O Metaverso é um espaço virtual hiper-realista, imersivo, interativo e compartilhado, que pode ser acessado a partir de um hardware, como um smartphone, tablet ou computador conectado à Internet. Esse acesso somente foi possível com a evolução de tecnologia, que permitiu o surgimento de ferramentas baseadas em realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR). Entretanto, o conceito é tão novo que muitas pessoas ainda se perguntam como entrar no Metaverso — é isso que você descobrirá neste artigo!
Embora o Facebook tenha registrado o nome Meta para a sua plataforma social, não existe um único aplicativo chamado Metaverso, onde as pessoas interagem e têm experiências imersivas no mundo digital. O Metaverso é como um universo paralelo integrado ao nosso, formado por inúmeras partes e acessíveis por meio de diferentes provedores.
Nesses vários “mundo virtuais” as pessoas realizam inúmeras atividades, desde compras a encontros e shows, e fundem sensações e exercícios sensoriais vivenciadas tanto no ambiente físico quanto no digital. Neste artigo falamos um pouco mais sobre o Metaverso e como entrar nesse ambiente. Veja a seguir:
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O que significa o Metaverso?
Metaverso é a junção do prefixo meta, que em grego significa além, e o sufixo verso, oriundo da palavra universo. Logo, Metaverso significa “além do universo” — termo usado para designar um ambiente descentralizado, experimentado em diferentes plataformas e acessado de qualquer lugar por meio de uma conexão com a Internet.
Por isso, as possibilidades de desenvolvimento do conceito são ilimitadas e podem abranger não apenas jogos e entretenimento, mas também infraestruturas robustas, como terrenos virtuais e outros tipos de ativos.
Por exemplo, o Roblox, Axie Infinity ou Fornite, são plataformas bem-sucedidas baseadas nesse conceito, onde os usuários podem comprar, vender ou trocar ativos como NFTs e tokens nativos, como V-Bucks ou AXS, ou consumir qualquer bem ou serviço com criptomoedas.
Quais as características do Metaverso?
Veja a seguir, quais as principais características do Metaverso.
Não tem barreiras
Como um espaço virtual 3D, o Metaverso elimina todos os tipos de barreiras de acesso conhecidas, tanto físicas quanto virtuais. É um espaço infinito, de capacidade ilimitada e extremamente acessível, que fornece experiências simultâneas e descentralizadas.
É contínuo
As experiências em um Metaverso podem ocorrer ininterruptamente, ou seja, mesmo depois de desconectar ou reinicializar o seu dispositivo, o usuário poderá reingressar livremente no ambiente em que estava, a qualquer momento e de qualquer lugar, sem prejudicar a continuidade da sua experiência. De forma semelhante ao que ocorre a partir do aprendizado de máquinas, o Metaverso pode evoluir ao longo do tempo com base nas contribuições e no compartilhamento de informações dos usuários.
É descentralizado
O Metaverso não pertence a uma corporação ou é promovido por uma única plataforma: os usuários são livres e podem controlar a acessibilidade e disponibilidade dos seus dados pessoais.
É imersivo
Com ferramentas adequada — um hardware como um computador ou smartphone e recursos imersivos, como um headset VR ou um óculos de realidade aumentada, os usuários acessam um nível de interatividade capaz de potencializar os sentidos e aumentar a qualidade de suas experiências no Metaverso.
Tem uma economia ativa
Não faz sentido viver em um ambiente se não houver uma economia que não possa suportar as atividades e as ambições financeiras dos usuários — no Metaverso é imprescindível adicionar valor à experiência e monetizar os ativos físicos e digitais para otimizar a capacidade de consumo dos usuários.
Por isso, os participantes do Metaverso fazem parte de uma economia própria, baseada na segurança do blockchain, que está presente, inclusive, nas criptomoedas. Nos mercados virtuais os usuários podem comprar, vender e trocar ativos digitais, e até físicos, como avatares, roupas, NFTs e ingressos para eventos físicos e virtuais.
Favorece a sociabilidade
Cada participante do Metaverso é um usuário do mundo virtual que contribui para o crescimento da comunidade com as suas experiências, histórias e anseios, ajudando assim, a desenvolver um novo ambiente por meio do UGC (User Generated Content), ou conteúdo gerado pelo usuário.
De onde surgiu esse termo?
O Metaverso não é um conceito novo — o termo foi cunhado pela primeira vez por Neal Stephenson em seu romance Snow Crash, lançado em 1992. A história acontece em um ambiente paralelo à internet onde as pessoas usam avatares para interagir umas com as outras — o que se assemelha, em muitos aspectos, à experiência proposta por empresas como a Meta.
