Marcas precisam estar “na boca do povo”. Especialmente, com o avanço do ambiente digital, há muitos recursos de Marketing que permitem isso. Por isso, as empresas estão investindo em campanhas que gerem muitos comentários. Quanto mais uma ação for assunto, melhor. Essa é a base do Buzz Marketing, importante conceito que pode gerar grandes resultados, se bem explorado.
Por mais que possa parecer a mesma coisa, definitivamente, não estamos falando de Marketing Viral. Há semelhanças, mas há também diferenças estratégicas que separam bem essas ideias. Buzz garante que marcas ganhem popularidade entre seu público de maneira planejada. Mais do que ser assunto, empresas querem projetar como essa conversa entre consumidores será.
Neste post, detalharemos o conceito de Buzz Marketing. O conteúdo passará pelos seguintes tópicos:
Continue a leitura e confira!
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Entenda o que é o Buzz Marketing
O Buzz Marketing é uma estratégia focada em gerar assuntos sobre marcas ou produtos. A ideia é que consumidores conversem entre si sobre algo que uma empresa fez recentemente. Isso coloca seu nome em destaque, fazendo com que mais pessoas se interessem por ela. Esse trabalho é totalmente planejado, com a projeção de como o público-alvo será impactado.
“Buzz” é justamente isso: burburinho, comentários, animação em torno de um assunto e agitação. Naturalmente, pode haver um viés negativo em algum momento, mas se tratando de Marketing, é uma abordagem totalmente estratégica. Não se trata do “falem mal ou falem bem, mas falem de mim”. Na verdade, marcas querem que consumidores conversem sobre algo que elas fizeram.
Para gerar um verdadeiro assunto, naturalmente, é preciso ser algo interessante. Um simples comercial de TV talvez não tenha potencial para isso, exceto se ele se destacar. Por isso, Buzz Marketing depende de criatividade e conhecimento profundo do consumidor da marca. Quanto mais a persona for entendida, melhor ela poderá ser alcançada.
Alcance estratégico, não necessariamente amplo
Uma das questões mais importantes do Buzz Marketing é o alcance. É claro que será positivo se a campanha puder alcançar um grande número de pessoas. No entanto, o foco é mais estratégico, ou seja, há um público-alvo muito bem definido. Se ele for alcançado, há a certeza de que as pessoas certas estão falando sobre uma campanha, um produto, ou o que a marca desejar.
Efeitos colaterais devem ser evitados
Ao mesmo tempo em que pode ser muito eficaz, o Buzz Marketing também precisa ser altamente planejado. As possibilidades de efeitos colaterais são grandes se não houver um estudo de impacto concreto. Geralmente, esses erros também acontecem quando não há muito entendimento sobre a persona. Isso pode gerar o burburinho, mas de maneira negativa.
Antes de ser impactante, essa campanha deve ser responsável. Algumas abordagens, assuntos e, até mesmo, “piadas” podem não soar bem ao público. Por isso, é fundamental entender o contexto social atual, considerando o público-alvo, antes de pensar em uma campanha. A marca da empresa estará sempre em jogo, então, é fundamental protegê-la.
A polêmica pode até ser um bom recurso, desde que não haja um viés ofensivo. Provocar outras marcas é uma estratégia que muitas companhias adotam, por exemplo. Ainda assim, até mesmo nesse tipo de campanha, é preciso ter ética. Nesses casos, a criatividade precisa ser aplicada de maneira estratégica, já que o “buzz” precisa ser sempre positivo.
Conheça os gatilhos do Buzz Marketing
O Buzz Marketing é quase uma ciência! Por trás de campanhas que viram assunto, há uma análise completa de comportamentos e efeitos. Um dos maiores estudiosos dessa estratégia é Mark Hughes, publicitário que destrinchou a maneira como o Buzz Marketing é feito. A partir disso, ele criou um conceito de que há seis gatilhos, ou como ele mesmo trata, “botões” fundamentais nessa estratégia:
- o tabu;
- o incomum;
- o extraordinário;
- o chocante;
- o hilário;
- o segredo.
Para que uma campanha gere comentários, é essencial que um desses pilares seja devidamente abordado. Isso significa que, por um desses meios, é possível colocar algo em destaque nos dias atuais. A seguir, entenda melhor sobre esses pilares e o que eles significam.
O tabu
O tabu é o botão que é ativado quando nossa campanha fala de um assunto “proibido”. O conceito, aqui, não é relacionado a assuntos “fora da lei”, mas sim, assuntos controversos, que permitem que as pessoas possam “escolher lados” e debater.
Todo cuidado é pouco. São assuntos que não podem ofender minorias, religiões, entre outras classes. Quebrar tabus é diferente de tentativas de criar polêmicas sem uma estratégia sólida, apenas para que a marca seja falada.
O incomum
Já o incomum é o botão ativado quando vemos algo que foge dos padrões que já conhecemos. Pode ser tanto uma novidade completa quanto um produto que se separa do resto da categoria ou indústria por ser revolucionário.
É importante que, junto do viés revolucionário, haja também qualidade e cumprimento da proposta. Isso garantirá que esse buzz se sustente e, mais do que isso, se transforme em conversões.
