Você já ouviu falar de rede social no mercado financeiro? Essas plataformas ganharam destaque devido à adesão de algumas celebridades, a exemplo de Elon Musk, que usou uma dessas ferramentas para influenciar o mercado de ações.
Nessas redes sociais, é possível acompanhar cotações de ações e moedas do mercado financeiro, fazer perguntas e também compartilhar conhecimento. A possibilidade de interação com outros investidores é uma das grandes vantagens de fazer parte dessas comunidades e, desde 2019, quando chegaram ao Brasil, elas têm feito sucesso.
Algumas trazem como diferenciais simuladores de operações na bolsa, e outras, ainda, possibilitam fazer negociações no mercado financeiro direto pela plataforma. Tem curiosidade e que saber como usar a rede social no mercado financeiro? Então, este artigo é para você. Acompanhe:
Como a rede social no mercado financeiro pode ser usada por celebridades?
O sobe e desce das bolsas de valores é algo bastante comum no cotidiano de quem acompanha os números de investimento, não é mesmo? Essas oscilações são influenciadas por questões internas, mas também, por decisões mais complexas, a exemplo da instabilidade da economia nos países e das políticas internacionais e comércio exterior.
No entanto, quando alguém do mundo dos famosos resolve se expor em algum episódio envolvendo empresas com ações na bolsa, tudo pode acontecer: de oscilações mais bruscas a perda do ânimo dos investidores. Para você ter uma ideia, boicotes, campanhas publicitárias e, até mesmo, entrevistas alteraram o rumo dos papéis no mercado financeiro.
Depois que o fundador da Tesla, Elon Musk, entrevistou Vlad Tenev, também fundador do aplicativo de investimentos Robinhood, na inauguração da rede social Clubhouse, as ações da Clubhouse Media Group (CMGR) foram elevadas em 83%.
O mais peculiar é que os papéis dessa empresa não tinham relação com a plataforma Clubhouse, mas sim, com uma empresa fornecedora de tratamento médico e ensino na área de saúde. Viu como mal-entendidos podem influenciar a bolsa de valores? Fique atento, pois episódios negativos podem ser devastadores para as empresas.
Quais são as principais redes sociais usadas no mercado financeiro?
A expansão das redes sociais usadas no mercado financeiro tem surpreendido muitos especialistas. Isso porque, além de segmentar o público e oferecer serviços como simuladores de operações na bolsa, esses aplicativos ainda tornam possível o usuário fazer negociações no mercado financeiro, de onde quer que eles estejam, dentro da própria ferramenta.
Conheça, a seguir, algumas das redes sociais mais usadas no mercado financeiro!
Vexter
Lançada em 2019, a Vexter surgiu de uma parceria entre a fintech Vexter e a corretora Genial Investimentos. A rede social conecta investidores, possibilitando a interação entre eles, além da simulação de operações e a negociação direta no mercado financeiro.
Essa rede social se conecta a uma plataforma de operações ligada à bolsa de valores, possibilitando a negociação em tempo real, sem que o investidor precise deixar a plataforma. A interação é um dos pontos fortes da Vexter.
Pelo chat, os usuários podem esclarecer as suas dúvidas e também contratar cursos e ter acesso a relatórios produzidos pelos melhores profissionais do mercado financeiro. No entanto, para ter acesso a recursos mais avançados, como operação em tempo real, e acesso a relatórios mais detalhados, é preciso fazer uma assinatura mensal.
Olivia Social
A Olivia Social foi lançada em julho de 2020, motivada pelas restrições de isolamento desencadeadas pelo novo coronavírus. A rede social foi criada pela fintech de mesmo nome que ajuda os usuários a controlarem suas finanças com o apoio de inteligência artificial.
A partir de demandas oriundas dos clientes, os CEOs da fintech passaram a atender via plataforma em busca da solução de dúvidas financeiras. O objetivo também era proporcionar uma maior interação com os usuários.
O diferencial da Olivia Social é que as interações e publicações podem ser feitas de maneira anônima. Isso, de acordo com os fundadores, é para que os usuários se sintam mais confortáveis.
No feed, os conteúdos são classificados por categorias selecionadas pelo próprio usuário, que identificam sua publicação. Existe ainda uma equipe interna que faz a moderação dos conteúdos e um algoritmo para inibir mensagens ofensivas e falsas.
Clubhouse
Diferentemente do que acontece normalmente nas redes sociais, o Clubhouse não busca por compartilhamentos ou curtidas. Toda a movimentação na plataforma acontece por interações com arquivos de áudio, em grupos em que se discutem assuntos ou temas em comum. Portando, essa rede social pode ser usada como uma ferramenta de troca ou apenas como podcast.
Destaca-se na plataforma o fato de que não existe a permissão para que as conversas sejam gravadas, seja pelos usuários, seja pela própria Clubhouse. Para ter acesso à ferramenta, é preciso receber um convite, e toda a rede fica responsável por seguir as regras da plataforma. Assim, caso você envie um convite e seu convidado infrinja alguma regra, tanto você quanto ele são banidos da rede social.
Leadr
Nascida como parte do grupo de investimentos XP, em 2019, a Leadr é uma rede social do mercado financeiro formatada a partir do modelo do Twitter, e disponibilizada aos usuários gratuitamente. O objetivo da ferramenta é proporcionar a interação entre diferentes players, desde investidores iniciantes a experientes e grandes organizações do setor.
Nela, o investidor pode compartilhar os links e imagens como outras redes sociais, com destaque para as “moneytags”. Essas são identificadas pelo símbolo “$” e tornam possível fazer o compartilhamento em tempo real de cotações de moedas, commodities, ações e criptomoedas.
