O Guia do Marketeiro das Galáxias – Até mais, e Obrigado Pelos Leads

Confira a segunda parte do Guia do Marketeiro das Galáxias, Até Mais, e Obrigado Pelos Leads. Veja a sequencia da história de Arthur e Pecanha!

Atualizado em: 12/02/2021
O Guia do Marketeiro das Galáxias

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Prefácio da segunda parte

Assim como o Universo do Marketing e da Publicidade é guiado por ideias e planos, essa história que você ora lê surgiu de uma ideia. Dessa ideia, veio um plano. Uma série mensal de conteúdos contando a história de dois Marketeiros — Pecanha e Arthur Douglas — e, contando também, a história de um livro. O quarto livro mais vendido da história do Universo: O Guia do Marketeiro das Galáxias.

O plano deu certo… de certa forma. 1 ano depois a parte 2 finalmente saiu do papel — quer dizer, foi para o papel (papel digital, no caso). Obviamente o plano A não deu certo. Afinal, a série que seria mensal demorou um ano para sair. Mas o alfabeto possui muitas letras.

Mensal virou bimestral, bimestral virou trimestral e trimestral virou… vou dizer semestral porque não faço ideia do nome do intervalo de quatro meses. Por fim, veio o plano Z. A parte 2 sairia no mesmo dia que a parte 1. No dia da toalha! O que faz muito sentido, se você parar para pensar.

Provavelmente ninguém nem lembra do dia em que o Outbound sofreu uma grande explosão. Dia em que Pecanha salvou o seu amigo Arthur Douglas e o apresentou ao Inbound Marketing.

Eu recomendo que você leia a parte 1 antes de adentrar as profundezas da postagem de hoje. Se não gostar, pense que a parte 1 te salvou de ler a parte 2.

Leia aqui: O Guia do Marketeiro das Galáxias Parte 1

O assunto aqui, porém, não é a parte 1, mas a parte 2! Pecanha e Arthur voltaram a trabalhar juntos, mas dessa vez com Marketing Digital. E a segunda parte dessa história promete trazer fatos que você quer saber desde a primeira parte (ou não): o que é a máfia das Redes Sociais? Quem é a polícia do Google? Eu vou homenagear a cena da baleia nessa história? Qual foi a decisão mais estúpida da vida de Arthur Douglas?

Tudo isso você confere hoje, na segunda parte do Guia do Marketeiro das Galáxias!

*Ou não! A verdade é que eu não sei ainda o que vou escrever, mas espero encaixar tudo isso na parte 2. Se não, relaxa! Mês que vem sai a parte 3! (risos).

Capítulo 4

On, ih, on, ih, on, ih, on.

É um burro? É um código secreto? Não! É o barulho da rede de Arthur Douglas. E não, ele não estava em um dia de folga. O notebook estava confortavelmente alojado em seu abdômen enquanto ele (Arthur, não o abdômen) escrevia um post para o blog da Rocket Racontent.

Já havia se passado alguns meses desde o dia que Pecanha apresentou seu amigo para o Inbound Marketing. Agora Arthur já se sentia em casa naquela “empresa do futuro”, como ele mesmo a chamava. Ele ainda não acreditava que Pecanha estivera no futuro, mas sabia que o homem havia sido presenteado com uma mente à frente do seu tempo.

Agora as redes, a piscina de bolinhas, a mesa de sinuca, o FliPeçanha (um fliperama construído pelo próprio Pecanha antes de ter ido ao futuro e removido o cê-cedilha do seu nome), as bermudas e os chinelos havaianas já eram naturais na rotina de trabalho de Arthur Douglas.

Arthur estava feliz. Todos os dias pela manhã, quando chegava na empresa, Arthur dava bom dia a todos e agradecia a Pecanha por tê-lo salvado da explosão do Outbound. Mas a adaptação de Arthur não foi tão fácil.

