Você já reparou que algumas marcas são tão consolidadas em seus nichos que o público utiliza seus nomes para se referir a alguns produtos?
Pense, por exemplo, em uma lâmina de barbear. É provável que você a chame de Gillete, mesmo que o item seja produzido por uma concorrente da companhia americana.
Esse patamar só pode ser alcançado com o planejamento e a execução de uma estratégia eficiente. Não basta criar um produto de qualidade, é preciso saber como trabalhar sua imagem, posicioná-lo de forma correta no mercado e garantir que agregue valor para o consumidor.
Se hoje podemos utilizar a internet para otimizar a busca por esses objetivos, houve um tempo em que o processo era conduzido de forma diferente.
Neste artigo, vamos explorar o Marketing Convencional e seus principais conceitos para, depois, apontar suas diferenças em relação ao Marketing Digital. Confira!
O que é o Marketing Convencional?
Para começar, é importante ressaltar que o modelo tradicional de marketing não deve ser tratado como algo ultrapassado.
Embora seja verdade que o Marketing Digital vem ganhando cada vez mais força entre as empresas, muitas ainda contam com estratégias eficientes que utilizam a abordagem convencional.
Dito isso, podemos afirmar que, mesmo com a evolução do marketing offline nos últimos anos, seus conceitos e técnicas ainda são semelhantes àqueles de antes da transformação digital.
Vale lembrar que não se trata de uma atividade exclusivamente publicitária. A concepção do marketing é muito mais abrangente do que isso, envolvendo desde a criação da identidade da empresa até a escolha dos locais de venda de um produto.
São muitas as definições utilizadas para descrever essa atividade, mas poucas são tão claras e diretas quanto a apresentada por Philip Kotler, em seu livro “Administração de Marketing”. Segundo o autor, marketing é o ato de suprir necessidades gerando lucro.
Embora curta, a afirmação é extremamente precisa em seu contexto. Assim, podemos enxergar o Marketing Convencional como um conjunto de esforços para estabelecer uma relação lucrativa com o mercado consumidor. Que tipo de esforços são esses? É o que veremos no próximo tópico.
Quais são seus principais conceitos?
Desde que o mercado se tornou mais aberto para a entrada de outras empresas, incentivando a competição, gestores e acadêmicos desenvolvem técnicas e conceitos para a melhor aplicação do marketing.
Um dos mais importantes desses estudiosos foi Jerome McCarthy, criador do marketing mix.
A ideia desenvolvida por McCarthy em 1960 é, até hoje, aplicada pela maioria dos profissionais da área.
O mix de marketing é um conjunto que inclui os 4 Ps que são considerados os pilares essenciais de qualquer estratégia de mercado: produto, preço, praça e promoção.
A seguir, falaremos sobre cada um deles.
P de Produto
O primeiro P se refere a um elemento essencial em qualquer empresa: o produto. Na teoria criada por McCarthy, ressalta-se a importância de entender tudo o que envolve o item que está sendo oferecido pelo negócio. Só assim é viável criar uma estratégia eficiente.
Lembra que Kotler atrelou o marketing ao atendimento de necessidades com o objetivo de gerar lucro? Pois bem, para desenvolver um produto de sucesso é preciso, acima de tudo, entender qual tipo de necessidade do cliente ele pode suprir.
Sabemos, porém, que qualidade não é mais suficiente para garantir a venda de um item. Por isso, outras questões precisam ser abordadas, como:
- Quais são as cores, tamanhos e estilos oferecidos?
- Como, quando e em que situação o cliente pode utilizá-lo?
- Como ele se diferencia de outros produtos já existentes?
P de Preço
Na busca pelo lucro, é impossível não considerar o preço, o que torna esse P tão importante para a sobrevivência de qualquer empreendimento.
Portanto, na montagem de uma estratégia de marketing tradicional, é importante considerar as seguintes questões:
- Qual é o valor do produto para o consumidor?
- Quais são as faixas de preço de produtos semelhantes no mercado?
- Quanto o consumidor está disposto a pagar pelo item?
Com as respostas para essas perguntas, é possível estabelecer um preço equilibrado, ou seja, que caiba no bolso do consumidor e, ao mesmo tempo, gere retorno sobre o seu investimento.
P de Praça
Esse P causa alguma confusão, a começar pelo nome. Na versão original, em inglês, o conceito se refere à palavra placement, que pode ser entendida como colocação de mercado. Na tradução oficial, porém, optou-se pela palavra “praça”, a fim de manter a letra inicial.
Dito isso, a ideia desse elemento é estruturar o caminho do cliente até o seu produto. É essa a parte da estratégia responsável por definir locais de venda, tipos de estabelecimento e até o posicionamento em gôndolas de mercado.
