História do WordPress: saiba como surgiu um dos maiores CMS do mundo!

A história do WordPress se confunde com o processo de expansão da internet para fins comerciais. Hoje, esse CMS domina o mercado e impulsiona sites e blogs de todos os tipos, incluindo lojas virtuais. Mas como o sistema chegou tão longe? Conheça mais sobre sua trajetória!

Atualizado em: 23/11/2021
história wordpress

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Você se lembra da época em que só empresas com maior capacidade financeira podiam contar com um website de alta qualidade? Parece uma realidade distante, não é? Se, hoje, empreendimentos de todos os tamanhos e setores têm a oportunidade de contar com sites eficientes, adequados aos seus propósitos, muito se deve à história do WordPress.

Criado em 2003, o CMS mais popular do planeta é um dos protagonistas no processo de democratização da internet. A plataforma permite a criação e o gerenciamento de websites a partir de um processo reconhecido como simples e intuitivo. Mas, é claro, muita coisa aconteceu para o WordPress chegar ao patamar atual.

Nosso objetivo neste texto é falar exatamente sobre isso. Vamos pontuar os motivos que tornam a ferramenta tão relevante atualmente e, depois, voltar no tempo para contar a história do WordPress, passando pelo seu surgimento, suas diferentes versões e seus fundadores.

Confira os tópicos que vamos abordar:

    E aí, quer saber mais? Continue lendo!

    O que é o WordPress e qual sua relevância?

    Para entender a relevância atual do WordPress, você precisa conhecer os conceitos básicos de Marketing Digital e vendas pela internet. Pode até soar como um clichê, mas o fato é que, graças à transformação digital, a atual relação entre consumidores e empresas acontece, em grande parte, na internet.

    Dessa forma, não é exagero afirmar que, para buscar sucesso no meio digital, qualquer marca precisa contar com canais online que possibilitem uma relação transparente e próxima com o público. Aqui, é claro, não podemos nos esquecer de vias como as redes sociais, o email marketing etc.

    Explorar diferentes canais é, sim, fundamental. Contudo, em qualquer tipo de abordagem na internet, é imprescindível contar com um site para servir de base para o negócio. As características do portal, obviamente, podem variar.

    Algumas empresas mantêm websites bem simples, que se resumem a contar um pouco da história da marca e servir como centro de redistribuição de tráfego: as pessoas que chegam até ele encontram links que as levam às redes sociais da empresa ou a uma loja virtual específica.

    Outras companhias, contudo, preferem sites completos, que incluem a produção de conteúdos em blogs, chats de atendimento, opções de compras virtuais e muito mais. Observando esse cenário, fica claro que cada negócio monta seu website de acordo com as próprias necessidades, não é?

    E é por isso que o WordPress é tão relevante atualmente. Com muitas funcionalidades, a ferramenta permite a criação de sites parta todos os gostos, permitindo que o criador, mesmo sem conhecimento em programação, elabore páginas que reflitam a identidade e os diferenciais da empresa.

    O que torna o software ainda mais completo é o fato de que ele não se resume a um criador de sites de alta qualidade. O WordPress é um CMS, sigla que, em tradução livre para o português, representa Sistema de Gerenciamento de Conteúdo. O que isso significa?

    Basicamente, o usuário do WordPress pode fazer uma gestão completa de suas páginas, adicionando e removendo conteúdos, fazendo otimizações de SEO e tornando o site cada vez mais atrativo para a persona.

    Além disso, o sistema preza muito pela segurança dos dados dos usuários, realizando atualizações rotineiras para melhorar a usabilidade e garantir a manutenção do padrão de qualidade e segurança. Podemos afirmar, portanto, que é a solução mais completa e acessível do mercado. Mas como ela chegou até esse patamar?

    Quando e como surgiu?

    Tudo começou em 2002, de forma completamente despretensiosa. Matt Mullenweg, então estudante de Ciências Políticas na Universidade de Houston, nos Estados Unidos, começou a utilizar um sistema de bloggin criado por Mike Little. O projeto, distribuído pela GNU, era conhecido como b2 ou cafelog.

    Matt se tornou um utilizador assíduo do sistema, o que lhe gerou frustração quando soube que o projeto seria descontinuado por decisão de seu criador. Em seu blog, ele postou uma mensagem lamentando a falta de atualização do b2/cafelog, mas ressaltando que, como o sistema tinha código aberto, era possível criar uma variação do projeto.

    É aí que a mágica acontece. Sem nunca ter tido contato com Matt Mullenweg, Mike Little respondeu ao post se colocando à disposição para contribuir no novo projeto, se fosse realmente algo sério. Confira a mensagem original deixada por Little no dia 25 de janeiro de 2003:

    história wordpress

    Fonte: https://www.wpexplorer.com/history-wordpress/.

    O processo entre essa primeira interação e o surgimento do WordPress se deu rapidamente. No dia primeiro de abril do mesmo ano, Matt publicou um fork (espécie de cópia) do código do b2/cafelog e o armazenou no Sourceforge. Então, a dupla passou a trabalhar na sua otimização.