Nos seus primeiros dias na empresa de Marketing de Conteúdo, Arthur protestava que muitos conteúdos entregues para os clientes não falavam do produtos deles. Que a Rocket não vendia o produto do cliente. Depois cismou em reclamar que queria coisas mais artísticas e que um post de 3.000 palavras jamais renderia um Leão de Cannes (o Oscar da Publicidade) a ele.

***

O Guia do Marketeiro das Galáxias faz uma comparação interessante a respeito do Leão de Cannes (o Grammy da Publicidade). O Guia alega que “assim como o Bezerro de Ouro, citado na Bíblia, criado pelos Hebreus, tirava o foco do povo de quem realmente importava (no caso, Deus), o Leão de Cannes (o prêmio Nobel da Publicidade) tirava os marketeiros do verdadeiro foco de seu trabalho: solucionar o problema de alguém com um produto que ele necessita, fazendo com que os publicitários se importassem com o prêmio e não com o resultado das suas campanhas.”

Porém para um homem como Arthur (que cresceu sonhando em ser um grande publicitário) perder essa ambição era muito difícil . Achava que merecia o prêmio há um bom tempo. Ele se sentia como o Leonardo DiCaprio se sentiu até o ano de 2016 — o ator e o não o astronauta brasileiro nascido em 2034.

Depois que o Inbound virou o foco de seu trabalho, Arthur deixou de lado esse sonho. Teve apenas uma recaída, no ano de 2061 (77 anos antes do lançamento oficial do Guia do Marketeiro das Galáxias), quando descobriu que existia um prêmio da Publicidade Universal. Chamado de “Tchycokocjtyr tribeltrox blofernilvski dromenal”. Caso você não fale Beelbroxiano, traduzido para o português significa algo que se assemelha a “PPrêmio”, um trocadilho com PP. Faz mais sentido na língua deles. Infelizmente, um ser humano que não tenha sido alfabetizado em Russo tem apenas 0,234827% de chances de aprender o idioma.

Coincidentemente, o maior vencedor desse prêmio foi um terráqueo muito popular na década de 1960 chamado Elvis Presley. Segundo o comitê Beelbroxiano, a campanha de marketing de Elvis, que morreu deixando evidências suficientes para que todos pensassem que ele estava vivo, superou qualquer outra campanha publicitária da história. Mesmo 50 anos após a sua morte muitos continuam acreditando que ele está vivo. Elvis, infelizmente, nunca quis ir até o planeta Beelbrox receber o prêmio. Uma lástima.

***

— “Pecanha, o que é lead?”

— “Persona? Não existe isso! Ouve o que você está falando. É público-alvo. Não faz sentido inventar alguém!”

— “MQL?”

— “Pecanha o que é céu? (SEO)”

— “Mas qual o problema de trabalhar com chapéu preto? Eu visto o que quiser!”

Foram algumas das mais comuns perguntas que Arthur fez nos seus primeiros meses como um tripulante da Rocket Racontent, empresa que desbrava o universo do Inbound Marketing com a missão de ir aonde nenhum homem havia ido. Arthur Douglas demorou um pouco para aprender os conceitos do Inbound, mas se tornou um excelente profissional. O seu nome consta, inclusive, no Guia do Marketeiro das Galáxias por ter auxiliado Pecanha em sua missão.

Nesse dia em que Arthur escrevia um post na rede, uma quinta-feira ensolarada, Pecanha já havia concluído a sua missão. Ele tinha completado as informações a respeito de outdoors no Guia, mas sentia que ela não estava concluída. Pecanha percebeu que havia recebido uma missão ainda mais importante do futuro. A ideia era chamar o seu companheiro marketeiro Arthur para ajudá-lo. E ele teria chamado assim que viu o amigo deitado trabalhando na rede.

Guia do Marketeiro das Galáxias

Mas aquela quinta-feira foi marcada por um deslize grave. Naquela quinta-feira, Arthur tomou a pior decisão da sua vida.