Além disso, o conceito foi usado na indústria cinematográfica na história de Matrix (1999). Algumas plataformas, como o Habbo Hotel (2000) e o Second Life (2003), reproduzem esse mundo virtual há mais tempo, assim como alguns jogos online que já são baseados em realidade aumentada e realidade virtual.
Quanto custa para entrar no Metaverso?
Até aqui você sabe o que é Metaverso, mas ainda não descobriu como entrar no Metaverso e ter a melhor experiência nesse ambiente virtual.
Diferentemente do que muitas pessoas supõem, não é necessário investir muito dinheiro ou tomar uma pílula e correr atrás de um coelho branco atrasado com um relógio de bolso na mão — o Metaverso não está tão longe de você quanto um ambiente fantástico onde se passam as histórias infantis.
Para ter essa experiência você precisa de um hardware — um desktop, notebook ou smartphone. A boa notícia é que você não precisa comprar um equipamento super inovador, de tecnologia superior: basta que seja possível ingressar em uma plataforma por meio de uma conexão com a Internet.
Entretanto, para garantir o aspecto principal de uma experiência no Metaverso — a imersão no ambiente virtual — é necessário ter um fone de ouvido com recursos de realidade virtual e um óculos inteligente baseado em realidade aumentada.
A ideia principal na escolha desses equipamentos é que o usuário sinta-se totalmente inserido no ambiente — e isso está diretamente relacionado às experiências sensoriais promovidas durante o tempo de permanência no mundo virtual.
O Meta Quest 2, por exemplo, é o fone de ouvido mais procurado no mercado para essa imersão, seguido pelo Playstation VR e Valve Index. Embora o equipamento seja independente e não exija um PC ou console de jogos para funcionar, existem fones de ouvido VR de outros fabricantes como Valve, HTC, HP e Sony, que funcionam com PCs ou PlayStation 4 ou 5.
Empresas como a Qualcomm estão desenvolvendo métodos para que os óculos de realidade aumentada funcionem de forma integrada aos smartphones, o que seria ainda mais intuitivo para os usuários.
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O que é preciso para entrar no Metaverso?
Para fazer parte do Metaverso você precisa criar um avatar, explorar ambientes com o fit da sua personalidade e participar dos eventos promovidos nesses ambientes virtuais, conforme você confere a seguir.
Etapa 1: Crie um avatar
O primeiro passo para entrar no Metaverso é criar o seu próprio avatar digital. Algumas plataformas oferecem um painel por meio do qual é possível personalizar a sua representação virtual, baseado em características reais ou imaginárias. Com isso, os usuários podem mudar o estilo e a cor do cabelo, configurar a cor dos olhos, trocar as roupas, sapatos e até mesmo incluir acessórios no seu personagem.
Etapa 2: Acesse algum ambiente virtualizado
Depois de definir o seu personagem, você precisa explorar o ambiente, No Descentraland, por exemplo, o usuário é direcionado para o Genesis Plaza, um ponto de partida que permite encontrar outros avatares e se teletransportar para outros espaços.
Muitos ambientes virtuais têm espaços compartilhados que permitem a socialização entre os frequentadores e são esses ambientes usados como referência para muitos encontros. Veja alguns exemplos de Metaversos a seguir.
Horizon Worlds
O Horizon Worlds é um aplicativo que permite que os usuários se reúnam e tenham diferentes experiências sociais. O login é feito por meio de avatares e ele possibilita que as pessoas visitem lugares diferentes, joguem coletivamente ou simplesmente relaxem e aproveitem a experiência em ambientes virtuais.
Esse é um projeto do Meta, logo, suporta o uso do Quest 2 . Assim, o avatar cadastrado para o uso do fone de ouvido será o mesmo para ingressar na aplicação.
Horizon Venues
O Horizon Venues foi criado para trazer eventos da vida real para o mundo virtual e permite que os usuários da Quest 2 participem de eventos ao vivo diretamente do conforto de suas casas.
De concertos a documentários e eventos esportivos, esse ambiente tem muito a oferecer, pois conecta os avatares aos mundos acessados anteriormente, integrando a experiência do Metaverso.
AltspaceVR
O AltspaceVR é semelhante ao Metaverso criado pelo Meta, mas de propriedade da Microsoft. Os usuários criam avatares personalizados e se conectam com outras pessoas espalhadas pelo mundo, garantindo uma infinidade de experiências e acesso a comunidades diferentes, distribuídas e frequentadas conforme as preferências dos usuários — a plataforma oferece desde encontros LGBTQ+ até sessões de meditação.
Rec Room
Rec Room é semelhante ao Altspace e o Horizon Worlds. O jogo tem gráficos cuidadosamente desenhados para uma experiência imersiva de alto nível e suporta o acesso simultâneo de vários usuários. Os avatares podem fazer atividades e se divertir, tanto de forma individual quanto coletiva. A experiência é orientada ao jogo e também pode ser integrada ao Quest 2.
