Você sente que o seu texto precisa de algo para encher os olhos do leitor, mas não consegue identificar o que tanto falta exatamente?
Talvez a resposta esteja nas expressões idiomáticas, um recurso linguístico essencial no Marketing que pode ajudar qualquer conteúdo fraquinho a dar a volta por cima.
Se você não quer abrir mão do seu material, leia este post. Nas próximas linhas, nós vamos explicar o que são as expressões idiomáticas e mostrar de que maneira você pode adotá-las em sua redação (assim como fizemos muitas vezes nesses 2 parágrafos!).
Chegou a hora de arregaçar as mangas, partir para a leitura e botar para quebrar! Vamos lá?
O que são expressões idiomáticas
Expressões idiomáticas são recursos da fala e da escrita, que ganham novos sentidos conotativos e ultrapassam seus significados literais quando aplicados em contextos específicos. Como por exemplo “estar com a cabeça nas nuvens” com o sentido de estar distraído e outras 168 que veremos neste post.
Por isso, a sua interpretação deve ser feita de maneira geral, sem ter que observar cada elemento que compõe a sentença. Muitas vezes, essas expressões não podem ser traduzidas e só podemos compreendê-las avaliando o contexto em que foram utilizadas.
Você pode até não perceber, mas usamos as expressões idiomáticas a todo instante: nas conversas, nos jornais, nas revistas, nos programas de rádio e de televisão, nas propagandas, nos livros, nas músicas, nos filmes…
Isso quer dizer que elas não se restringem a situações específicas, muito menos a grupos sociais. As expressões idiomáticas são uma parte muito importante da comunicação escrita e falada, tanto formal quanto informal.
Quando pensamos na escrita e em questões gramaticais, elas exercem papéis variados e podem assumir função de orações completas, adjetivos, substantivos, verbos e interjeições.
Expressões idiomáticas ou Idiomatismo
Bom, os dois termos fazem referência ao mesmo recurso, que conta com a vivência cultural e com valores conotativos para construir um novo sentido para a frase.
Eles são o contrário das expressões composicionais, que são montadas e só têm significado quando cada palavra é analisada individualmente e os sentidos usuais são combinados para mostrar o todo.
Por que usar expressões idiomáticas
O motivo que nos leva a usar expressões idiomáticas é o desejo de acrescentar algo nas mensagens, um elemento que a linguagem “convencional” nem sempre é capaz de oferecer.
Acontece que, na prática, as expressões idiomáticas têm diversas funções, como você verá a seguir.
Dar força uma frase
As expressões idiomáticas são também um recurso literário, e como tal têm a função de aumentar o impacto do que foi dito. Veja os exemplos a seguir:
- O deputado ficou furioso e começou a desferir ofensas diretas ao seu adversário.
- Em um ataque de fúria, o deputado perdeu a linha e vociferou contra o seu adversário.
Percebe que no segundo caso há muito mais potência do que no primeiro? Pois é, assim é possível chamar a atenção do leitor e acrescentar um estímulo à frase.
Acrescentar sutileza a uma sentença
Muitas vezes, as palavras podem ser muito duras. As expressões idiomáticas podem ter um efeito eufemista em diversas circunstâncias. Veja:
- O jogador percebeu que estava na hora de se aposentar.
- O jogador percebeu que estava na hora de pendurar as chuteiras.
Não apenas nos textos, mas em situações cotidianas, o uso desse recurso pode trazer sutileza e evitar ofensas, minimizar um fato ou diminuir a intensidade da interpretação.
Enfatizar a intensidade dos nossos sentimentos
Outra função das expressões idiomáticas é enfatizar um sentimento. Pense nos exemplos a seguir:
- Meu pai não merece meu perdão. Quando criança, ele me abandonou.
- Meu pai não merece meu perdão. Quando criança, ele me deixou a ver navios.
Na segunda frase, há um choque mais profundo para o ouvinte/leitor. Ou seja, o sentimento foi exaltado.
Adicionar humor ou ironia ao que escrevemos ou dizemos
O humor é um recurso muito importante em qualquer situação em que exista a comunicação. Usar as expressões idiomáticas para tornar um discurso mais engraçado é uma ótima forma de entreter o receptor. Por exemplo:
- Lúcia estava muito animada na última festa da empresa.