Capítulo 5

É extremamente importante que qualquer pessoa que seja nova em um tipo de emprego sempre faça perguntas aos seus gestores antes de tomar decisões de vida ou morte.

Se Arthur tivesse isso em mente, aquela quinta-feira ensolarada teria sido bem diferente.

— E aí, Arthur? Tá escrevendo o que?

— Um case de sucesso! Estou contando como um blog post nos rendeu meio milhão de reais! — sorriu confiante.

— Ah! Que maravilha! Você não via essas coisas no Outbound!

Por um momento passou um filme na cabeça de Arthur. A sua vida como publicitário passou toda diante dos seus olhos. Foi um sofrimento inenarrável.

— É verdade! Ainda bem que conheci o Inbound! — suspirou, após morrer um pouco por dentro com as lembranças desafortunadas.

Enquanto os amigos dialogavam, Arthur recebeu o email que tanto esperava. Ele havia feito um lançamento incrível de co-marketing com uma outra empresa do ramo chamada SMarketing. Arthur escreveu todo o material e agendou o disparo. Os parceiros fizeram apenas a landing page. No fim das contas, eles repartiriam os leads.

Pelo menos era o que Arthur pensava.

Arthur, bom demais?

Cara, você não acredita! O resultado foi incrível! Ninguém poderia fazer a relação entre Marketing Digital e um Parque de Dinossauros como você fez!

A boa notícia é que geramos 42.000 leads em 1 hora! A má notícia é que não vamos poder repartir. Veja bem, eu precisava de um redator fantasma para lançar o material em meu nome. Como não achei ninguém barato, resolvi enganar alguém para fazer de graça!

É isso! Semana que vem eu te informo o número final que você gerou para mim! Muahahaha

ATÉ MAIS, E OBRIGADO PELOS LEADS!

Lembra quando eu disse que Arthur tomou a pior decisão da sua vida? Pois é, não foi essa parceria.

Arthur só teve vontade de matar três pessoas em sua vida. A primeira foi o Robertson (você deve se lembrar dele da parte 1), a segunda foi o Salvio (autor desse email) e a terceira foi a sua cardiologista, que o proibiu de comer bacon (mal sabe ele que isso o rendeu 10 anos de vida a mais. E deve estar imaginando agora: não, não valeu à pena).

— Que foi, Arthur? — perguntou Pecanha ao perceber que o amigo encarava o computador da mesma forma que o Macaulay Culkin está na capa de Esqueceram de Mim. E ele estava já nessa pose durante 30 segundos.

O Guia do Marketeiro das Galáxias

— É… bom… nada! — Arthur não era o tipo de pessoa que admitia um erro.

— Você parece um pouco assustado! Frustrado, diria eu. E com muita raiva. — ninguém sabe se Pecanha voltou do futuro com a capacidade de ler a mente das pessoas. Mas ele voltou.

— De jeito nenhum! Eu tô feliz. Descobri uma ótima forma de conseguir links bons para os nossos posts! Afinal, posts sem link não rankeiam no Google! — uma mudança de assunto sutil.

— Ótimo! Parceiros novos de guest? Conteúdo de qualidade pra conseguir links naturais? — perguntou um curioso e interessado Pecanha.

— Melhor ainda! — Arthur se assentou e tomou um gole da sua xícara de café.

***

Segundo o Guia do Marketeiro das Galáxias, o Café é a principal bebida na vida de um marketeiro ou publicitário. Apesar de o álcool ser o melhor amigo, o cachorro engarrafado, e o principal aliado em tempestades cerebrais, é o café o verdadeiro combustível do publicitário.

Segundo o Guia, o café está para o publicitário assim como a gasolina está para o carro. É ele quem move o profissional. Seria impossível despertá-lo após uma madrugada de trabalho regada a pizza se não fosse uma generosa dose de cafeína!