Como ocorre em outras redes sociais, o usuário recebe as publicações conforme os seus interesses e os conteúdos mais curtidos no dia. Na Leadr, você também encontra a função do simulador de operações na bolsa e com criptomoedas em tempo real, além de o usuário poder fazer o compartilhamento da sua carteira virtual dentro e fora da rede, e visualizar a de outros investidores .
Robinhood
Robinhood é um dos mais conhecidos aplicativos no mercado financeiro, e ganhou ainda mais evidência depois do episódio envolvendo Elon Musk. A ferramenta oferece autonomia para investidores independentes, mas a movimentação incomum na bolsa de valores fez a empresa impor limites em sua plataforma.
De acordo com os fundadores, o bloqueio acontece por causa da “volatilidade atual do mercado”, desencadeada, também, pela movimentação incomum da bolsa de valores nos Estados Unidos. Devido aos acontecimentos negativos envolvendo a plataforma, o app mantém uma reputação negativa.
Como a visibilidade de uma empresa pode influenciar seus papéis?
Basicamente, pela confiança. Veja bem, quando você precisa comprar um produto e decidir por uma marca, o mais corriqueiro é procurar opiniões de pessoas e pesquisar sobre a reputação da empresa, certo?
Assim, quando você encontra fatos e referências negativas acerca de uma marca, por mais que a empresa tenha um discurso de “solidez e confiança”, fica difícil confiar nos produtos e serviços dela, não é mesmo?
Logo, a credibilidade é fundamental e impacta diretamente o valor das empresas no mercado. É por isso que é tão importante evitar situações que possam colocar em xeque a imagem de uma empresa.
São vários cases de negócios que perderam (e ainda perdem) valor na bolsa por conta de mal-entendidos e, até mesmo, devido a situações que de fato aconteceram. É o mesmo o que acontece com os políticos. Quando eles perdem a credibilidade, raramente são reeleitos.
Logo, é possível concluir que a rede social mudará o mercado de ações, como fez com a política. Nesse cenário, pensar em estratégias para proteger a imagem da empresa e conquistar a confiança dos públicos de relacionamento é fundamental. Com isso, é possível garantir os números em alta na bolsa de valores e assegurar a credibilidade delas nas redes sociais.
Por que é importante ficar de olho no que pode e no que não pode fazer nas redes sociais?
Reputação, credibilidade e confiança são irmãs que andam juntas. Mas, como garantir que a imagem de uma empresa seja preservada?
Em tempos em que a produção de conteúdo é cada vez mais rápida, essa pode ser, realmente, uma tarefa “quase impossível”, já que as pessoas são livres para falarem o que quiserem. Mas é papel das empresas, em especial, de seus gestores, estar atentas aos detalhes e informações, a fim de se evitar a danos à marca.
Nesse cenário, o monitoramento das redes sociais e de todos os outros canais de comunicação online e off-line das empresas se faz necessário. Além disso, é preciso estar preparado para responder rapidamente às fake news e a outras circunstâncias que possam prejudicar a empresa, a exemplo de condutas envolvendo celebridades e a marca do seu negócio.
A produção de conteúdo relevante, como artigos, vídeos, ebooks, email marketing, entre outros, também é importante para posicionar a empresa de forma efetiva nos canais de comunicação, entre eles, as redes sociais no mercado financeiro.
Lembre-se de que nessas plataformas são encontradas pessoas dispostas a interagir, e quanto mais alinhada a comunicação da sua marca, melhores serão os resultados. Nesse cenário, também vale a pena apostar nos influenciadores digitais. Isso porque pessoas passam mais credibilidade para outras pessoas.
Logo, a humanização da marca é fundamental para ter sucesso também quando o assunto é valorização da marca no mercado financeiro. Aposte em uma linguagem clara e concisa. Dessa forma, o cliente entende que a marca domina o assunto do segmento do qual ela faz parte, aumentado as chances de ganhar a confiança, o que permite mais conversões de leads.
Como usar rede social no mercado financeiro?
As redes sociais no mercado financeiro seguem as mesmas premissas das redes sociais tradicionais, com a diferença de que o conteúdo é voltado para pessoas que já investem na bolsa de valores e também para aqueles que desejam investir.
Com isso em mente, veja a seguir como usar a rede social no mercado financeiro!
Compartilhe conteúdos de fontes seguras
Para fortalecer a comunidade, você precisa compartilhar informações de fontes confiáveis. Isso porque, o objetivo dessas redes sociais é justamente a troca de ideias e informações entre investidores.
Uma informação errada, imprecisa e até equivocada pode causar grandes transtornos. Por isso, a atenção na hora de compartilhar conteúdos deve ser redobrada.
Interaja com os outros usuários
A interação é uma premissa básica das redes sociais. Comente as publicações e dê as suas contribuições sempre que julgar que possui o conhecimento necessário para agregar aos membros da comunidade.
Produza seus próprios conteúdos
Além de compartilhar posts de outros veículos de comunicação e usuários, você também pode gerar os seus próprios conteúdos e incentivar a participação de outros membros. Com isso, a rede social no mercado financeiro fica mais interativa e também informativa.
Diante disso, fica evidente que usar rede social no mercado financeiro exige um olhar estratégico para aproveitar as melhores oportunidades. Ademais, o marketing digital se amplia a cada dia, e estar atento às possibilidades de interação com a marca ajuda a sua empresa a se colocar como referência em seu segmento de atuação.
Se você gostou deste artigo sobre rede social no mercado financeiro, aproveite para saber mais sobre social selling!
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