Testei as novas ferramentas de IA da Adobe: Firefly e Generative Fill. Aqui estão alguns insights interessantes

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Estamos quase chegando na metade de 2023 e um dos temas mais presentes nas discussões de marketing e tecnologia certamente é o surgimento das ferramentas de IA que ficaram disponíveis há menos de um ano. As coisas têm acontecido tão rápido que é muito difícil escolher os adjetivos para definir esse momento, mas tenho certeza que “emocionante” e “assustador” estariam entre eles.

Como Designer e Ilustrador, estar atualizado com as melhorias recentes na área faz parte do trabalho, então experimentei o Midjourney alguns meses atrás. No entanto, nunca o usei (ou qualquer outro software gerador de imagens como DALL-E 2, etc.) em meu processo até agora.

Especialmente depois que a comunidade artística abordou questões de direitos autorais com o banco de dados dessas ferramentas e o seu uso antiético, trazendo à tona que elas usam partes de imagens de artistas humanos para basear a geração das imagens da IA.

No final de março, a Adobe deu um grande passo e lançou seu próprio modelo de IA: o Adobe Firefly

Basicamente, Firefly é um modelo generativo de IA focado em imagens e textos que funcionará complementando os softwares existentes (e potencialmente os novos) dentro da Creative Cloud.

Existe uma versão autônoma com uma interface muito fácil de usar para que as pessoas possam explorar algumas das possibilidades.

E aqui você pode assistir um show ao vivo onde Eric Snowden, vice-presidente de design da Adobe, apresenta alguns dos conceitos por trás do Firefly e dá algumas demonstrações de quais ferramentas já estão entre nós e as que estão por vir.

Segundo Snowden, um dos principais objetivos do Firefly é que ele funcione diretamente aprimorando a criação e manipulação de imagens dentro de softwares da Adobe como Photoshop e Illustrator.

Em outras palavras, o Firefly otimizará o fluxo de trabalho da produção, realizando tarefas que hoje tomam muito tempo útil de um designer criativo.

Dando mais um passo nessa direção, na semana passada, dia 23 de maio, a Adobe disponibilizou o “Generative Fill” (ou Preenchimento Generativo) dentro de uma atualização beta do Photoshop.

Em seguida, compartilharei algumas descobertas interessantes, os altos e baixos e as principais conclusões deste “primeiro encontro” com o Firefly.

Autenticidade do conteúdo

Este foi, talvez, o principal tópico que chamou a minha atenção sobre a abordagem da Adobe em ferramentas de IA.

A empresa parece estar muito preocupada com a geração ética de imagens de IA e uma das provas é o uso de imagens licenciadas do Adobe Stock e imagens com direitos autorais de domínio público para treinar o modelo. Snowden aponta que:

Penso que o nosso modelo é treinado em quais são as imagens licenciadas do Adobe Stock e as que tem direitos autorais de livre uso. Ele cresce sendo — ou pelo menos tentando ser — realmente transparente sobre o que está nele e estamos buscando um modelo comercialmente seguro, para que as pessoas possam usá-lo. Após o término do período beta, as pessoas poderão usá-lo em trabalhos comerciais. Acho que isso é muito importante para nós”.

Esse posicionamento traz um contrapeso à polêmica sobre IAs que criam a partir de bancos de dados com imagens com direitos autorais sem o conhecimento ou consentimento expresso de seus autores, como é o caso de ferramentas como Midjourney e DALLE-2. Snowden continua falando sobre transparência:

Temos essa iniciativa chamada Autenticidade de Conteúdo há cerca de 3 ou 4 anos e é realmente sobre a proveniência do conteúdo, como quem fez o quê, como foi feito e sempre brinco que é como informação nutricional para o conteúdo, certo? É como ‘Você merece saber o que vai no conteúdo que está consumindo e pode decidir…’. Você pode fazer escolhas informadas com base nisso. Não é um julgamento, simplesmente transparência; todas as imagens que são criadas com Firefly são marcadas com autenticidade de conteúdo, então é sabido que elas foram criadas por IA”. 

Penso que conforme este mundo avança, ter essa visão de como o material foi criado se torna super importante e também penso que isso é um diferencial para nós. Estamos tentando ser o mais transparentes possível quando a IA é usada, porque essa será uma informação importante para todos sabermos no futuro”.

Outro tópico importante em que a autenticidade do conteúdo pode ajudar é a identificação de imagens falsas, já que qualquer imagem criada com Firefly é marcada como um ativo gerado por inteligência artificial.

Essa é uma abordagem importante porque as ferramentas de IA estão evoluindo em ritmo acelerado e, em alguns casos, já é difícil dizer se uma foto é verdadeira ou se houve alguma manipulação. Portanto, torna-se essencial deixar claro se a IA estava envolvida ou não e evitar notícias falsas ou outros usos antiéticos dessas ferramentas.

