Atenção! Isto não é um blefe, é bem provável que, de agora em diante, o assunto SEO mobile faça parte de todos os espaços destinados a discutir otimização de sites. Aliás, podemos afirmar que ele nem é uma novidade para quem é especialista em SEO.
Declaramos isso não só porque nos últimos 10 anos há cada vez mais pessoas acessando a internet pelo celular, mas também porque o próprio Google implementou uma política de indexação que prioriza o mobile.
Pensando nisso, hoje, vamos apresentar alguns cuidados que você deve ter para adaptar com sucesso a sua página para o mobile. Confira!
Como as buscas mobile cresceram?
A verdade é que, desde 2015, o Google investe em iniciativas diretamente relacionadas à aplicação do mobile. Uma das principais é o mobilegeddon de 2015, essa é uma indexação que prioriza, exclusivamente, o acesso pelo celular. Basicamente significa que os robôs do Google rastreiam primeiramente o site versão para dispositivos móveis e não estão preocupados em analisar a página para desktop, uma prioridade de outros tempos.
As previsões são que, a partir deste ano, 2021, o Google passe a indexar 100% para mobile. Uma tendência que não é novidade no mundo digital, visto que o uso de celulares não só cresce como se tornou, desde 2017, de acordo com o CETIC.Br a principal forma de acesso à internet dos brasileiros. Segundo a FGV, já somos mais de 230 milhões de aparelhos em uso.
O que é o SEO Mobile?
Deu para perceber, durante este texto, que SEO mobile está relacionado a facilitar o acesso de páginas da internet pelo celular. Logo, podemos dizer que são práticas, estratégias e ferramentas voltadas a garantir que os sites estejam otimizados para quem faz pesquisas em dispositivos móveis. Essa seria uma forma de conseguir um melhor ranqueamento e garantir que as páginas sejam indexadas facilmente nos buscadores, principalmente no Google.
Essa estratégia vai desde elementos completamente estruturais como HTML, Java Script até parâmetros relacionados ao planejamento e a produção de conteúdo. Além disso, é fundamental não confundir trabalhar a estratégia mobile com ter um site responsivo.
Embora uma esteja relacionada à outra, a responsividade é referente ao design da página, ao seu layout para diferentes formatos de tela, enquanto o SEO mobile lida com elementos mais profundos da página, como tempo de carregamento, a quantidade de dados consumidos, quanto o site é semelhante à versão para desktop, entre outros. Em resumo, é uma repaginação, criando um site para ser acessado pelo celular.
Por que o SEO para mobile é importante?
Como o celular é a principal ferramenta de acesso à internet para a maioria dos brasileiros, fica difícil não dizer que trabalhar com mobile não é fundamental para qualquer empresa. Principalmente aquelas que querem se tornar acessíveis tanto para seus clientes quanto para os seus futuros consumidores no digital.
Porém, o principal é que estar atento a esse tipo de estratégia e desenvolver mecanismos para estar cada vez mais adaptado a essa tendência de SEO, é uma forma de não ficar atrás de um crescimento que vem acontecendo há alguns anos.
Afinal, o celular é uma peça fundamental para o dia a dia das pessoas, desde para acessar entretenimento, como redes sociais, filmes, escutar música até para o trabalho. O mobile é uma realidade e é preciso que quem trabalha com conteúdo digital esteja preparado para lidar com ela se pensa a longo prazo.
Quais são os principais erros de quem vai implementar o SEO mobile? Conheça 8!
Apesar de ser uma necessidade desenvolver sites que estejam de acordo com o SEO mobile, sabemos que nem sempre essa é uma tarefa fácil. Como explicamos, é fundamental não só conhecer os aspectos estruturais na página, mas também trabalhar seus conteúdos. Aqui, vamos apresentar os principais erros e como você pode solucioná-los. Confira!
1. Velocidade lenta do site
Quando falamos de SEO, a velocidade é uma questão importante, porque a premissa é que o seu site deve ser rápido. O Google ou qualquer outro buscador não deve ter problemas para carregar a sua página. Não só porque isso é uma exigência da plataforma de busca, mas também porque pode fazer com que os usuários evitem acessar o seu site pela demora.
