Black Fraude: quais são os golpes feitos por empresas (e que você não deve fazer)

Back Fraude é o termo utilizado para referenciar as práticas irregulares adotadas por empresas durante a Black Friday, que causam prejuízos ao consumidor. É preciso entender como algumas delas funcionam para que o seu e-commerce evite essas ações.

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Desde que a Black Friday surgiu no Brasil, em 2010, mostrou-se uma excelente oportunidade para melhorar as vendas em diversos ramos de negócios. Basta verificar a quantidade de anúncios e promoções em variados canais de comunicação. Entretanto, é preciso muito cuidado e atenção ao elaborar a promoção para não transformar o evento em uma Black Fraude.

Esse é o termo utilizado para as campanhas que utilizam estratégias enganosas ou, até mesmo, golpes que prejudicam tanto o consumidor quanto a própria empresa. Afinal, ela pode receber punições de órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, além de ter sua imagem prejudicada por utilizar práticas inadequadas.

Vamos mostrar quais são as principais fraudes e quais as punições para as empresas que adotam essa prática durante o evento. Neste post, você verá:

    Quer saber mais? Continue conosco e boa leitura!

    Quais os tipos de golpes encontrados durante a Black Friday?

    A Black Friday representa uma ótima oportunidade de vendas para vários tipos de comércio. Entretanto, o resultado de uma pesquisa realizada pelo site Reclame Aqui, com cerca de 23,5 mil consumidores, sobre a intenção de compra para o evento em 2021, não é nada animador. Isso porque 48,8% das pessoas entrevistadas consideraram a data uma Black Fraude.

    Outro dado importante da pesquisa, que foi realizada três meses antes do evento, revela que 79,5% dos consumidores não têm intenção de comprar na Black Friday de 2021. A ameaça ao sucesso da data promocional está associada à grande quantidade de golpes e fraudes realizados nesse período. Confira alguns deles, a seguir.

    Desconto fake

    O falso desconto é uma das fraudes mais comuns durante a Black Friday. De acordo com uma pesquisa realizada em 2020, pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar), foram analisadas 30 categorias de produtos, das quais 27 apresentaram reajustes de preços para um valor maior entre os meses de junho a novembro, que é quando acontece o evento.

    Ainda de acordo com a pesquisa, a variação da manipulação dos valores chega a até 70%, em alguns casos. Outro dado importante avaliado é que o maior percentual do aumento é feito entre o final do mês de outubro até meados de novembro. Alguns itens tiveram reajuste de até 33% nesse período.

    A intenção das empresas que realizam essa prática é a de simular um desconto que, na realidade, não existe. O reajuste de preços exagerado, e em um período próximo ao evento, demonstra bem a intenção de enganar o consumidor

    Os consumidores que pretendem comprar durante a Black Friday devem consultar os preços em outras lojas para comparar os valores das mercadorias e verificar se realmente fará uma boa negociação. Quando a aquisição for planejada, o ideal é acompanhar os preços com bastante antecedência para ter certeza de que a oferta é verdadeira.

    Frete absurdo e demora na entrega

    O frete abusivo é outra prática encontrada na Black Friday. Basicamente, enquanto os produtos são ofertados por um valor atrativo, o custo para o transporte e o tempo longo para a entrega praticamente anulam as vantagens da oferta.

    Em uma análise feita pela reportagem do Jornal O Tempo, durante a Black Friday de 2020, foram encontrados anúncios de produtos em que o valor do frete correspondia a 50% do preço da mercadoria e, em outra oferta, além do alto custo do transporte, o tempo de entrega chegava a 47 dias.

    Publicidade mentirosa

    A propaganda enganosa ocupa a segunda posição no Ranking dos Principais Problemas apontados pelos consumidores no site do Reclame Aqui. Foram 12,61% das reclamações realizadas, em um total de 9.160 ocorrências feitas entre os dias 25 a 27 de novembro de 2020.

    Existem diferentes formas de publicidade mentirosa. Uma delas é divulgar produtos com preços promocionais iguais aos ofertados antes da Black Friday. Isso configura uma prática desonesta, pois na realidade, nenhum desconto foi aplicado à mercadoria. Nesse caso, o consumidor pode abrir uma reclamação nos órgãos competentes para exigir seus direitos.

    Produto indisponível

    A indisponibilidade de produtos também pode ser considerada como uma prática de propaganda enganosa, pois muitas vezes, os anúncios são publicados em diversos canais, como em redes sociais, aplicativos de mensagens, blogs, sites etc.

    Na prática, esse é um recurso para atrair o consumidor para a loja virtual e, dessa forma, tentar oferecer outros produtos que não estão, necessariamente, em oferta. Mais uma vez, o consumidor se sente enganado, já que a oferta anunciada não existe.

