Certamente, você já deve ter feito um brainstorming em sua carreira ou, pelo menos, ouvido falar sobre, correto?
Ele já se consolidou como uma prática muito útil para a geração de ideias — especialmente na publicidade — seja para inovar e criar uma oferta de mercado, seja para resolver um problema daqueles.
No entanto, o brainstorming possui algumas falhas e, em alguns contextos, outras práticas podem ser bem mais efetivas. É aí que o brainwriting entra!
Podemos considerá-lo uma variação do seu parceiro mais conhecido e seus principais benefícios estão ligados à experiência dos participantes e também à qualidade das ideias finais.
Se você procura melhorar os métodos de geração de ideias na sua empresa, então você precisa saber mais sobre o brainwriting. Neste artigo você vai ver:
- O que é brainwriting?
- Quais as diferenças do brainwriting para um brainstorming?
- Como fazer um brainwriting?
- Quais as vantagens do brainwriting?
Continue a leitura e descubra como gerar mais criatividade!
O que é brainwriting?
Ideias são essenciais para seguir inovando, criar produtos e serviços, otimizar a forma de trabalhar e, assim, ter melhores resultados. Mais do que isso, elas são vitais para conquistar e manter uma boa vantagem competitiva.
Como as empresas que possuem uma visão para o futuro e abraçam a inovação saem na frente, surgiram processos para auxiliar o fluxo de ideias e eles devem estar integrados às atividades do trabalho.
Para tal, temos o brainwriting, uma técnica que envolve um grupo na geração de ideias de modo escrito e compartilhado, repassando-as aos demais participantes, que lançam novas ideias e vão construindo sobre as que já foram lançadas.
É importante ressaltar que tudo isso ocorre de modo silencioso, em uma junção de interações individuais e em grupo, para no fim ser discutido por toda a equipe.
O responsável pela sua criação foi o alemão Bernd Rohrbach, que publicou o seu processo em 1968 na revista Absatzwirtschaft. A técnica foi batizada por seu inventor como 6-3-5 Brainwriting e cada número é representante de um critério:
- 6 pessoas e 6 rodadas de ideias;
- 3 ideias por pessoa em cada rodada;
- 5 minutos é o tempo de cada rodada.
Sob a supervisão de um moderador, cada um dos 6 participantes começa escrevendo 3 ideias em um papel em 5 minutos. Após isso, ele repassa para o colega à esquerda e o prazo começa a contar novamente para escrever mais 3 ideias baseadas na que ele acabou de receber.
Seguem-se as rodadas e, quando o papel retornar a quem começou, o grupo terá gerado ao menos 108 ideias em somente meia hora. Incrível, não é mesmo?
A quantidade não é o único benefício, longe disso! Mas antes de contar para você as outras vantagens do brainwriting, vamos explicar como esse processo se difere do brainstorming. Acompanhe a seguir!
Quais as diferenças do brainwriting para um brainstorming?
Assim como apresentamos a origem do brainwriting, apresentaremos também como o brainstorming nasceu e se consolidou!
O método brainstorming foi criado pelo americano Alex F. Osborn, um jornaleiro que se tornou publicitário. Em sua carreira, ele se mostrou um mestre da criatividade, explorando como os trabalhos criativos eram feitos e poderiam ser melhores.
Nesse processo, ele apresentou alguns pontos cruciais para o desenvolvimento do brainstorming, tais quais:
- não criticar até que a criatividade comece a fluir;
- quantidade é mais importante que qualidade na geração de ideias;
- pensar fora da caixa;
- ideias devem ser combinadas e otimizadas até que se encontre a melhor delas.
Reconhece todos eles? Todos são pilares de um brainstorming e foram essenciais para consolidar a importância de um processo de geração de ideias nas organizações quando elas precisavam de novas soluções.
De modo geral, as sessões se tornaram um encontro de participantes que deveriam soltar a criatividade sobre um tema em uma discussão oral e, em conjunto, as ideias são debatidas para uma seleção final, com tudo registrado em um quadro. Ou seja, ele se difere do brainwriting sobretudo em seu meio.
Não há dúvidas que esse método gerou muitas coisas incríveis, mas, ainda assim, o brainstorming está declinando aos poucos por ter perdido o seu foco nas ideias.
Justamente por ser uma discussão oral, ele acabou se transformando em uma grande competição de quem é o mais criativo. Como se fosse um momento de validação profissional e não algo para ser feito em prol da empresa.
Isso é ainda mais negativo quando pensamos que as pessoas mais introvertidas ou então que possuem menos experiência na organização podem deixar de compartilhar suas ideias, o que pode resultar na perda de oportunidades incríveis.
Para se ter noção, em uma reunião com 6 participantes, 2 pessoas costumam dominar mais de 60% do tempo e isso só piora na medida em que o grupo aumenta. Logo, as ideias acabam não sendo tão diversas e perde-se muito tempo apenas escutando em vez de criando.