A colocação de mercado é essencial para o funcionamento eficaz do planejamento, já que um produto sem público, por melhor que seja, não gera nenhum tipo de ganho.
P de promoção
O último P é o de promoção, mas não deve ser confundido com ações de liquidação ou ofertas exclusivas. Aqui, o sentido da palavra é mais voltado à forma como você vai promover sua marca e o seu produto. Ou seja, é o momento de definir como sua mensagem de marketing vai chegar ao consumidor.
Para tal, é necessário estudar o comportamento do cliente e encontrá-lo nos canais de sua preferência.
Se o seu público é formado por adolescentes, por exemplo, você não vai querer gastar tempo anunciando em canais de TV com pouca audiência dessa faixa etária.
Com o investimento na promoção de sua marca, você tem a oportunidade de ganhar o top of mind de seus consumidores, como fez a Gillete.
Esse mesmo objetivo, porém, pode ser alcançado de forma menos custosa com uma abordagem de Marketing Digital. No próximo tópico, vamos listar as principais diferenças entre as duas modalidades.
Marketing de Causa: o que é e como usá-lo corretamente
Marketing Sensorial: o que é e como aplicar essa estratégia?
Como o Marketing Digital se difere do convencional?
O avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas mudou completamente nossa estrutura social. Por meio de redes sociais, nós nos conectamos e interagimos com marcas de nosso interesse. Aliado a outros fatores, isso impulsionou o progresso do Marketing Digital.
Ao contrário do modelo tradicional, essa abordagem possibilita um alcance mais eficiente do público. Isso porque, ao contrário dos anúncios em TVs, revistas e jornais, o uso da internet para fins publicitários permite a segmentação efetiva do público, aumentando o impacto de campanhas e potencializando o engajamento.
Para usufruir dessa característica, marcas investem na criação de personas. Esses personagens representam o cliente ideal da empresa, substituindo a ideia de público-alvo, muito utilizada no marketing fora da internet.
Embora parecidos, os dois conceitos apresentam diferenças marcantes. Enquanto a persona reúne tanto dados demográficos quanto insights sobre as dores e motivações do cliente, o público-alvo é bem menos específico, tratando a audiência de forma mais geral e menos detalhada.
Assim, ao tratar o consumidor de forma mais personalizada, o Marketing Digital possibilita um retorno sobre o investimento maior do que o tradicional. Isso acontece porque, utilizando a persona como base, é possível criar estratégias que convertam de forma mais eficiente, diminuindo o desperdício de recursos.
Mídias digitais e o Marketing de Conteúdo
Quando falamos no ROI do Marketing Digital, é importante ressaltar que existem duas abordagens dominantes e divergentes nessa área. Uma delas é o investimento em anúncios por meio de mídias digitais. Plataformas como o Google Adwords apresentam recursos completos para você atingir sua persona com propagandas.
Embora isso possa soar semelhante ao que vem sendo feito há décadas nos intervalos de programas de TV e rádio, a ideia aqui é diferente. Para começar, as plataformas de anúncio digital possibilitam uma segmentação profunda do público, o que aprimora a taxa de conversão.
Além disso, diferentemente do que acontece em mídias convencionais, a cobrança é realizada de acordo com o alcance de metas. Ou seja, se o objetivo é receber mais cliques, você só será cobrado conforme a audiência realizar essas ações.
O Marketing de Conteúdo, por outro lado, investe em uma estratégia mais orgânica. Por meio da produção de um conteúdo de qualidade e da aplicação de técnicas de SEO, ele atrai o cliente até sua marca sem nenhum custo direto. Os resultados têm se mostrado excelentes.
Por esse motivo, o Marketing de Conteúdo é cada vez mais popular entre gestores da área. De acordo com a última edição da Content Trends, 65,4% das empresas que utilizam a estratégia aumentaram a produção de conteúdos em 2019.
Conhecer as diferentes vertentes do marketing é essencial para qualquer profissional da área. A partir disso, com o devido conhecimento sobre as características de sua empresa, é possível definir a abordagem mais eficiente para os seus objetivos.
Escolher entre o Marketing Convencional e o digital, porém, não é uma obrigação. A integração das duas estratégias é, inclusive, recomendada para lidar com o consumidor 4.0. Afinal, mesmo com a tendência pela digitalização, ainda damos grande valor a experiências físicas.
E aí, ficou clara a diferença entre o marketing tradicional e o digital? A eficiência da abordagem escolhida depende diretamente da qualidade da equipe. Por isso, baixe nosso ebook em que ensinamos a alcançar grandes resultados com pequenos times. Confira!
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