- Lúcia soltou a franga na última festa da empresa.
Pobre Lúcia. Provavelmente teve uma ressaca daquelas no dia seguinte.
Reforçar um bom domínio do idioma
Certamente, a utilização desse recurso revela que o autor tem muito mais conhecimento acerca da língua na qual o texto foi proclamado (seja ele verbal ou não verbal). Veja os exemplos a seguir:
- João Paulo presenciou o crime, mas estava disposto a não denunciá-lo.
- João Paulo presenciou o crime, mas estava disposto a fazer vista grossa.
JP, aliás, seria enquadrado como cúmplice.
Ironizar
A ironia é um valioso recurso linguístico. Muitas vezes, ela pode ser valiosa e tornar o texto mais rico. Esse é um recurso muito utilizado por colunistas, como Diogo Mainardi e Arnaldo Jabor, por exemplo.
- Você agiu bem. Beijar os pés de quem o apunhalou pelas costas é uma ótima saída.
Quem nunca, né?
Insinuar
Palavras entreditas são aquelas modificadas propositalmente para terem duplo sentido. Elas servem para evitar situações constrangedoras ou fazer sugestões indiretas.
- É claro que eu posso ajudá-lo. Mas sabe como é, uma mão lava a outra.
Aproximar do leitor
Por fim, as expressões idiomáticas também podem ser um recurso valioso para aproximar-se da sua persona. A partir do momento em que você as conhece bem, é possível utilizá-las para uma comunicação direcionada.
- Graças às dívidas, minha tia está em uma situação muito complicada.
- Graças às dívidas, minha tia está pisando em ovos.
Como usar as expressões idiomáticas
O segredo para usar essas expressões em seus conteúdos é conseguir adequar a expressão à linguagem utilizada e às caraterísticas da sua persona. Os termos devem ser incluídos de forma natural e genuína, sem ser de maneira forçada ou informal demais para o assunto do conteúdo.
Por se tratar de expressões que dizem sobre a cultura de uma região ou de um país, por exemplo, é sempre bom ter cuidado. Saber se seu público consegue identificar sem grandes esforços o sentido da frase é o primeiro passo.
Outra boa dica é conferir se já são expressões cristalizadas, ou seja, se o sentido entendido é o mesmo para todos. Evite usar expressões muito recentes ou restritas dos meios digitais e aposte em termos mais comuns da fala, alguns mais antigos e com sentidos fáceis de serem compreendidos. Nós utilizamos alguns nesse post, como: encher os olhos, dar a volta por cima e botar para quebrar. Esses são bem famosos, não é mesmo?
Dicas para usar expressões idiomáticas
Sendo um recurso linguístico avançado, as expressões idiomáticas podem ser desastrosas quando mal utilizadas. Afinal, a característica principal de uma boa comunicação é que haja compreensão. E você não quer que o seu leitor fique confuso, não é mesmo?
Por isso, a seguir veja algumas dicas para evitar ruídos no processo comunicacional com o receptor:
1. Use-as com moderação
Um texto recheado de expressões idiomáticas pode acabar embaralhando a mente do leitor. Por isso, é preciso utilizá-las com sabedoria e em momentos específicos. Seu uso deve ser moderado e, claro, cumprir o objetivo esperado.
2. Adeque-se à sua persona
Nem todos os seus leitores estão familiarizados com todas as expressões idiomáticas. Se a sua audiência é composta por um conjunto de jovens, por exemplo, dificilmente entenderão frases como “dar jarjão” ou “apanhar a pata”, muito utilizadas antigamente.
O mesmo vale para segmentações geográficas e demográficas. Saber se comunicar com o seu público é essencial em uma estratégia de marketing.
3. Contextualize
Ao utilizar esse recurso, há um elemento muito importante a ser considerado: o contexto. Pense duas vezes ao usar ironias, principalmente. Na linguagem textual, especialmente, esse é um mecanismo que pode ser mal interpretado e ter o resultado contrário.
Leve em consideração também o seu público fiel. Muitas vezes, seus leitores já compreendem o seu estilo de texto e sabe exatamente o que você quer dizer. Porém, várias pessoas estarão lendo o seu conteúdo pela primeira vez e podem ter uma má impressão sobre o que você escreve.