VRChat
O VRChat também é um jogo e permite que os usuários criem seus próprios avatares personalizados para ingressar em ambientes personalizados que estão disponíveis na aplicação.
Sensorium Galaxy
Esse é um dos Metaversos com foco em experiências imersivas de entretenimento. Ele foi criado de forma colaborativa por artistas como David Guetta, Armin van Buuren, Steve Aoki, entre outros, e oferece uma ampla gama de experiências musicas e hubs de conteúdo que incluem desde práticas de meditação a autorrealização e ajuda.
Decentraland
Decentraland é a principal “cidade” do Metaverso e já foi responsável por um record nos ambientes virtuais — teve uma propriedade vendida por US$ 2,4 milhões. Nessa plataforma, o usuário pode encontrar não apenas terrenos, mas também casas ou até iates (equipados com helipontos e banheiras de hidromassagem) para os usuários mais exigentes. Entretanto, para acessar a plataforma é necessário ter uma wallet de criptomoedas para colocar em prática o seu poder de compra
Axie Infinity
Axie Infinity é a versão blockchain do Pokemon GO — criada para o uso no Metaverso. Os usuários dessa aplicação jogam de forma contínua e imersiva com os recursos disponíveis até para quem não utiliza ferramentas de AR.
Etapa 3: Participe de jogos
Muitas plataformas no Metaverso oferecem recursos legados para que os frequentadores participem de jogos. Além disso, são oferecidas recompensas para aqueles usuários que se destacam, como valores em moeda local. Depois de ganhar uma partida, você poderá usar o prêmio para fazer compras ou pagar experiências, por exemplo.
Etapa 4: Faça novos amigos
Ao jogar ou frequentar um ambiente, o usuário tem a oportunidade de fazer novos amigos e aproveitar a conversa para descobrir experiências inovadoras e ambientes interessantes para frequentar.
Etapa 5: Participe de eventos
As experiências de entretenimento estão sendo largamente utilizadas para ampliar a repercussão do Metaverso. Artistas famosos fazem shows e concertos ao vivo, em tempo real, mas com veiculação exclusiva para os usuários que acessam a plataforma virtual responsável pelo evento.
Quais são as formas de entrar no Metaverso?
No Metaverso você terá a chance de assistir a um show de um artista internacional sem sair de casa, visitar um local geograficamente distante e retornar ao mesmo evento num piscar de olhos. Nesses locais é possível encontrar pessoas, ir em shows que não seriam possíveis no mundo real, aproveitar a experiência e ainda curtir a sua música favorita.
Conforme ressaltamos, você pode entrar no Metaverso por meio de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, ou pelo computador, basta ter uma conexão estável com a Internet e acesso permitido em qualquer plataforma escolhida para basear a sua experiência imersiva — uma rede social ou jogo, por exemplo. Esses ambientes têm os recursos necessários para garantir usabilidade, responsividade e privacidade durante o processo, mas você também deve usar ferramentas para potencializar a experiência, como óculos de realidade aumentada e joysticks.
Saber como entrar no Metaverso não é suficiente para ter uma experiência imersiva completa nesse mundo paralelo, que apesar de ser ainda desconhecido por muitas pessoas, tem grande potencial de se tornar um novo modelo de negócio para empresas, com enorme potencial de vendas, e uma referência para um novo modelo de consumo no contexto da Transformação Digital.
Usar adequadamente as plataformas digitais e extrair toda a sua potencialidade pode levar anos, pois ainda existem muitos obstáculos técnicos, principalmente em função da falta de infraestrutura de acesso à rede que suporte milhões (ou mesmo bilhões) de acessos simultâneos.
Além disso, uma conexão ininterrupta e confiável de Internet não é algo tangível, principalmente em um país em que o acesso à Internet é limitado — segundo um estudo recente do Instituto Locomotivas e da PwC, no Brasil 33,9 milhões de pessoas estão desconectadas e 86,6 milhões não conseguem se conectar com qualidade todos os dias.
A qualidade da conexão é um alicerce fundamental do Metaverso, assim como o uso de ferramentas que proporcionem uma experiência imersiva de qualidade — um cenário virtual com falhas e dificuldade de carregamento jamais será como o Metaverso deveria parecer — e a segurança da informação que garanta privacidade, integridade e confidencialidade aos dados compartilhados nesses ambientes.
Entretanto, há muita expectativa com a chegada da tecnologia 5G e muitas empresas ainda estão se adaptando a esse novo contexto social e econômico. Agora que você sabe como entrar no Metaverso, que tal descobrir como funciona o marketing no Metaverso?
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