4 lições que aprendi como freelancer da Rock Content na Ásia

Coluna Freela - Mariana Soares

Faz pouco mais de um mês que sou analista de conteúdo na Rock Content. Antes disso, meu contato com a empresa era a distância — uma relação que começou em 2016, em meio a uma crise profissional. Eu precisava dar uma guinada na minha carreira.

E o que eu tenho para dizer é:

Trabalhar com a Rock mudou a minha vida.

Depois de um bom tempo como revisora para agências, editoras e pessoas físicas, senti que estava na hora de recalcular a rota. Menos de um ano depois da minha candidatura na plataforma, eu estava vivendo como freelancer da Rock Content na Ásia.

E eu gostaria de contar um pouco dessa história. Fique comigo neste post que eu vou compartilhar com você 4 importantes lições da minha intensa jornada trabalhando direto do sudeste asiático!

1. Confie nos seus sonhos

Pode ser clichê começar dizendo justamente isso. Afinal, muitos fatores podem influenciar e quase nada depende totalmente de nós. Mas nunca deixe de acreditar naquilo que você quer.

O plano de ir pra Ásia surgiu quando o meu companheiro, Guilherme, e eu estávamos quebrando uma série de paradigmas pessoais e profissionais. Foi uma época difícil, mas de muito crescimento.

Morar fora do Brasil envolveria uma nova mudança significativa em pouco tempo — em 2014, havíamos saído do interior do Rio Grande do Sul direto para a capital São Paulo — e deixar o lar que montamos com tanto carinho para trás.

Mas chegamos à conclusão de que estava na hora de tentar. Viajar para a Ásia era um sonho em comum. Foi confiando que ele poderia dar certo que decidimos fazer o que estivesse ao nosso alcance para organizar a chegada ao outro lado do mundo (mais precisamente, à Tailândia, nosso primeiro destino).

Dentre várias ações, intensificar a rotina de produção de conteúdo com a Rock e fazer economias por pelo menos meio ano foram algumas das medidas que me deram base para tirar os planos do papel.

2. Entenda que flexibilidade exige responsabilidade

Nada como a rotina de freelancer, não é? Horários flexíveis, possibilidade de trabalhar de onde quiser, fluxos autônomos. O pacote é maravilhoso mesmo. Não é à toa que vários profissionais querem sair das empresas e buscar esse tipo de vida.

E imagina isso tudo na Ásia? Por exemplo, em Chiang Mai, cidade do norte da Tailândia conhecida pelo nomadismo digital, trabalhei desde em cafés até em um parque à beira de um lago e no chão de um shopping (único lugar em que achei uma tomada!). E tudo com a liberdade de aproveitar o mesmo dia para visitar um templo budista do século 14.

Mas a responsabilidade por dar conta da minha dashboard andava lado a lado com a aventura. Houve dias em que a expectativa era sair do hostel e comer um fried rice delicinha do mercado local, mas a realidade era engolir, no quarto mesmo, umas comidas nada saudáveis da loja de conveniência.

Mesmo sendo flexível, a rotina para manter as contas em dia continua numa viagem como essa. É fundamental entender que, ainda que tudo esteja agendado, imprevistos podem acontecer — e não dá para simplesmente jogar tudo para o alto, abandonar os colegas de trabalho e correr para o passeio mais próximo.

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3. Priorize as pessoas, não os pontos turísticos

Fazer laços é lindo e garante memórias mais significativas que visitar lugares famosos. Ok, admirar as altíssimas Petronas Towers, na capital malaica Kuala Lumpur, realmente me impressionou. Mas chegar até elas seguindo as dicas de locais e viajantes certamente foi valioso.

A cada nova conversa, você deixa um pouco de si e carrega um tanto em retorno. Inclusive quando pensamos em trabalho. Além de trocar uma ideia sobre qualquer assunto, uma imersão dessas também é interessante para ampliar o networking.

E não há nada mais reconfortante que, em um lugar desconhecido, saber que podemos contar com alguém. É como uma vez escreveu o poeta John Donne:

“Nenhum homem é uma ilha”.

Durante o tempo de Ásia, pessoas incríveis marcaram o meu caminho. Dos colegas da Rock, com quem eu negociava prazos e tirava dúvidas, às várias figuras que o Guilherme e eu encontramos na estrada.

A amiga tailandesa que nos mostrou muito do que conhecemos da cultura local, os brasileiros que abraçaram a gente nos seus grupos de passeio, o americano e o alemão que compartilharam experiências de vida e o dono de restaurante paquistanês que nos serviu vários lanchinhos sem cobrar são exemplos disso.

Pode acreditar: nada vale mais numa viagem que conhecer gente.

4. Não viaje para fugir

Viaje para se encontrar. Acabei entendendo isso mais tarde do que eu gostaria, mas certamente nunca é tarde para aprender.

Apesar de extraordinária, a nossa viagem teve um problema grave: um dos seus pontos centrais era a ideia de fuga. Queríamos driblar as cobranças tóxicas, viver longe de conceitos que nos aprisionavam, realizar a vontade de não viajar somente nas férias.

Mas, durante os meses lá fora, pensamentos recorrentes eram como nós cegos e bem apertados. Algo importante estava pendente. E eu só compreendi a seriedade da situação por causa de uma reviravolta: antes de chegarmos à Indonésia, nossa terceira parada, precisei voltar ao Brasil em razão de um série de ataques de pânico.

E você lembra do que eu recém falei sobre as pessoas? No dia da primeira crise que me tirou o chão, na Malásia, quando senti que morreria, o zelador do hostel foi quem nos estendeu a mão.

Em uma noite do Ramadã, as ruas vazias, ele e um amigo nos ajudaram a encontrar um táxi que nos deu carona de graça até o hospital público mais próximo. E foi graças ao susto e, principalmente, à ajuda de desconhecidos sensacionais que eu entendi que teria de voltar um pouco antes do prazo.

Foi duro tomar essa decisão. Tínhamos chegado tão longe e teríamos de dar uma pausa nos nossos planos. Mas a ruptura acabou me mostrando que outra oportunidade estava a caminho. É como um dia eu li, numa das paredes grafitadas do hostel de Kuala Lumpur:

Every wall is a door.

E foi assim que, após meses intensos de estrada, voltei com uma bagagem grandiosa. A missão de encontrar novos rumos estava mais uma vez em curso.

Nesse processo todo, além da garantia de um ambiente profissional, o lado humano da Rock sempre foi uma motivação. Analistas queridos tiveram empatia com uma freelancer aventureira em diversos momentos.

E agora que faço parte do time interno, é recompensador ver que nosso trabalho ganha demais quando mantemos em mente que não se faz marketing de conteúdo só com processos, mas principalmente com pessoas.

Gostaria de escrever ainda mais. Mas acho que essas 4 lições trazem boas pistas do quanto ser freelancer da Rock Content na Ásia representou para minha evolução pessoal, não é mesmo?

Antes de concluir, acho que ainda vale uma dica extra: numa viagem, não pense demais no amanhã. Planejar é essencial, mas viver o momento é indispensável.

E você, quais experiências já teve como freelancer? Que tal compartilhar a sua trajetória aqui no blog? Escreva para a Coluna Freela e inspire pessoas com seu exemplo!

Mariana Soares

Mariana Cervi Soares

Revisora e redatora freelancer e Analista de Conteúdo na Rock Content.

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