Essa imagem gerada por IA do papa com um casaco incomum enganou muitas pessoas, inclusive eu.
Esta imagem gerada por IA ganhou um conhecido concurso de fotografia, mas o autor recusou o prêmio. Veja a história completa aqui (em inglês).

A ferramenta Generative Fill

Em primeiro lugar, gostaria apenas de salientar que a IA no Photoshop não é algo totalmente novo. Vimos isso em ferramentas como “Content Aware” e “Puppet Warp”. Claro que, com o Generative Fill, as coisas atingem outro patamar. Então vamos ver a seguir um pouco sobre a ferramenta em si.

Depois de assistir alguns demos da ferramenta, era hora de testá-la. Então baixei o Photoshop Beta no aplicativo Creative Cloud e lá comecei a fazer alguns experimentos em algumas fotos que tirei durante algumas viagens. Para usá-lo, você deve abrir uma imagem e fazer uma seleção (você pode usar o laço, varinha mágica, ferramenta caneta, o que funcionar para você). Em seguida, aparecerá um menu contextual com a opção “Generative Fill”.

Eu trouxe uma foto em que estava trabalhando em 4 momentos.

  • A primeira é a foto original do jeito que foi tirada com a câmera.
  • Na segunda pedi ao Generative Fill para retirar dele as pessoas e o carro (e aprimorei alguns recursos com o Lightroom).
  • Na terceira imagem pedi para a ferramenta criar uma poça de água com reflexo no chão.
  • E na quarta imagem eu ultrapassei os limites e pedi à IA para colocar um cavalo voador na imagem.

Como você pode ver abaixo, em alguns casos as coisas funcionaram muito bem, mas em outros simplesmente saiu estranho, como o cavalo com um cara alado em suas costas e a figura feminina flutuante dançando no rio que surgiu do nada.

Primeiras experiências com o Generative Fill
Curiosamente, usando o mesmo prompt da imagem acima (um cavalo com grandes asas extremamente detalhadas correndo por uma rua) na versão autônoma do Firefly, obtemos um resultado (um pouco) melhor (apenas ignore os membros do cavalo por um tempo).

Outra possibilidade trazida pelo Generative Fill é estender uma imagem com partes que não existiam antes.

Essa aqui é bem interessante principalmente quando você tem uma foto muito boa, mas gostaria que tivesse um enquadramento melhor ou precisava que ela fosse mais larga, por exemplo. Abaixo podemos ver este recurso em ação:

  1. é a imagem original tirada com a câmera do celular;
  2. é a imagem da paisagem gerada com o auxílio do Generative Fill;
  3. mostra exatamente onde estão os pontos de expansão.

Vamos fazer apenas mais um teste para não estender muito este artigo. Fiz uma ilustração com o estilo único que usamos aqui na Rock Content. Então, coloquei a ilustração em uma tela em branco e pedi à IA para criar uma mulher fazendo uma apresentação com gráficos para o público. E me deu as seguintes variações:

A ferramenta ainda passa aperto para replicar um estilo de ilustração com bons resultados.

Algumas das variações podem servir como ponto de partida de referência, mas ainda não é o momento de gerar os melhores resultados com apenas um clique.

Mas o futuro do Firefly promete coisas interessantes, como combinar imagens, pegar um recurso de modelagem 3D e criar nele qualquer textura que você desejar e gerar imagens vetoriais a partir de prompts.

O que percebi com esses testes é que, no ponto atual, o Generative Fill tornou a edição e manipulação de fotos muito mais fácil e rápida. Remover um fundo, inserir, remover ou substituir elementos em uma imagem com bons resultados eram tarefas que demoravam muito, às vezes horas.

Eles agora podem ser concluídos em poucos segundos se você souber pedir e não exigir muito da ferramenta. Vale lembrar que esta ferramenta e todas as outras soluções de IA estão em constante aprimoramento. Portanto, os resultados ruins de hoje serão apenas “dores de crescimento” amanhã (talvez literalmente amanhã).

Uma hipótese para os resultados ruins é que um learning data base suprido apenas com Adobe Stock e imagens com direitos autorais de uso livre é bem menor do que um geral.

Mas se for esse o caso. Eu ainda preferiria fazer as coisas da maneira certa e respeitar as imagens protegidas por direitos autorais. De qualquer forma, neste momento a avaliação da comunidade criativa ajudará a melhorar o Generative Fill. É possível dar um feedback positivo ou negativo a cada imagem gerada dentro do Photoshop Beta.

Enquanto isso, começarei a usar alguns dos recursos que realmente podem economizar muito tempo e dar meu toque humano para manter os padrões de qualidade.

Foi um “primeiro encontro” com alguns desencontros, mas algumas boas surpresas também. Claro que terei que “sair” com essas ferramentas de IA mais vezes para ver até onde esse “relacionamento” pode ir. Por enquanto, é seguro dizer que a Adobe trouxe algumas possibilidades revolucionárias para a mesa. Vamos experimentar e observar de perto para ver o que vem a seguir.

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