O Guia ainda indica diferentes tipos de café para os Marketeiros:

— Acorda!: café forte

— Acorda (palavrão): café muito forte

— Vintage: café com leite;

— Café das ideia: café com Whisky

— Café Mineiro: café com pão de queijo

— Lágrima: café após refação do cliente

— Cortado: café após cancelamento com o cliente

— Publicitário: cafÉgo

— Marketeiro: resto do café de ontem

A lista do Guia é bem extensa, mas esses são apenas alguns que você precisa saber. O livro também indica que o Marketeiro confie na bebida e sempre se abasteça de café. E finaliza usando um trecho de uma canção de um famoso poeta brasileiro:

“Andar com fé eu vou, café não costuma faiá”

Naquela manhã, Arthur estava tomando um caféstelar. O café para quem quer começar o dia brilhando. O que não deu muito certo.

***

— Como assim melhor ainda? — perguntou Pecanha, com um olhar bem desconfiado.

Pecanha parecia sentir que Arthur havia tomado uma péssima decisão. Lembra da pior escolha que Arthur teve em sua vida? Ainda não foi essa.

— Recebi um email com uma ótima proposta!

— Email de quem?

— De um indiano careca! — Pecanha estremeceu com as palavras de Arthur — estou trocando links com ele!

— Cara! Não! Isso é errado! Isso é black hat!

— Uhum. Black hat! — piscou com ironia.

— Cara, isso é sério! Corta essa estratégia! Pode trazer problema pra gente — Pecanha soava bem tenso.

— Aham! Vou cortar essa estratégia — outra piscadela.

Arthur não sabia ler as pessoas como Pecanha. E, já que Arthur não conseguia compreender o tom de voz, Pecanha tentou uma conversa mental. Encarou Arthur com um olhar de repreensão, decepcionado. Balançou a cabeça negativamente e abriu os braços.

Arthur sorriu sem mostrar os dentes e arregalou levemente os olhos como quem finalmente entendeu. E aí… outra piscadela.

As próximas palavras ditas por Pecanha não cabem neste blog. Se você quiser ler a versão NSFW, clique nesse link por sua conta e risco. Para você que quer permanecer firme nessa história, faremos em nossas mentes uma imagem relaxante.

Imagine uma cachoeira desaguando nas costas de uma sorridente baleia. A baleia está de boca aberta cantando enquanto os pássaros gorjeiam ao seu redor.

— Você quer que a polícia do Google puna o nosso site? — voltamos em um bom momento da conversa. Pecanha ainda tinha o tom de voz bem elevado, mas a parte mais tensa já estava findada.

— Polícia do Google? — riu Arthur. — Isso nem existe, Pecanha!

Sabe aquelas cenas ridículas de filme em que a pessoa revela um segredo no exato momento em que quem não podia ouvir está passando? Ou quando o vilão de Malhação rouba um beijo da mocinha no exato segundo em que o namorado dela entra na sala? Pois é, apesar de altamente peculiar, nem a história que você ora lê se livrou de um momento clichê como esse. Mesmo sabendo que a chance disso acontecer na vida real é de aproximadamente 1 em 3.720.

Mal as palavras haviam saltado da boca de Arthur, o teto da Rocket rachou. Houve um sonoro crack! Por sorte ainda era muito cedo na manhã e quase ninguém tinha chegado para trabalhar. Ainda eram 9:30.

Dessa enorme rachadura saíram quatro peculiares criaturas. Eram quatro robôs, bem estranhos por sinal. Os corpos eram revestidos de metal e eles eram bem redondos. Não sei se faz sentido dizer isso, mas eram robôs gordos. Apesar das caras de mal, eram até fofos e bem posudos.

Os três primeiros giraram no ar e caíram estilosamente de pé. O quarto despencou do alto caindo de cara no chão e dizendo “ai” de forma triste. Os quatro robôs se posicionaram lado a lado. Cada um era de uma cor. Um verde, um azul, um amarelo e um vermelho.

— Nós somos a polícia do Google! — disse o azul, que aparentava ser o líder.