4. Escolha bem os canais onde utilizá-las
A internet é um ambiente vasto. Saber onde e quando utilizar as expressões idiomáticas é muito importante para que elas atinjam o seu máximo potencial.
Em redes sociais de caráter informal, elas são muito bem-vistas. Facebook, Instagram e YouTube, por exemplo. Em outros, como o LinkedIn ou grupos profissionais na rede social de Zuckerberg, é preciso mensurar a utilização.
O mesmo vale para o tema. Em textos de entretenimento você pode observar uma grande quantidade de expressões, enquanto em assuntos mais sérios, elas são mais escassas.
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Exemplos de expressões idiomáticas
Agora que você já sabe o que é são as expressões idiomáticas e para o que elas servem, pode, finalmente, conhecer as principais frases desse tipo que são usadas em nossa língua. Confira, a seguir, uma lista com 169 expressões bastante recorrentes no português:
- A céu aberto: ao ar livre
- Abandonar o barco: desistir de uma situação difícil
- Abotoar o paletó: morrer
- Abrir mão de alguma coisa: renunciar alguma coisa
- Abrir o coração: desabafar, declarar-se sinceramente
- Abrir o jogo: denunciar ou revelar detalhes
- Abrir os olhos a alguém: alertar ou convencer alguém de alguma coisa
- Acabar em pizza: quando uma situação não resolvida acaba encerrada (especialmente em casos de corrupção, quando ninguém é punido)
- Acertar na lata: acertar com precisão, adivinhar de primeira
- Acertar na mosca: acertar com precisão, adivinhar de primeira
- Adoçar a boca: conseguir um favor de alguém com elogios
- Agarrar com unhas e dentes: agir de forma extrema para não perder algo ou alguém
- Agora é que são elas: momento em que começa a dificuldade
- Água que passarinho não bebe: pinga ou bebida alcoólica
- Amarrar o burro: descansar ou se comprometer romanticamente com alguém
- Amigo da onça: amigo falso, interesseiro ou traidor
- Andar feito barata tonta: estar distraído
- Andar na linha: estar elegante ou agir corretamente
- Andar nas nuvens: estar distraído
- Ao deus dará: abandonado ou sem rumo
- Ao pé da letra: literalmente
- Aos trancos e barrancos: de forma desajeitada
- Armar um barraco: discutir ou brigar em público
- Armar-se até aos dentes: estar preparado para qualquer situação
- Arrancar cabelos: desesperar-se
- Arrastar as asas: insinuar-se romanticamente para alguém
- Arregaçar as mangas: começar uma atividade ou um trabalho com afinco
- Arrumar sarna para se coçar: procurar problemas
- Até debaixo d’água: em todas as circunstâncias
- Babar ovo: idolatrar alguém incondicionalmente
- Baixar a bola: acalmar-se ou ser mais comedido
- Banho de gato: lavar superficialmente as partes do corpo
- Banho de água fria: desiludir ou quebrar as expectativas de alguém
- Barata tonta: perdido, desorientado, sem saber o que fazer
- Barra pesada: situação difícil ou pessoa violenta
- Bate e volta: ir e voltar de um evento ou de um lugar rapidamente
- Bater as botas: morrer
- Bater na mesma tecla: insistir no mesmo assunto
- Bater papo: conversar informalmente
- Bode expiatório: aquele que leva a culpa no lugar de outro
- Bola para frente: expressão de encorajamento, para se seguir em frente mesmo frente a adversidades
- Bom de bico: galanteador ou alguém que tenta convencer os outros com conversa
- Botar a boca no trombone: revelar um segredo ou tornar algo público
- Botar o carro na frente dos bois: pular etapas de forma inapropriada, geralmente atrapalhando o andamento de uma situação
- Botar para quebrar: fazer algo com extrema intensidade, em geral em sentido positivo
- Briga de cachorro grande: embate entre grandes forças
- Cair a ficha: dar-se conta de algo ou entender um assunto tardiamente
- Cara de pau: descarado ou sem-vergonha
- Chutar o balde: agir irresponsavelmente em relação a um problema
