Não é por acaso que o marketing é uma das atividades mais importantes de qualquer empresa. Por meio de técnicas e estratégias específicas, é possível criar uma imagem positiva para a marca, colocando-a em destaque no mercado e atraindo consumidores com alto potencial de fidelização.
Contudo, não se trata de uma prática simples de executar. As abordagens e os métodos mais eficazes do marketing variam de acordo com os objetivos da empresa, as características do mercado e, principalmente, o comportamento do público consumidor.
Hoje, as pessoas relacionam suas decisões de compra com diversos fatores, prezando por experiências qualificadas e dando grande atenção ao feedback produzido por terceiros, como amigos, familiares e influencers. Ao contrário de outrora, a audiência já não dá tanto valor a grandes investidas publicitárias.
Nesse cenário, urge a utilização de um embaixador da marca para estabelecer uma relação lucrativa e duradoura com o público. Precisa saber mais sobre o assunto? Neste texto, vamos explicar:
- O que é embaixador da marca?
- Qual a importância dos embaixadores da marca?
- Qual a diferença de embaixador da marca e promotor?
- Como escolher os melhores embaixadores da marca?
- Como gerar embaixadores organicamente?
Continue lendo e confira!
O que é embaixador da marca?
O embaixador da marca, ou brand ambassador, pode ser um funcionário, um cliente especial ou mesmo um influenciador digital.
O que importa é que a pessoa em questão tenha amplo conhecimento sobre as soluções da marca e, mais do que isso, compartilhe de suas visões e valores.
Geralmente, o embaixador é responsável por possibilitar a primeira conexão entre um potencial cliente e uma empresa, seja por meio de recomendações nas redes sociais, seja por meio de abordagens mais diretas.
Aqui, vale reforçar que não estamos falando de um mero garoto propaganda.
Mais do que anunciar as vantagens da empresa, o embaixador da marca deve ter uma conexão real com ela. É preciso que a identificação entre pessoa e empresa seja exposta de forma clara e direta, mas não forçada.
Dessa forma, o consumidor moderno percebe que se trata de algo mais profundo que uma mera propaganda.
Nesse cenário, fica mais fácil estabelecer uma relação transparente e duradoura com a persona, já que ela tende a transferir a credibilidade do embaixador para a empresa em si.
Não por acaso, esse recurso é utilizado não apenas por organizações com fins lucrativos, mas também por ONGs, órgãos sociais etc.
Um exemplo interessante vem do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), uma das organizações mais atuantes na luta pelo direito de crianças e adolescentes ao redor do mundo.
Para fortalecer as relações públicas, seja com o consumidor, seja com a imprensa, a UNICEF utiliza artistas, atletas e outras personalidades como embaixadores. No site, podemos observar os escolhidos para representar a marca no Brasil:
Em muitos casos, esse tipo de relação ocorre de forma voluntária. Afinal, apoiar uma causa humanitária do porte da UNICEF gera, também, publicidade positiva para o embaixador. Mas esse não é o único caso. Na verdade, a maioria dos embaixadores são contratados pelas marcas que representam.
Um exemplo emblemático no Brasil é o Adriano, ex-jogador da seleção brasileira, que em 2019 passou a atuar como embaixador da Adidas. A empresa alemã o escolheu basicamente por dois motivos. O primeiro é o alto engajamento e o alcance orgânico que Adriano tem em suas redes sociais.
O segundo motivo é a identificação do jogador com os valores da marca. Querido por fãs do esporte, Adriano é uma referência para grande parte dos consumidores da Adidas.
Atenta a esse potencial, a marca leva o embaixador a eventos, usa sua imagem em campanhas e, claro, promove ações de engajamento nas redes sociais. Assim, Na imagem abaixo, o ex-jogador apresenta, em sua conta no Instagram, dois produtos lançados pela Adidas:
Qual a importância dos embaixadores da marca?