    O foco do projeto era manter a plataforma simples para todos os utilizadores e, por isso, Matt dedicou grande parte de seu trabalho à padronização do HTML, evitando envolver habilidades em MySQL ou PHP. Seus esforços também eram voltados a tornar o sistema, que ainda não tinha nome, acessível em qualquer dispositivo.

    A responsável pelo nome foi Christine Tremoulet e, no mesmo mês de abril, o WordPress.org foi lançado. A primeira versão disponível incluía fóruns de suporte, documentação esquemática e recursos de desenvolvimento de blog. Na página inicial, lia-se, em inglês, a mensagem:

    “WordPress é uma plataforma semântica de publicação pessoal com foco em estética, padrões web e usabilidade”.

    Chamada de WordPress 0.7, a versão logo evoluiu para 0.71 e, em janeiro de 2004, chegou à versão 1.0. Nesse meio tempo, o fórum e o ambiente colaborativo atraíram diversos programadores e entusiastas do projeto, formando uma comunidade sólida e numerosa que continua investindo no contínuo desenvolvimento do software.

    Qual a história do WordPress em números?

    Nada melhor do que números para reforçar uma informação. Até aqui, deixamos claro como o esforço coletivo e eficiente de diversos desenvolvedores levou o WordPress a uma posição de destaque no mercado. Mas como é, exatamente, esse domínio do CMS?

    Se olharmos para todos os sites da internet, o sistema está presente em cerca de 37%. Agora, se formos mais específicos e focarmos no mercado de CMS, os números são ainda mais impressionantes: 63% dos portais que utilizam algum Sistema de Gerenciamento de Conteúdo dão preferência ao WordPress.

    A título de comparação, confira o market share de seus principais concorrentes de CMS:

    • Joomla: 4.6%;
    • Drupal: 3.0%;
    • Squarespace: 2.7%;
    • Wix: 2.3%.

    Os números servem, também, para desfazer certos mitos. Você já pode ter ouvido, por exemplo, que o WordPress é uma opção adequada e utilizada apenas por sites de menor porte, ou seja, de empresas com menos poder de investimento. Bem, é verdade que marcas tendem a preferir o CMS, mas as maiores tomam a mesma decisão.

    É isso mesmo, sites de enorme projeção, como o do Magazine Luiza, da CNN e do Spotify são clientes do WordPress. E não são exceções. Confirmamos isso com a ferramenta Built With, que analisa a porcentagem de mercado que o sistema domina de acordo com certos filtros.

    Entre os 10 mil primeiros colocados da Quantcast, uma lista que indica os sites com maior tráfego na internet, o WordPress está presente em 39.75%. Entre primeiros 100 mil, o market share é 37.73%, enquanto no top 1 milhão o CMS figura em 33.39%. Bastante equilibrado, não é?

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    E se você pensa que não há espaço para mais crescimento, se enganou. O WordPress não dá sinal de desaceleração e gera, atualmente, cerca de 500 novos sites diariamente. A cada segundo, 17 posts são criados em sites WordPress ao redor do mundo.

    Assim, o market share também cresce. Entre 2011 e 2020, o market share geral do WordPress passou de 13.1% para 39.6%, de acordo com o W3Techs. Grande parte desse crescimento se deu nos últimos anos: a fatia de mercado aumentou quase 10% em apenas 2 anos, entre 2018 e 2020.

    Parte da popularidade do sistema pode ser explicada pela vasta variedade de plugins de qualidade que podem ser utilizados para os mais diversos fins, gerando experiências cada vez mais rápidas e eficazes.

    história wordpress

    São mais de 57.000 plugins disponíveis para os usuários, o que já gerou mais de 1 bilhão de downloads. Um dos destaques, sem dúvidas, é o WooCommerce, especializado na criação e gerenciamento de lojas virtuais. Com 30 milhões de downloads, a aplicação serve 28% dos ecommerces mundo afora.

    Sempre em desenvolvimento, o WordPress já lançou 36 versões oficiais diferentes, cada uma com atualizações importantes para a usabilidade e segurança das páginas. Contudo, apenas 22% dos sites atuais estão atualizados com a última versão.

    O problema? 68% das páginas que sofrem ataques usam versões antigas.

    Por isso, é fundamental ficar atento aos lançamentos, que, aliás, ocorrem a cada 152 dias, em média. Para muitos, contudo, o mais curioso dessas versões não são suas funcionalidades, mas sim seus nomes, que são um tanto curiosos. Continue lendo para saber mais!

    De Miles Davis a Billy Eckstine: quais foram as versões lançadas ao longo dos anos?

    Agora que você já conhece as informações mais relevantes sobre a história do WordPress, bem como as características responsáveis pelo atual domínio do CMS no mercado, vamos fazer um apanhado sobre todas as versões já lançadas, desde a primeira, lá em 2004.

    O que você vai notar é que todas elas têm algo em comum: nomes em homenagem a grandes músicos do jazz. A ação é motivada pura e simplesmente pela admiração dos criadores por esse gênero musical. Vamos aos nomes!

