Como escolher a paleta de cores para UI design?

As cores têm papel fundamental em um bom UI Design. Por isso, este artigo especial traz dicas sobre como escolher a paleta de cores perfeita para o seu trabalho e o seu cliente.

Como escolher a paleta de cores para UI design?

Fazer um projeto de UI Design é um desafio empolgante e dinâmico para designer freelancer. Envolve a estruturação da informação, planejamento de experiências e mecanismos de interação que atraiam e encantem todos os usuários.

Mas, por contar com tantas questões importantes, um ponto primordial do design, muitas vezes, fica de fora: o trabalho bem-feito com uma paleta de cores adequada.

Você sabia que é possível trabalhar com cores de uma maneira objetiva e inteligente, sem apelar para chutes e testes de tentativa e erro?

Neste artigo, vou mostrar para você práticas que possibilitam a escolha da paleta certa para suas interfaces com planejamento, conhecimento e estratégia. Acompanhe as dicas!

Pense no objetivo da interface

Atualmente, o UI Design é multifuncional. Interfaces podem ser uma demanda de projetos de software, games, apps, sites e até conteúdo interativo.

Portanto, o primeiro passo para escolher a paleta certa é dominar o briefing de cada projeto. Entender seu objetivo e o papel das cores para atingi-lo.

Um exemplo disso é a otimização de SEO e jornada de conversão em sites corporativos. O uso certo de cores e contrastes ajuda a destacar CTAs e guiar o usuário por links que sejam mais vantajosos para o cliente.

Com uma boa harmonia, é possível dirigir o olhar da pessoa para links internos, formulários, informações mais relevantes. Além de melhorar a experiência em geral, você, como designer, pode até ajudar comercialmente a empresa com a qual trabalha.

Leve em conta a identidade do cliente

Se a marca do seu cliente é verde, não é estranho ter uma interface de um app toda azul? Parece óbvio, mas muitos designers têm dificuldade de adaptar uma paleta atraente de cores com a identidade visual com a qual está trabalhando.

O ideal é que a cor primária da marca seja também a sua cor primária, da qual você extrai as combinações mais adequadas que combinem tanto com o cliente quanto com a proposta da interface.

Escolha seu esquema de cores

Ter a cor da marca do cliente (ou desse projeto específico do cliente) como primária facilita muito na hora de decidir pelo seu esquema de cores. Mesmo assim, é neste momento que muitos designers se perdem.

Existem diversos métodos de criação de paletas dentro da teoria das cores, como:

  • análogo;
  • complementar;
  • monocromático;
  • tríade;
  • quadrado.

Cada modelo desses oferece uma disposição de tons específica dentro da roda de cores. E cada um gera uma sensação diferente para destaques e pareamento de elementos.

Por exemplo, uma paleta análoga traz tons vizinhos como vermelho e laranja, ou azul e roxo — permitem uma visual mais harmônico e fluído.

Já as paletas complementares pareiam cores opostas no espectro, como vermelho e verde, azul e amarelo. Com esse modelo, você consegue interfaces mais energéticas e destacadas.

Tudo vai depender do briefing e do seu olhar para o que cada projeto demanda. Felizmente, a teoria das cores é quase matemática e existem ferramentas que podem ajudar você a montar o esquema perfeito — como o Adobe Colors e o Coolors.

Busque o equilíbrio na composição

Depois das cores escolhidas, você ainda tem um trabalho muito importante na composição delas dentro da interface. Dependendo da forma como estão dispostas elas podem encantar e guiar o usuário ou incomodar e dificultar a experiência.

Com o tempo, designers começam a internalizar esse equilíbrio e fazê-lo de forma rápida e eficiente. Mas, se você está começando ou não tem tanto prazo disponível, é sempre seguro ir na composição conhecida como 60-30-10.

Nesse modelo, você usa a cor primária em 60% dos elementos, a secundária em 30% e a terciária em 10%, apenas em destaques e CTAs.

Claro, essa proporção é mais subjetiva que matemática, mas dá uma noção bem clara sobre uma maneira de usar a paleta de UI Design sem medo de errar.

Considere o uso da psicologia das cores

Além da harmonia visual das interfaces, o designer sempre deve considerar o que cada cor representa psicologicamente para as pessoas. Existem diversos estudos que apontam para uma percepção inconsciente de sentimentos e intenções baseadas nas cores utilizadas.

Exemplos clássicos são cores quentes para experiências energéticas e as frias para experiências tranquilas. Ou até usos mais específicos: a combinação de amarelo e vermelho para fome, de azul e roxo para relaxar etc.

Estude mais sobre a psicologia das cores e compare sempre esses efeitos com os objetivos do briefing do cliente para reforçar a mensagem que ele quer passar.

Considere as diferenças culturais

Um adendo ao tópico anterior: é importante notar que essas cores nem sempre são percebidas de maneira similar dependendo das culturas. Um exemplo muito usado disso é como o roxo é considerado uma cor de luto em alguns países asiáticos, enquanto no Brasil usamos o preto.

Mas essas diferenças podem estar até dentro do mercado interno, ainda mais em um país tão vasto e diverso como o nosso. Portanto, pesquise o que as cores significam em cada região para ter certeza que todas tenham a mesma percepção sobre a mensagem.

Conheça algumas simbologias padrões de mercado

Dependendo do setor em que seu cliente atua, existe a expectativa do uso de certos tons na paleta. Alguns exemplos disso são o azul para áreas de tecnologia e o verde para saúde e sustentabilidade.

Você não precisa se ater a clichês sempre, mas, muitas vezes, verá a necessidade de ir nesses lugares comuns para passar o mais rápido possível a comunicação exigida pelo cliente. Mesmo que sejam apenas alguns toques, esses tons são atalhos para a interpretação de uma interface.

Trabalhe com design para a inclusão

Para terminar, queremos lembrar que nem sempre as cores serão visualizadas da mesma maneira dependendo dos perfis de usuários em potencial para a UI.

O ideal é ter combinações alternativas para essas pessoas. Vários tipos de daltonismo, por exemplo, exigem a escolha de tons que permitam a diferenciação das cores de acordo com os espectros existentes.

Outro ponto a ser analisado é a opção de alto-contraste, que utiliza de tons complementares duros para que se tornem funcionais na interpretação de formas e informação.

Nesse caso, a paleta provavelmente não ficará da maneira como você pensou como ideal, mas é necessária para incluir todos os usuários em uma experiência satisfatória.

Afinal, o trabalho de UI Design é um trabalho de comunicação por meio da interação. É uma maneira de dar às pessoas poder sobre a navegação e direcioná-la para os objetivos do cliente.

Nesse sentido, a paleta de cores que você escolher é fundamental. É ela a responsável por atrair, passar uma mensagem coerente e guiar a experiência do usuário.

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Briefing

Nara Porto

Copyediting

Thiago Murça

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