— Nós somos a polícia do Google! — disse o amarelo.

— Nós somos a polícia do Google! — disse o verde.

— Vermelho! — disse o vermelho.

Policia do Google

Capítulo 6

Para muitos, a polícia do Google é um mito. Mas, para a infelicidade dos profissionais de SEO que usam práticas ilícitas para conseguir rankings, ela é real. A verdade é que quem se encontra com ela jamais se esquece.

Foi Pecanha o responsável por preencher um capítulo a respeito da polícia do Google no Guia do Marketeiro das Galáxias. As palavras escritas por ele e posteriormente revisadas por Humberto Google (fundador da Google) foram:

A polícia do Google é formada por uma equipe de robôs que procuram por sites e blogs que utilizam práticas ilícitas (também chamadas de Black Hat) para alcançar boas posições nas SERPs (páginas de resultados do Google). São robôs de uma família diferente dos crawlers — que identificam essas irregularidades e passam para a polícia. 99% das pessoas que tiveram um encontro com a polícia do Google foram exterminados… das páginas de resultados, recebendo uma justa punição.

É altamente recomendado que você não tente enfrentá-los. Caso encontre-os, assuma o erro, sofra a punição e corrija os seus problemas. Jamais chame-os de “robôs redondos” ou diga “vocês devem ter cometido algum engano!”

Pecanha tentou contar para Arthur Douglas a respeito da polícia do Google, certa vez, mas seu amigo não acreditou. Disse que acreditava apenas “naquelas coisas que eu posso ver e tocar! Não acredito, por exemplo, em Gisele Bundchen!”.

***

Pecanha e Arthur Douglas estavam perplexos. Encaravam aquelas 4 figuras sem ideias do que fazer. Pecanha temia o pior. Sabia que os robôs só apareciam fisicamente em casos graves e que eles provavelmente iriam exterminá-los… das páginas de resultados do Google.

— Quem são vocês? — perguntou Arthur.

— Caso você não tenha entendido nas primeiras três vezes que eles falaram, eles são a polícia do Google. — Pecanha demonstrava descomunal impaciência. Sabia que a péssima decisão de Arthur poderia custar anos de estratégia de conteúdo e SEO.

— Nós somos a polícia do Google! — Repetiu o azul. Amarelo e verde repetiram na sequência.

Pecanha tentava pensar em alguma forma de livrá-los dessa situação. Apesar do erro de Arthur, seria injusto uma punição tão severa por um ato inocente de uma alma ignorante.

— Bem-vindos! Querem se assentar? Assim podemos conversar melhor! — a hospitalidade mineira poderia apaziguar a polícia, pensou Pecanha.

— Nós somos a polícia do Google! — disse o vermelho. Os três olharam para ele bravos. O robô vermelho acenou com a cabeça confiante.

— O que vocês acham de tomar um café?

— Não viemos aqui tomar café! Viemos puni-los pela grave infração da lei. A tentativa de burlar o Grande Senhor Google! — afirmou o líder azul.

— Exatamente! Falou muito bem! Não poderia ter dito melhor! Você é muito sábio azul! — amarelo e verde exaltavam o seu líder. Mesmo ele não tendo dito nada de muito incrível.

— Caros robôs redondos, vocês devem ter cometido algum engano! — mal sabia Arthur que as suas palavras seriam a sua ruína.

— Ele nos chamou de redondos! — berrou o amarelo!

— O que ele quis dizer com isso? — arguiu o verde.

— Eu aceito o café! — alegremente exclamou o vermelho. Ninguém deu bola para ele.

— Ele está fazendo humor depreciativo caçoando de nossa forma física! — esbravejou o azul.

— Puxa chefe! Que percepção! Você é muito inteligente — disseram verde e amarelo.

— Qual a punição para o crime deles? — perguntou o líder.

— Ordem de restrição! Eles não podem se aproximar mais de 10 posições da primeira posição das buscas do Grande Senhor Google, chefe!