- Chutar o pau da barraca: agir irresponsavelmente em relação a um problema
- Colocar melancia na cabeça: exibir-se ou querer chamar a atenção dos outros
- Comer cru e quente: ser apressado
- Comprar gato por lebre: ser enganado
- Conversa fiada: falar uma mentira ou inventar uma desculpa
- Cutucar a onça com vara curta: provocar alguém indevidamente
- Dar a volta por cima: recuperar-se
- Dar bola: insinuar-se romanticamente para alguém
- Dar com a cara na porta: receber um “não” como resposta ou procurar algo e não encontrar
- Dar com a língua nos dentes: dizer algo que não podia ter sido dito
- Dar mancada: cometer um deslize ou descumprir uma promessa
- Dar o braço a torcer: retomar uma decisão ou deixar o orgulho de lado
- Dar uma de João sem braço: fazer-se de desentendido
- Dar uma mãozinha: dar uma pequena ajuda
- De uma forma ou de outra: quando tem certeza de que algo vai acontecer
- Deixar na mão: abandonar ou não ajudar
- Descascar o abacaxi: resolver um problema complicado
- Dormir no ponto: perder uma oportunidade
- Encher linguiça: enrolar ou preencher espaço com embromação
- Enfiar o pé na jaca: cometer excessos
- Engolir sapo: fazer algo contrariado, ser alvo de insultos ou acumular ressentimentos
- Entornar o caneco: beber muito
- Entrar numa fria: se dar mal
- Entrar pelo cano: se dar mal ou ficar encrencado
- Enxugar gelo: fazer um trabalho inútil
- Estar com a bola murcha: estar sem ânimo
- Estar com a cabeça nas nuvens: estar distraído
- Estar com a cabeça quente: estar muito irritado
- Estar com a corda no pescoço: estar ameaçado, sob pressão ou com problemas financeiros
- Estar com a corda toda: estar animado ou empolgado
- Estar com a faca e o queijo na mão: estar com poder ou condições para resolver algo
- Estar com a pulga atrás da orelha: estar desconfiado
- Estar com aperto no coração: estar angustiado
- Estar com dor de cotovelo: ter uma decepção amorosa ou estar com ciúmes
- Estar com um pé atrás: estar desconfiado
- Estar com o pé na cova: estar para morrer
- Estar com uma pedra no sapato: ter um problema por resolver
- Estar dando sopa: estar inadvertidamente vulnerável
- Estar de mãos abanando: não conseguir o que pretendia
- Estar de mãos atadas: não poder fazer nada
- Estar na aba de alguém: usar algo emprestado ou de graça
- Fazer boca de siri: manter segredo sobre algum assunto
- Fazer de olhos fechados: fazer com muita facilidade
- Fazer nas coxas: fazer sem cuidado
- Fazer tempestade em copo d’água: transformar uma banalidade em tragédia
- Fazer um negócio da China: aproveitar uma grande oportunidade
- Fazer vista grossa: fingir que não viu, relevar ou negligenciar
- Feito cego em tiroteio: desorientado ou perdido
- Ficar a ver navios: ficar sem nada ou sem coisa alguma
- Gritar a plenos pulmões: gritar com toda a força
- Ir catar coquinho: pedir para alguém ir fazer outra coisa ou para não se intrometer no assunto
- Ir desta para melhor: morrer
- Ir para o espaço: não funcionar, falhar ou dar errado
- Ir pentear macaco: pedir para alguém ir fazer outra coisa ou para não se intrometer no assunto
- Ir tomar banho: pedir para alguém ir fazer outra coisa ou para não se intrometer no assunto
- Jogado para escanteio: posto de lado, descartado ou ignorado
- Lavar a roupa suja: acertar as diferenças com alguém
- Lavar as mãos: não se envolver
- Levado da breca: pessoa difícil ou que faz coisas impensáveis
- Levantar com o pé esquerdo: ter um dia ruim
- Levar ferro: fracassar ou se dar mal
- Levar toco: ser dispensado romanticamente
- Levar um fora: ser dispensado ou desprezado romanticamente
- Mandar ver: fazer algo com extrema intensidade, em geral em sentido positivo
- Matar a cobra e mostrar o pau: assumir um ato com fervor
- Meter o dedo na ferida: insistir em uma situação problemática