    De acordo com o Balanço Black Friday realizado pelo Procon-SP, sobre o evento de 2020, as reclamações referentes a produtos ou serviços indisponíveis correspondiam a 121 ocorrências realizadas, em um total de 813 reclamações efetuadas no período do evento.

    Entrega diferente

    Nada mais desolador para o consumidor do que comprar um produto e receber um diferente. Infelizmente, essa também é uma das práticas comuns realizadas durante a Black Friday, tanto que ela ocupa a quarta posição no Ranking dos Principais Problemas 2020, feito pelo site do Reclame Aqui, com 5,36% de reclamações realizadas.

    Nesse caso, o consumidor tem até sete dias após receber o produto para fazer o cancelamento da compra e reaver o dinheiro investido ou, ainda, trocá-lo por outra mercadoria, se desejar. Vale ressaltar que essa condição é válida para compras feitas fora do ambiente presencial, o que inclui os diferentes canais disponíveis na internet e por telefone, por exemplo.

    Sites falsos

    Existem situações ainda mais perigosas que o consumidor pode enfrentar durante o que é chamado de Black Fraude, que são os sites falsos. Na prática, os criminosos virtuais enviam ofertas em diversos canais, como por email marketing, WhatsApp e anúncios em redes sociais, com links que direcionam o usuário a sites falsos, com a finalidade de roubar seus dados bancários ou credenciais de acesso.

    Essa é uma prática conhecida como ataque de phishing e, de acordo com o estudo publicado pela empresa de segurança digital Kaspersky, em 2020, foram detectadas cerca de 196 tentativas de acesso a sites fraudulentos por minuto. Isso representa um aumento de 9% no período entre 29 a 18 de novembro.

    Diante desse risco, é importante que o consumidor siga algumas recomendações de segurança, entre elas:

    • observar se o site de e-commerce é seguro. Para isso, observe se existe o cadeado na barra de endereço do navegador;
    • colocar o mouse sobre a URL antes de clicar em um link de oferta para verificar se o endereço corresponde ao do site desejado;
    • utilizar ferramentas de proteção a navegação à internet;
    • ter o hábito de modificar periodicamente as senhas de acesso aos sites.

    Alteração de preço no carrinho

    Outra situação comum é encontrar o preço do produto no carrinho diferente do que estava anunciado na página da promoção. Algumas das explicações para esse tipo de problema estão a diferença entre os valores para o pagamento parcelado e à vista, que pode variar em alguns sites, ou a inclusão de algum custo adicional, que não estava explícito no anúncio.

    Seja qual for o motivo, é uma situação que aborrece o consumidor e pode fazer com que ele desista da compra, além de ser motivo para uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor. De acordo com o Balanço Black Friday realizado pelo Procon-SP, em 2020, houve 122 reclamações referentes à mudança de preços dos produtos ao finalizar a compra.

    Quais as punições para a Black Fraude?

    Todas essas más práticas, adotadas por muitas empresas, são prejudiciais para o comércio e se refletem nas vendas, conforme mencionamos com os dados da pesquisa do site Reclame Aqui sobre a intenção de compra para a Black Friday de 2021.

    O consumidor conta com diversos canais para abrir reclamações, como o site Reclame Aqui e o Procon, ou pode, até mesmo, ingressar com ações judiciais. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as empresas infratoras podem responder criminalmente e receber penalidades que variam de multas a um ano de detenção para os responsáveis.

    Portanto, é importante não adotar essas ações ao participar da Black Friday. O Procon-SP oferece uma lista de boas práticas para serem seguidas durante o evento, como oferecer informações objetivas aos consumidores, garantir a reserva do produto quando a compra é feita, entre outras.

    O ideal é que a empresa adote essas práticas e as siga como um guia de e-commerce. Além disso, ela pode planejar uma estratégia de Marketing Digital para se destacar em diferentes canais. Uma forma de fazer isso é pesquisar tudo sobre redes sociais e em como elas podem ser uma grande aliada para atrair os consumidores para a loja virtual.

    A Black Fraude é uma má prática adotada por diversas empresas durante o período da Black Friday. Essas ações são prejudiciais para o consumidor e não costumam passar despercebidas, pois os responsáveis estão sujeitos a receber processos por parte dos usuários, o que permite a aplicação de sanções aos responsáveis.

    Agora que você já sabe o que não fazer durante o evento, que tal explorar essa época para ir além? Desenvolvemos um material com diversas dicas para usar manter sua audiência engajada e aumentar o número de vendas o ano inteiro, confira.

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