Como você viu no tópico anterior, os embaixadores da marca são figuras escolhidas para, de forma paga ou voluntária, conectarem os clientes com a empresa. Isso, é claro, pode ser feito de diversas formas. Mas qual é a real importância dessa prática?
Pense no último exemplo, em que o ex-jogador Adriano, idolatrado por pessoas que se encaixam no público da Adidas, divulga de forma espontânea dois produtos da empresa. Não é de se espantar que o post tenha sido compartilhado, curtido e comentado de forma massiva.
O que isso significa?
Significa que, no mínimo, a exposição do produto se multiplicou de uma hora pra outra. O grande engajamento, mesmo que não tenha sido efetivado na página da Adidas, contribui para o fortalecimento da brand awareness, ou seja, expõe a marca e os produtos a um número maior de pessoas.
Contudo, você pode estar encontrando dificuldade para relacionar esse cenário com o seu negócio, já que estamos falando de marcas e personalidades com grande relevância no mercado. Mas essa não é uma regra.
O embaixador não precisa, necessariamente, ser famoso ou apresentar grande engajamento nas redes.
Empresas de todos os tamanhos investem em programas de embaixador para gerar essas figuras dentro de suas próprias colunas.
Contar com colaboradores empenhados em agir como embaixadores da marca é uma forma eficiente de mantê-los motivados, reduzir o ciclo de vendas e até aprimorar o processo de atração de talentos.
Dessa forma, podemos concluir que os embaixadores da marca podem ser importante em diversas áreas. No Marketing Digital, eles aumentam o tráfego orgânico e a taxa de engajamento e facilitam a geração de leads.
Já do ponto de vista do RH, eles são excelentes para a manutenção de um clima organizacional positivo.
Qual a diferença de embaixador da marca e promotor?
Bem, neste ponto, você já entendeu o que é embaixador da marca, mas é preciso abordar alguns pontos para evitar confusões comuns. Por exemplo, muitas pessoas confundem esse conceito com a ideia de promotor da marca, que, embora semelhante, tem uma proposta diferente.
O promotor tem um papel mais semelhante ao bom e velho garoto propaganda. Ao selecionar um, não é necessário se preocupar tanto com seu alinhamento aos ideais da marca. O importante é garantir que a pessoa escolhida tenha acesso ao público que você quer atingir, atraindo-o para o funil.
Ou seja, enquanto o embaixador age de forma mais espontânea, o promotor precisa de direcionamentos específicos para cumprir seu papel no plano de marketing. Então, quando recebe um produto para divulgação, por exemplo, o item acompanha uma espécie de script a ser seguido.
Assim, podemos entender a diferença entre esses dois papéis com uma palavra: formalidade.
Enquanto o embaixador age em favor da marca por alinhamento de valores e identificação pessoal, produzindo espontaneamente os próprios conteúdos, o promotor realiza suas ações a partir de um vínculo mais formal com a empresa.
Como escolher os melhores embaixadores da marca?
Escolher o melhor embaixador para a sua marca é uma atividade que exige, antes de mais nada, um conhecimento aprofundado sobre os fatores internos e externos que marcam sua empresa.
A missão, a visão e os valores que guiam a companhia também devem ser vistos no escolhido para o cargo.
Além disso, é necessário considerar as características da persona. Se um dos candidatos é extremamente alinhado com a empresa, mas não conta com grande aprovação por parte do público, sua escolha como embaixador pode resultar em um impacto negativo.
Afinal, estamos na era do marketing 4.0, em que os consumidores, além de valorizarem a opinião de terceiros, dão grande importância à forma como a empresa se porta de modo geral. Não é à toa que ideias de sustentabilidade e igualdade são cada vez mais importantes na decisão de compra da persona.
Dito isso, fica claro que é necessário fazer uma varredura em relação ao histórico e às posições do embaixador antes de definir o escolhido. Afinal, ao escolher alguém para representar sua marca, você quer evitar polêmicas que possam colocar em cheque sua imagem e credibilidade.