    Versão 1.0: Davis

    Embora a 0.7 tenha sido a primeira versão oficial, a 1.0 marca a mudança de estrutura da plataforma, que antes espelhava a cafelog. As principais novidades foram links amigáveis a mecanismos de busca, simplificação do processo de instalação e moderação de comentários.

    O nome homenageou Miles Davis, um dos músicos mais influentes do século 20.

    Versão 1.2: Mignus

    Charles Mignus Jr., que emprestou o nome a essa atualização, foi um compositor, baixista e líder de banda extremamente influente na cena de jazz americana. A versão que o homenageia foi marcante, já que introduziu elementos que sustentam o uso de plugins.

    Versão 2.0: Duke

    Duke Ellington, que fez parceria com Strayhorn durante sua trajetória, deu nome à versão que introduziu ferramentas de administração mais eficazes. Além disso, as atualizações aumentaram a velocidade de postagem e do upload de imagens.

    Versão 2.1: Ella

    Primeira mulher a aparecer na lista, Ella Fritzgerald é conhecida como a “Rainha do Jazz” e venerada por sua potência vocal. A versão homônima do WordPress corrigiu problemas de segurança, redesenhou a interface e melhorou ferramentas de edição.

    Versão 2.2: Getz

    A versão 2.2 realizou, majoritariamente, otimizações de velocidade. O nome homenageia Stanley Getz, que, para muitos, foi um dos maiores saxofonistas de todos os tempos.

    Versão 2.3: Dexter

    Dexter Gordon é outro saxofonista que dá nome a uma versão do WordPress. Nesse caso, as atualizações focaram em melhorias de segurança e modificaram o sistema de notificações.

    Versão 2.5: Brecker

    Dono de 15 prêmios Grammy, Michael Brecker deu nome à versão 2.5. A atualização trouxe mudanças profundas no dashboard, introduziu o upload simultâneo de diversos arquivos e melhorou o sistema de plugin.

    Versão 2.7: Coltrane

    John Coltrane é um dos nomes mais importantes do jazz americano e, também, uma das versões mais revolucionárias do WordPress. As mudanças incluíram uma reconfiguração completa da interface administrativa e a introdução de elementos de automação.

    Versão 2.9: Carmen

    Nome proeminente entre os cantores do século 20, Carmen McRae foi a escolhida para batizar a versão 2.9 do WordPress, que introduziu um editor de imagem embutido e outros recursos voltados para conteúdo visual.

    Versão 3.0: Thelonious

    Thelonious Monk é o segundo compositor de jazz mais gravado da história, atrás apenas de Ellington. Na versão que leva seu nome, o WordPress trouxe como principal novidade a funcionalidade multisite.

    Versão 3.1: Reinhardt

    Primeiro não americano da lista, Django Reinhardt, belga, foi um dos maiores guitarristas europeus de todos os tempos. A versão inspirada nele introduziu a Admin Bar, funcionalidades de microblogging e diversos outros recursos.

    Versão 3.4: Green

    Essa versão, que leva o nome de Grant Green, trouxe a integração com o Twitter, melhorou a personalização de temas e resolveu alguns problemas menos expressivos.

    Versão 3.5: Elvin

    Primeiro compatível com displays de retina, essa versão foi nomeada em homenagem a Elvin Jones.

    Versão 3.7: Basie

    A versão 3.7 trouxe recomendações mais seguras de senhas e aplicou automaticamente updates de segurança e manutenção. O nome vem do pianista William Basie.

    Versão 3.8: Parker

    A versão que leva o nome de Charlie Parker é lembrada por suas mudanças radicais no dashboard, que se tornou muito mais simples.

    Versão 4.0: Benny

    Lançado em 2014, a versão batizada de Benny Goodman melhorou a experiência de gerenciamento do sistema, com foco nos conteúdos escritos.

    Versão 5.0: Bebo

    A versão 5.0, com referência ao cubano Bebo Valdés, trouxe a mudança mais relevante em muitos anos: o editor Gutenberg. Embora tenha sofrido críticas no início, hoje é evidente que o programa revolucionou a criação de páginas ricas em mídia.

    Versão 5.4: Adderley

    Com nome que homenageia Nat Adderley, esse update adicionou ícones sociais e botões de bloqueio, além de otimizar a interface e melhorar os recursos para exportação de dados.

    Versão 5.5: Eckstine

    Versão lançada em agosto de 2020 e que homenageia Billy Eckstine, essa atualização trouxe algo chamado “lazy-loaded” , que faz com que as imagens só sejam carregadas quando o usuário estiver prestes a visualizá-las. O objetivo é tornar a experiência mais rápida.

    Além disso, os sites incluem, por padrão, um sistema XML, essencial para a otimização em mecanismos de busca.

    A história do WordPress deixa claro que o CMS não é o destaque do mercado por acaso. Com atualizações constantes, recursos avançados e interface intuitiva, o sistema torna-se um aliado essencial para qualquer estratégia de Marketing Digital, possibilitando o alcance de resultados ainda mais expressivos.

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