- Meter o rabo entre as pernas: submeter-se ou se acovardar
- Meter os pés pelas mãos: confundir-se no raciocínio ou agir com pressa ou desajeitadamente
- Mudar da água para o vinho: mudar totalmente ou radicalmente
- O gato comeu a língua: pessoa calada
- Onde Judas perdeu as botas: lugar muito distante
- Pagar o pato: ser responsabilizado por algo que não cometeu
- Pendurar as chuteiras: aposentar-se ou desistir
- Pensar na morte da bezerra: distrair-se
- Perder a linha: perder a educação ou a elegância
- Perder as estribeiras: desnortear-se
- Pirar na batatinha: pensar ou propor uma coisa improvável ou impossível de acontecer
- Pisar na bola: cometer um deslize
- Plantar bananeira: colocar-se de cabeça para baixo
- Procurar chifre em cabeça de cavalo: procurar significados ou imaginar problemas que não existem
- Procurar sarna para se coçar: envolver-se em problemas sem necessidade
- Procurar uma agulha num palheiro: tentar algo quase impossível
- Prometer mundos e fundos: fazer promessas exageradas
- Pôr as barbas de molho: precaver-se
- Pôr as cartas na mesa: expor os fatos
- Pôr minhoca na cabeça: criar ou refletir sobre problemas inexistentes
- Pôr mãos à obra: trabalhar com afinco
- Pôr os pingos nos “is”: esclarecer uma situação detalhadamente
- Puxar saco: idolatrar alguém incondicionalmente
- Quebrar o galho: improvisar ou dar uma solução precária
- Receber um balde de água fria: situação inesperada que transforma entusiasmo em desilusão
- Resolver um pepino: solucionar um problema
- Riscar do mapa: fazer desaparecer
- Segurar vela: acompanhar um casal ou ser o único solteiro numa roda de casais
- Sem eira nem beira: destituído de tudo
- Sem pés nem cabeça: sem lógica ou sem sentido
- Sentir dor de corno: sentir despeito amoroso
- Sentir dor de cotovelo: sentir inveja
- Ser um barbeiro: motorista descuidado
- Ser um chato de galocha: ser uma pessoa desagradável
- Ser um joão-ninguém: ser uma pessoa sem importância ou sem dinheiro
- Ser um maria-vai-com-as-outras: não ter personalidade própria ou deixar se influenciar facilmente pelos outros
- Ser uma mala sem alça: ser uma pessoa desagradável ou difícil de ser tolerada
- Ser uma mão na roda: ser prestativo
- Ser uma pedra no sapato: ser uma pessoa desagradável
- Soltar a franga: desinibir-se
- Subir pelas paredes: desesperar-se
- Tempestade em copo d’água: dar importância muito grande a uma coisa muito pequena
- Tirar de letra: fazer algo com muita facilidade
- Tirar o cavalo (ou cavalinho) da chuva: desistir com relutância por motivo de força maior
- Tirar onda: brincar ou sacanear
- Tirar água do joelho: urinar
- Tomar um chega para lá: ser descartado
- Trocar alhos por bugalhos: confundir fatos
- Trocar as bolas: atrapalhar-se
- Trocar seis por meia dúzia: trocar uma coisa por outra que não vai fazer a menor diferença
- Uma mão lava a outra: trabalhar em equipe ou para o mesmo fim
- Viajar na maionese: não entender alguma coisa ou dizer um absurdo ou algo sem sentido
- Virar a casaca: mudar de ideia facilmente
- Voltar à vaca fria: retornar a um assunto inicial da discussão depois de uma divagação
Essas são algumas das expressões linguísticas mais usadas no português. Há, sim, centenas de outras, mas nem todas elas são tão conhecidas, já que são usadas em apenas algumas regiões do país.
Por isso, ao criar o seu conteúdo, é importante pensar se a frase será entendida por leitores que vivem fora dos nossos limites geográficos. Por exemplo: alguém que vive no sul do Brasil pode não fazer ideia do que é “quebrar a tripa gaiteira”. Por outro lado, boa parte dos nordestinos vai entender que essa expressão é o mesmo que gargalhar sem controle.
Você gostou deste post com algumas das principais expressões idiomáticas do português? Então confira nosso super Guia de Português e Gramática e nunca mais deslize na ortografia!