— Vamos aumentar essa punição! Esses galhofas vão aprender a não menoscabar a nossa forma física! Vamos excluí-los de todas as buscas do Google! Rárárá!

Pode parecer mentira (e é!), mas no exato momento em que azul disse isso, caiu um relâmpago do lado de fora da Rocket, deixando a sua risada ainda mais sinistra.

— De boa! Ainda teremos o Bing!

— A única coisa que as pessoas buscam no Bing é “Google”! — anos depois, Pecanha descobriu a ignorância de sua afirmação; “baixar Google Chrome” também possuía um alto volume de buscas. A irritação do momento não permitiu um julgamento mais acurado.

— Você disse galhofas! — riu o vermelho.

Após a sinistra risada do azul, os três robôs (exceto o vermelho) recolheram as suas mãos, deixando um canhão de íons em seu lugar. Eles apontaram os canhões para os dois amigos. Se em 2016 já existissem máquinas do tempo, Pecanha com certeza teria voltado atrás e nunca teria convidado Arthur para a empresa. Mas não havia máquina do tempo. Aliás, não havia tempo nenhum.

— Passem o computador do administrador! — disseram os três. Enquanto isso, o vermelho falhava miseravelmente ao tentar pegar o caféstelar que Arthur deixara no chão ao lado da rede.

São nesses momentos de crise que se fazem os heróis. Sem pestanejar, Arthur tomou uma rápida decisão (que ainda não foi a pior de sua vida). Imaginando que um canhão de íons demoraria pelo menos 10 segundos para carregar, eles teriam tempo suficiente para pegar o computador do admin — que por aquelas coincidências que só os autores e roteiristas sabem explicar, estava na mesa ao lado de onde ocorria a discussão — e se esconder na sala do CEO Edmarketing.

Poderia ter acontecido exatamente o que Arthur planejou, porém os canhões de íon já carregavam em 9 segundos desde o ano anterior. Falha grave. A porta ainda estava 13/104 (treze cento e quatro avos) aberta quando o tiro passou pela fresta. Pecanha e Arthur, que correram desesperados para se esconder na sala, por sorte não foram atingidos.

Quem não teve essa mesma sorte foi Glen, estagiário que estava deixando um café para Edmarketing em sua sala, que teve o seu crânio atingido em cheio pelo disparo. Por sorte, a arma estava configurada no modo atordoar e ele sofreu apenas um desmaio. Por azar, a blusa atingida pelo café era branca. Mas Glen não terá nenhuma relevância nessa história, apenas possibilitar que você faça uma imagem mental tão engraçada quanto conseguir. Obrigado, Glen!

Arthur fechou a porta e saltou atrás da mesa do CEO seguido por Pecanha, que vedou a porta com alguns post its (o item que todo Marketeiro das Galáxias sempre tem consigo). Arthur estava abraçado com o computador do admin.

Os três robôs corriam em direção à sala com os canhões carregados. Vermelho vinha um pouco atrás. Tinha medo de correr, pois era muito estabanado.

— E agora? Quem poderá nos defender? — Arthur estava apavorado.

Até os dias de hoje ninguém soube responder se a figura heroica que surgiu naquele momento já estava na sala esperando um momento oportuno de se manifestar ou se entrou de forma mágica.

— Eu! — disse uma figura que utilizava um grande sombrero e um poncho enquanto ressoava a melodia dos mariachis. Tratava-se de um dos fundadores da empresa, um andróide de última geração que tinha conhecimento sobre tudo e nunca dormia. — Don Diego de las Leads! — deu um confiante sorriso com o seu enorme bigodão.

Guia do Marketeiro das Galáxias

— Don Diego? — Arthur nunca acreditou que Pecanha era do futuro, mas acreditava que Don Diego era um robô. Seu raciocínio rápido, sua incapacidade de dormir, seu veloz processamento de ideias e capacidade de produção não poderiam vir de um ser humano.

