, o que pode ser feito por meio da declaração DTD.
Quais ferramentas são usadas para criar meta tags?
Existem ferramentas que auxiliam na construção de meta tags para otimização de páginas. Embora seja melhor fazer essa inclusão manualmente, esses programas podem ajudar na obtenção de ideias:
Basta inserir algumas informações e clicar no botão de criação para gerar uma estrutura de meta tags que podem ser incluídas no editor HTML ou plugin adequado para SEO.
Quais ferramentas são usadas para verificar se as meta tags estão otimizadas?
Abaixo listamos algumas ferramentas úteis que você pode usar para testar suas meta tags:
- SEMrush — a ferramenta analisa a adequação do site por meio de uma listagem de problemas que podem ser resolvidos para potencializar os resultados de SEO, como meta tags duplicadas ou ausentes;
- SEMrush On-Page SEO Checker — a solução identifica a presença de palavras-chave em partes relevantes do conteúdo e oferece uma listagem de dicas de otimização para cada página do site;
- Portent — essa ferramenta gera visualizações de SERP e possibilita que o usuário insira meta tags, título e um URL para testar a exibição no resultado da pesquisa quanto às características de tamanho, quantidade de caracteres e aparência de palavras-chave na meta descrição;
- SEOquake e MozBar — extensões de SEO que permitem visualizar aspectos relacionados à autoridade do site, link building, URL, título, meta descrição, tags de cabeçalho, textos Alt, entre outras questões;
- Yoast SEO — esse plugin do WordPress possibilita que a otimização para SEO da página por meio de configurações personalizadas para meta descrição e meta title, verificação de palavras-chave, adequações de links internos, tags canônicas, edições do arquivo .htaccess, entre outras funções.
As meta tags são um importante instrumento para o rankeamento, à medida que tornam mais compreensível o entendimento do buscador sobre o conteúdo de suas páginas.
Se você gostou deste post e quer aprender mais sobre otimização de conteúdo, confira nosso guia completo de SEO!
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