O desespero bateu na minha porta. Fiquei doente, tive que abandonar tarefas e ainda tinha semana de provas. Mesmo assim, bati minha meta e ainda fiz dois cursos no mês.
Você já ouviu a frase “fulano tinha tudo para dar errado, mas, deu certo”? Penso que ela se aplica perfeitamente a vida de freela full-time.
Definitivamente, ser produtivo não é trabalhar sem hora para terminar. E também, vai muito além de fazer mais em menos tempo. É aproveitar todas as chances que têm para alcançar suas metas.
Eu poderia ficar aqui por horas para tentar explicar como funciona tudo isso. Mas, acredito que não há nada melhor do que a vida. Por isso, resolvi ressuscitar um hobby antigo que não faço há 10 anos: escrever num diário.
Então, hoje, este post é meu diário e vou te contar por que estou me sentindo super realizada e produtiva. A vida de freelancer full-time tem me ensinado a aproveitar cada minuto do meu tempo e quero dividi-lo com você.
Vamos começar?
Fazendo as contas do que vale a pena
Querido diário, eu não sou formada em jornalismo, portanto, entrar nesse mundo é uma aventura para mim. Adoro fazer textos sobre carreira e RH e, esse mês, minha meta é, pelo menos, um por dia. Mas, nem sempre, eu consigo escrever sobre esses temas.
Não que eu seja obrigada, e não sou. Acontece que, às vezes, para bater minha meta como freela full-time, preciso trabalhar em pautas diversificadas. Ao invés de chorar porque não tenho o job que gostaria, aproveito para aprofundar em outras temáticas.
Inclusive, dia desses aconteceu algo muito produtivo. Ganhei um curso de RH Tecnológico, mas, não tive tempo de estudar. Até que, por coincidência, recebi uma tarefa para escrever sobre o assunto.
É claro que aproveitei a situação para tirar o curso da gaveta. Resultado? Aproveitei meu tempo, ganhei um dinheiro e, ainda, estudei algo novo!
Por isso, uma coisa que aprendi logo no começo deste mês é que, no final das contas, o dinheiro não é tudo. Existem muitas outras riquezas que vão além de um cifrão.
Teste surpresa
São 7 dias de repouso por solicitação médica. Se aceitar, você perde dinheiro. Se negar, você morre. O que você faz?
Diário, por que isso aconteceu comigo logo na segunda semana do mês? Tive um problema de saúde no meio de vários ciclos de clientes. Quem é freela-full time, como eu, ficaria desesperado só de ler as palavras: “problema—ciclos—clientes”.
Eu não sei como você responderia a esse teste, mas, eu priorizei minha saúde. Afinal, morto não trabalha, né? Ainda tentei escrever na cama, porém, aquela colega enjoada (que conquistei com o trabalho antigo de digitadora), veio me visitar. A LER, lembra dela?
Sempre que digito em posição incorreta por longas horas ela aparece e me coloca de castigo por uns quatro dias com a munhequeira.
Tive que abandonar algumas tarefas. E ainda ver outras me dando tchau. Fiquei internada 2 dias e meu e-mail não parava de sinalizar jobs disponíveis.
Que desespero! Pelo menos, aproveitei o molho para fazer um curso sobre como criar marcas do zero.
Saindo do hospital, enquanto o médico me dava instruções, ele pegou o bloco de atestado e me disse: “você precisa de mais 7 dias de repouso. Vou fazer um atestado”.
Por cinco segundos, parei e tive uma crise existencial. Peraí, para quem entrego esse atestado? — pensei. Foi quando olhei para o médico e respondi:
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Medo do desconhecido
Essa frase ficou no meu subconsciente. De repente, tive uma vontade súbita de voltar às rotinas incansáveis de RH. Ter um trabalho “de verdade”. Me senti aquele adolescente nerd que vejo nos filmes, planejando um ataque cibernético enquanto come uma Ruffles.
Enquanto respondia as perguntas dos alunos nos cursos em que sou instrutora, aproveitei para colocar todas essas dúvidas na ponta do lápis. Era freelancer Vs CLT. Vamos ver quem ganha?
O que eu ganho com o freelancer:
- proximidade com a família;
- flexibilidade de trabalhar no meu tempo;
- liberdade de agenda.
O que eu ganho com a CLT:
- tempo que construí na profissão;
- posicionamento de mercado;
- garantia de salário.
Bom, o final dessa disputa eu postei no LinkedIn:
Coloca uma melancia no pescoço
Quando era pequena, minha avó sempre dizia:
Quer aparecer, menina? Coloca uma melancia no pescoço!
Foi exatamente isso que fiz desde que me tornei redatora. Também já contei sobre isso aqui no blog. Mas agora, era quase final do mês e eu só tinha escrito 9 textos.
No entanto, uma pessoa dos grupos de freela que faço parte viu a melancia no meu pescoço. Ele me pediu 14 artigos e me fez uma proposta para escrever por mais 6 meses.
Era um tema que não sou expert, mas, lembra o que falei logo no início? Na vida de freela, às vezes, o cravo salva a rosa.
Querido diário, se eu pudesse deixar um conselho sobre este estilo de vida, seria: invista no relacionamento profissional. O networking foi fundamental para eu conseguir mais projetos na Rock, e continua sendo para eu conseguir outros jobs como freela full-time.
Prazer, sou mil e uma utilidades!
Tá bom, eu sei que o mês acabou. Mas, ainda não contei sobre meu trabalho como professora de reforço. É que, esse mês, também teve semana de provas do filhote, de 12 anos.
Acordava 6h para dar conta das tarefas e, às 14h, “vestia minha roupa” de professora. Mais tarde, voltava para os textos. Também teve os momentos que fui psicóloga da filhota adolescente, assistente administrativo do marido e avó da gata.
Então, diário, eu te pergunto: em que outro tipo de trabalho eu me sentiria tão heroína assim? Acredito que nunca tive um cargo tão poderoso!
Fazendo as contas aqui, no final foram:
- 30 social post;
- 23 artigos;
- 14 alunos atendidos;
- 2,5 horas de cursos;
- 2 webinários;
- 2 propostas recusadas;
- 1 passeio romântico;
- 1 boliche com a família;
- 1/5 de livro lido;
- muitos filmes e pizzas.
Eu não vou mentir para você. Ser freelancer não é para qualquer um, mesmo. Ainda mais ser freela full-time. Você tem que lidar com imprevisibilidade, bug criativo e aquele parente gente boa que pensa que você é um à toa.
Por isso, volto a dizer: a riqueza não está, apenas, no dinheiro. Mas, também, nas pequenas coisas e ser freelancer me possibilita tê-las. <3
Você também tem uma história legal para contar? Então, faça como eu. Escreva para a Coluna Freela e motive outras pessoas também.
Nara Porto
Muito aprendizado sem abrir mão do café, home office e de um bom seriado!
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