O extraordinário
O botão do extraordinário é ativado quando vemos algo que é positivamente incrível e cuja satisfação dos clientes é evidente. Nesse caso, não há uma tentativa de causar burburinho por nenhuma outra razão que não seja o grande diferencial oferecido, seja no produto, seja na campanha, em si.
O chocante
Por sua vez, o chocante é, talvez, o botão de buzz mais comum de todos. Tudo aquilo que nos choca, de qualquer ponto de vista, gera comentários. Quanto mais chocante, mais buzz.
Aqui, novamente, é preciso ter cuidado. Chocar de forma positiva é o que as marcas devem pretender. Há muitas formas de gerar essa reação, mas é importante evitar que seja um choque negativo.
O hilário
O botão do hilário apela para a nossa atenção. Nós adoramos coisas que nos façam rir e somos atraídos por quem desperta essa reação. Ao longo da história da publicidade, uma série de campanhas engraçadas caíram no gosto popular e não pararam de ser comentadas.
O segredo
Por fim, chegamos ao botão dos segredos. O ser humano é naturalmente curioso e adora vasculhar por dicas e pistas de segredos bem guardados — além de adorar ver quando eles são revelados.
Esse gatilho também explora a questão da necessidade de participação. O medo de perder algo traz muito engajamento e capta a atenção do consumidor até o momento da revelação.
Saiba por que essa estratégia é diferente de Marketing Viral
Muitas pessoas sentem dúvida ao se deparar com a ideia de Buzz Marketing, afinal, ele se parece muito com o que já conhecemos como Marketing Viral. Entretanto, há diferenças, especialmente, do ponto de vista estratégico.
Primeiramente, o viral tem a proposta de chegar ao maior número de pessoas possível. Ele não é algo muito pensado e, na maioria das vezes, nem mesmo há uma estratégia por trás. Inegavelmente, sua capacidade de chamar atenção é grande, mas não há um planejamento de continuidade. Por isso, o viral pode não trazer tantos resultados positivos concretos.
Já o Buzz Marketing é um trabalho estratégico, em que empresas projetam reações em relação a um produto, uma campanha, apresentações, entre outras possibilidades. Essas ações são pensadas para um público específico, além de também considerarem a marca e sua identidade.
Além disso, Buzz Marketing não é somente uma ferramenta de alcance. A principal proposta é fazer com que as pessoas debatam e conversem sobre o que foi veiculado. Isso é o que garante que o assunto dure mais tempo e resulte em conversões.
Conheça grandes cases de sucesso para se inspirar
Não há melhor forma de entender o Buzz Marketing do que vê-lo aplicado em campanhas reais. Por isso, separamos alguns cases de sucesso históricos e revolucionários para mostrar como esse é um trabalho altamente estratégico. Confira!
Dia dos Namorados O Boticário
Em 2015, a marca de cosméticos O Boticário traçou uma estratégia em que o botão usado foi o de tabu. A campanha mostrava casais heterossexuais e homossexuais trocando presentes, em referência ao Dia dos Namorados e ao grande tabu que é a discussão sobre orientação sexual no Brasil.
O resultado era o esperado: muito debate, o que é comum em campanhas de tabu. No entanto, prevaleceu o bom senso e a qualificação da estratégia da marca. A campanha acabou premiada com o Grand Effie de 2015.
O siri da Brahma
Uma das mais icônicas e irreverentes campanhas da história da publicidade do Brasil. A hilária dupla de siris marcou época em um comercial de verão da cerveja Brahma.
No caso, é fácil perceber que o gatilho escolhido foi o hilário, uma vez que o comercial tem o viés de humor. A animação caiu no gosto popular e, por conta da abordagem leve, foi muito bem aceita pela sociedade e pelos consumidores da marca.
Disney, a aquisição da Lucasfilm e a nova saga Star Wars
Em 2012, a Disney anunciou a aquisição da Lucasfilm, a produtora de George Lucas, responsável pela criação da icônica saga Star Wars. Em seguida, houve também o anúncio de uma nova trilogia, que iniciaria em 2015.
Por si só, um grande buzz foi gerado com esses anúncios, com ativação de três botões: choque, extraordinário e incomum.
Como tudo é feito de maneira estratégica, a Disney continuou seu plano e anunciou que J.J. Abrams dirigiria um desses filmes (Episódio VII). A grande questão é que o diretor é um grande adepto do Buzz Marketing, sempre trazendo segredos para suas obras, ou seja, aí está mais um gatilho acionado!
J.J. Abrams seguiu o roteiro e pouco falou sobre como seria o filme, gerando uma expectativa gigantesca nos fãs da trilogia. Toda essa estratégia foi extremamente bem-sucedida, uma vez que o longa alcançou os US$2 bilhões de bilheteria, um recorde nos EUA. No mundo, o filme alcançou o terceiro lugar em toda a história.
Muito mais do que um viral, o Buzz Marketing é uma estratégia focada em impulsionar novos produtos, fortalecer marcas e converter. Campanhas bem-sucedidas trazem resultados concretos, que podem ser mensurados. Isso é o que torna essa prática eficaz, recorrente e muito valiosa.
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