Falando especificamente do Google, dois terços das suas atualizações Core Web Vitals lidam justamente com esse fator. Curiosamente, qualquer medidor de otimização que você coloque para analisar sua página terá um item relacionado ao tempo de carregamento de tão importante que é esse indicador.
O ideal é que seu site seja capaz de renderizar as páginas em menos de um segundo. Não é um processo simples porque exige a avaliação de algumas especificações, mas é possível tomar certas medidas para alcançar isso. Veja algumas dicas:
- mantenha as páginas simples e limpas, evite ao máximo os redirecionamentos do tipo 301;
- retire elementos desnecessários e tenha um código HTML otimizado;
- atenção ao excesso de CSS e JavaScript, pois eles podem prejudicar o carregamento;
- cuidado com as imagens, principalmente em relação ao redimensionamento, procure plugins ou ferramentas que automatizam esse processo;
- use alguns mecanismos web ao seu favor, como o carregamento lento para arquivos muito grandes ou pouco usados.
2. Elementos informativos
O Google tem, desde 2017, uma política de segmentar páginas em que o conteúdo não é de fácil acesso para o usuário no celular, dificultando o bom ranqueamento desses sites.
Não estamos falando de textos ou imagens, mas sim do que chamamos de intersticiais intrusivos. São anúncios, pop-ups, banners e inscrições em boletins que acabam prejudicando o acesso à página de uma maneira mais fluída.
Para um e-commerce, pode ser um pouco complicado essa mudança, pois esses elementos são comuns para impulsionar a lista de e-mails. Então, o que fazer? A melhor maneira seria utilizar esses recursos de uma maneira mais estratégica
Existem algumas formas de anúncios que não podem ser utilizados e que afetam ranqueamento do site pela visão do Google. Eles são:
- pop-ups no conteúdo principal;
- anúncios em que o usuário só pode acessar a página se forem fechados;
- intersticiais impossíveis ou muito difíceis de fechar no celular, o que impede o acesso do usuário ao conteúdo.
3. Conteúdos inexistentes
Em alguns casos, no processo de reestruturação da página para adaptá-la para o mobile, pode acontecer de que o site seja muito diferente do que é acessado no desktop. Isso não é um problema, é até uma forma de trazer uma experiência diferente para o usuário. A questão é que, nesse processo, algumas partes costumam não carregar adequadamente, ou não estão tão bem-adaptadas.
O problema é que os robôs do Google devem conseguir rastrear o seu site sem muita dificuldade. Ele não pode ter nenhum problema para carregar elementos em JavaScript, CSS ou, até mesmo, imagens — o acesso não pode estar restrito só porque é um dispositivo diferente.
A melhor forma de verificar o desempenho do seu site nesse quesito é analisar o robots.txt para apurar quais elementos essenciais não estão permitidos. O próprio Google tem uma ferramenta que ajuda nesse processo, que é o Search Console.
Utilize-o para testar, e também use o Fetch para analisar a compatibilidade com dispositivos móveis. Uma dica é não verificar apenas as URLs de cada site para determinado dispositivo, fique atento para quais são as diferenças de cada um.
4. Conteúdos não reproduzíveis
Vídeos, áudios ou qualquer outro conteúdo multimídia devem ser pensados com cuidado. Dependendo do tipo de página ou até do propósito do site, esses recursos acabam prejudicando tanto a velocidade do carregamento quanto o desempenho de outros elementos. É importante que, independentemente de qual for a mídia, ela não deve ter problema em ser reproduzida em qualquer tipo do dispositivo.
Outro ponto é, em relação à transcrição, um elemento fundamental para o SEO de desktop e que deve ser reproduzido no mobile. Isso é uma forma de tornar o seu conteúdo mais inclusivo e ajudará o Google a indexar com mais precisão sua página. Para animações, a recomendação é o uso de HTML5.