Do lado de fora da sala os robôs encaravam a porta. Amarelo e verde aguardavam o sinal do líder enquanto vermelho já estava na metade do caminho.

— Vamos destruir a porta! — azul abaixou o braço esquerdo e um triplo disparo explodiu a porta de Edmarketing.

— Explodimos a porta! — disseram os três juntos. Eles caminharam e se posicionaram exatamente onde outrora houvera porta. — passem o computador!

Don Diego de las Leads assumiu o protagonismo e se posicionou à frente dos companheiros. Entendedor de SEO, sabia como agradar o Google.

— Ó majestosos servos do Grande Senhor Google. Como eu, vós sabeis há grande inferioridade por parte dos seres humanos, em especial desse exemplar de homo sapiens chamado Arthur Douglas. Ele foi enganado pela Máfia das Redes Sociais, um grupo liderado pelo careca indiano Ovo Louco. Esse grupo engana novatos no Marketing Digital para uma rede de links. Para entrar nessa rede a pessoa envia links para o site do indianos e depois ganha permissão para trocar com os outros integrantes, menos com o site do Ovo Louco. Entrando para uma rede de link building. Assim, Ovo Louco recebe links e não precisa mandar de volta!

Foi movida por ignorância a decisão do amigo Arthur de entrar para o grupo, nunca de manipular o Grande Buscador, o Senhor de Todas as Respostas, Google. Portanto, peço que reconsidere a punição. Em troca, posso delatar e entregar a localização do Ovo Louco. Você arrancam a cabeça da serpente e achará favor perante o Senhor Google!

Não sabemos se o lindo discurso de Don Diego de las Leads funcionou ou não. Os robôs até estavam abaixando as armas quando repentinamente os três explodiram.

Pecanha, Don Diego e Arthur arregalaram os olhos sem compreender o que havia acontecido. Atrás da fumaça e dos farelos de metal que caiam de encontro ao chão estava Vermelho apontando o seu canhão de íons em direção aos três.

— Destruímos a porta! — afirmou.

Don Diego e vermelho conversaram por cerca de 2 horas. Vermelho entendeu, por fim, que seus companheiros estavam mortos. Mais 4 horas se passaram e Diego o convenceu da inocência da Rocket. Depois disso Diego limpou todos os links nocivos e cortou qualquer relação com a Máfia das Redes Sociais.

Enquanto isso, Pecanha e Arthur se reconciliavam e o homem do futuro revelou ao seu amigo que havia entendido a sua verdadeira missão!

— Nada de atualizar dados sobre outdoors! Minha verdadeira contribuição para o Guia é explicar como o Google funciona! E quero sua ajuda!

— Descobrir tudo?

— Tudo! Como funciona o algoritmo, os animais, qual o plano deles… tudo!

— Incrível! Tô dentro! Vou te ajudar com o que precisar.

— Ótimo! Mas eu não faço ideia de por onde começar!

— Pecanha, eu tive uma ideia. — e foi assim que Arthur tomou a pior decisão de sua vida… — Vamos entrar no Google! Vamos encontrar a central de todo o pensamento que move o buscador. Don Diego poderá nos acompanhar e usaremos o Vermelho como nosso guia! Ele conhece o Google e pode nos levar até o seu grande Senhor.

Pecanha gostou da ideia. E foi assim que começou a jornada de Arthur, Pecanha, Don Diego e Vermelho até O Buscador no Fim do Universo.

***

Final da parte 2

Bom, espero de verdade que você tenha chegado até aqui.

Na próxima parte você acompanhará a jornada desse grupo até o Buscador no Fim do Mundo.

Acredito que a terceira será a parte final. E quem sabe não saia mês que vem dessa vez.

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Ah! Não deixa de comentar aí o que você achou da parte 2 😉

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André Mousinho Rock author vector
Especialista em Marketing de Conteúdo e SEO

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