Fora todas essas questões, o ponto mais importante é a habilidade do embaixador em conectar marca e público. É claro que, nesse ponto, lidar com celebridades ou personalidades que já contam com uma base de fãs torna o processo mais fácil. Ainda assim, é importante se atentar à compatibilidade com a marca.
Se a sua persona é um jovem com a vida social agitada, por exemplo, você deve procurar alguém que se encaixe nesse universo. Um exemplo perfeito disso é a relação entre a cantora Anitta e a cerveja Skol.
Mais do que patrocinadora, a bebida da Ambev se tornou algo comum no cotidiano de Anitta, que, espontaneamente, compartilha produtos e experiências da marca nas principais redes.
Foi ela a responsável, por exemplo, por anunciar a Skol Beats sabor gin tônica ao público, em um de seus stories no Instagram.
Como gerar embaixadores organicamente?
Depois que você entende do que se trata o conceito, escolher os melhores embaixadores para a sua marca não é uma tarefa muito difícil.
Basta encontrar pessoas que se alinhem com os ideais da empresa, tenham uma plataforma aberta com o público e sejam capazes de realizar ações de engajamento, direcionando as decisões da persona. Contudo, para empresas menores, pode ser difícil pagar alguém para exercer tal função.
Mas isso não é um problema. Conforme já mencionamos, é possível gerar embaixadores da marca dentro da própria empresa. Programas focados em otimizar o ambiente de trabalho, assim como práticas de endomarketing, podem despertar essa atitude nos seus gestores e colaboradores.
Quando isso acontece, eles passam a produzir feedback positivo sobre a empresa, mesmo que para pequenos círculos de amigos e colegas de profissão. Por mais que pareça pouco, trata-se de um exemplo muito claro de marketing boca a boca, que pode gerar resultados significativos.
Outros atores que podem ser transformados em embaixadores são os clientes. Quando muito satisfeitos, eles podem ir além da fidelização e se tornar verdadeiros parceiros da marca, espalhando comentários positivos na internet, compartilhando conteúdos e, mais uma vez, praticando o marketing boca a boca.
Se quiser seguir por esse caminho, seu desafio é identificar em sua base de clientes aqueles que têm mais potencial de serem convertidos em embaixadores.
Isso pode ser feito de diversos meios, mas destacamos o uso de ferramentas de análise de dados, como o Analytics, para conhecer melhor o público dos seus canais.
Pense em sua campanha de email marketing, por exemplo. Com a coleta de dados, você pode descobrir quais são os contatos que demonstram maior engajamento com as mensagens enviadas. Se alguém abre seus emails e realiza compras com frequência, essa pessoa pode ser uma forte candidata.
O mesmo e aplica às redes sociais. Sabe aquele consumidor que comenta em todos os seus posts e os compartilha com os amigos? Ele pode ser o embaixador de que você precisa. Em ambos os exemplos, cabe ao time de marketing desenvolver uma abordagem que possibilite a conversão.
Programas de pontos e outras atividades que estimulem a fidelidade da persona são exemplos excelentes de ações que podem transformar um cliente em embaixador.
Além disso, é sempre importante encorajar o engajamento. Peça para que seus clientes deixem depoimentos, interaja com eles após as compras e invista na produção de conteúdos que estimulem sua interação.
Dessa forma, você vai, pouco a pouco, criando as condições necessárias para contar com um embaixador para sua marca.
O embaixador da marca tem um papel muito importante no atual cenário comercial. Por contar com a confiança do público, essa figura é essencial para estimular os primeiros contatos entre a marca e os clientes. Suas ações podem ser desenvolvidas em eventos presenciais, mas demonstram grande força no ambiente digital.
No marketing moderno, é comum fazer parcerias com personalidades para melhorar a imagem e a exposição da sua marca. Confira em nosso infográfico como isso funciona no mundo dos influenciadores digitais!
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