5. Links cruzados
Já falamos um pouco sobre redirecionamentos e como isso pode afetar a forma como o Google vê a sua página nos tópicos anteriores. Aqui, vamos nos aprofundar mais sobre alguns problemas relacionados às páginas com endereços errados.
De maneira geral, se os redirecionamentos são defeituosos, esse é um sinal de que há um problema na otimização do site, principalmente se existe uma página para desktop e uma para celular. As melhores estratégias nesse caso seriam:
- ter um processo rápido de direcionamento para versão mobile caso o usuário acesse a versão desktop de uma página;
- URLs acessadas diretamente pelo usuário, não por um link, mas que foram digitadas, devem enviá-lo para a versão da página para mobile automaticamente;
- independentemente do dispositivo, o conteúdo deve ser o mesmo;
- evite ter um domínio separado para cada versão e procure desenvolver um site responsivo para garantir o acesso correto às páginas, não importando o dispositivo.
6. Dados estruturados
Os dados estruturados são uma forma de determinar o seu conteúdo para o Google e melhorar o CTR orgânico. Como sabemos, os robôs do buscador estão interessados no seu conteúdo, principalmente, se as informações são realmente aquilo que o usuário procura — ou seja, se vão solucionar a sua dúvida.
Não é à toa que conteúdos rich snippets, por exemplo, são uma tendência. Eles são ágeis: faça a busca do seu problema e a resposta estará ali, na primeira página do Google, não há nem necessidade de acessar o site. Essa é uma ótima forma de atrair a atenção do usuário.
Porém, a questão não é só criar conteúdos com essa características, eles precisam ser otimizados para aparecer no buscador. Acredite, se não estiverem de acordo para dispositivos móveis, o Google tem a tendência de não mostrá-los. Por isso, realizar testes de dados estruturados é uma ótima forma de garantir essa otimização e o seu lugar na primeira página.
7. Páginas desajustadas
O design responsivo é uma parte fundamental para o SEO mobile, ele pertence a essa estratégia tanto quanto qualquer outra configuração. Até porque essa é uma das principais formas de fazer com que seus conteúdos estejam dimensionados da maneira correta em qualquer dispositivo, independentemente do tamanho.
Esse é um dos primeiros cuidados quando se pensa em mobile, mas não é incomum encontrar páginas que não tenham essa possibilidade. A melhor estratégia é analisar os relatórios de Crawl Errors específicos para mobile. O próprio Google dá acesso a esse tipo de informação na ferramenta Search Console.
É só ir em “open the crawl erros reports” que lá você encontrará os principais problemas relacionados. O buscador, inclusive, tem algumas dicas para resolvê-los.
8. Pesquisa de palavras-chave
Esse talvez seja um dos mais populares assuntos quando se pensa em otimização, e isso não seria diferente quando falamos sobre SEO para mobile. Neste tópico queremos corrigir um erro bem comum: achar que a mesma estratégia para desktop funciona da mesma forma para dispositivos móveis. A resposta para isso é que funciona, em partes.
De fato, todo o processo de busca e análise das keywords é o mesmo, mas é preciso saber que existem algumas especificações para mobile. Primeiro, deve-se considerar o comportamento dos usuários quando eles usam celular. É comum que eles errem mais, que tentem usar termos mais curtos por questões de agilidade e muitos falam, em vez de digitar.
A dica aqui é que na hora de realizar a sua pesquisa por palavras-chave, procure fazer a busca por termos mais específicos para um usuário mobile. Como:
- frases completas;
- sentenças de diálogos;
- perguntas.
Até aqui, apresentamos as principais estratégias para adaptar o seu site para o SEO mobile. Como você pode notar, desenvolver mecanismos para tornar a sua página na web mais adequada para o acesso por celulares e tablets é fundamental para o crescimento orgânico.
Afinal, para o Google, esses dispositivos são um fator essencial para o ranqueamento. Uma tendência que já é realidade para o buscador e que tende cada vez mais a ser um padrão para toda a internet.
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