O brainwriting, ainda que igualmente antigo, surge como um método para evitar as falhas do brainstorming. A competição do mundo corporativo pode ser evitada e o foco volta na coisa mais importante: ideias de qualidade.
A menos que o brainstorming seja entre poucos participantes e todos eles em um mesmo nível, o que resolve a questão da equidade e torna ele bem construtivo, o brainwriting pode e deve ser considerado.
Como fazer um brainwriting?
Da mesma forma que um brainstorming precisa ser simples para a geração de ideias fluir, o brainwriting também. E, para torná-lo mais eficiente, existem algumas regras para que o fluxo corra bem entre os participantes.
Por isso, separamos um passo a passo para um brainwriting de sucesso. Vamos lá?
Apresentação do tema
Antes de começar, o moderador deve apresentar o objetivo do brainwriting e fazer uma retrospectiva com personas, dados e insights para que todos tenham o mesmo nível de conhecimento e, assim, possam contribuir igualmente.
Ele não precisa se limitar a isso, mas pode também fazer perguntas para instigar a criatividade dos participantes.
Geração de ideias
Em seguida, durante 5 minutos, cada participante deve escrever 3 ideias sobre o tema em questão em cartões fornecidos.
Após esse tempo, cada cartão é passado ao colega da esquerda e todos ganham um novo para colocar mais 3 ideias no mesmo prazo, se inspirando no que já foi fornecido, acrescentando ou trazendo novos conceitos.
A rodada de escrita é feita algumas vezes, sempre no mesmo período de tempo e com a mesma meta de trazer mais 3 ideias, até que cada cartão retorne ao participante que escreveu primeiro nele.
Durante toda essa etapa, o moderador deve coordenar o processo e manter o silêncio no espaço para a produção seguir acontecendo. Algumas vezes, está permitido introduzir questões para encorajar a criação e fazer pensar fora da caixa.
Divulgação e votação
Pronto, com muitas ideias criadas, cada participante deve ler em voz alta as ideias que estão em seu cartão e apresentar a todos na sala o que foi produzido na sessão.
Então, as melhores ideias são selecionadas, expostas em um quadro visível para todos e, em uma votação, os participantes escolhem quais devem ser trabalhadas pela organização em planos de ação.
É importante dizer que nessa etapa as ideias ainda podem ser combinadas e podem ser complementadas para serem otimizadas.
Quais as vantagens do brainwriting?
Agora que você já sabe o que é o brainwriting, como fazê-lo e como ele se diferencia do brainstorming, é hora de falarmos diretamente sobre as suas vantagens!
A comparação com o brainstorming é inevitável. Voltando em alguns pontos que já tocamos, ele é suscetível a pessoas dominantes e a desordenação, possui uma estrutura de poder e, sobretudo, acaba gerando menos ideias.
E por que o brainwriting pode ser mais recomendado? Acompanhe!
Ordenado e democrático
O brainwriting é totalmente anônimo e silencioso, o que o torna mais ordenado e, na hora de revelar e discutir as ideias, elas valem por igual, abraçando o processo criativo de toda a equipe e sendo mais democrático. Afinal, o resultado final é uma vitória de todos!
Nessas condições, os participantes se sentem à vontade para contribuir de verdade e sem pressão, o que é ótimo para pessoas introvertidas ou que estão em um nível júnior, por exemplo.
Criativo e construtivo
Por ser um processo totalmente construtivo durante a etapa de geração de ideias e sem críticas iniciais, estimula-se a criatividade, o que possibilita resultados inesperados e muito mais eficientes. Com os toques certos, uma ideia ruim pode revolucionar uma empresa.
Além disso, são geradas muito mais ideias! No brainstorming as pessoas competem por atenção e, finalmente, quando são ouvidas, todos precisam escutar sobre uma ideia, enquanto no brainwriting elas são construídas simultaneamente. O resultado? Pelo menos 108 ideias em uma sessão normal.
Tecnológico
Por ser um método ordenado e silencioso, ele não precisa necessariamente se configurar em um espaço físico. Até mesmo por meio de uma planilha, os participantes podem inserir suas ideias e ir alternando seu trabalho de acordo com as rodadas.
Assim, é possível adaptar a prática mesmo se você tiver um time remoto. Basta uma boa conexão e apresentar as regras de forma clara para que todos participem.
Incorporar o brainwriting produz ideias mais diversas e cria um ambiente favorável para a colaboração. Além do sentimento de realização por potencializarem grandes mudanças, os participantes têm uma sensação de pertencimento muito maior entre si e com a empresa.
E, se você ainda tem alguma dúvida sobre adotar esse método, reflita:
- Tenho membros que parecem relutantes e permanecem calados durante as reuniões de brainstorming?
- Meu time tem dificuldade em produzir ideias suficientes para selecionar e chegar em ações de impacto?
Caso a resposta tenha sido “sim”, então o brainwriting pode ser a solução. Por que não começar agora?
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