12 técnicas avançadas de storytelling para impactar sua audiência

Na hora de escrever um texto, muitos são os aspectos que envolverão o processo criativo. Ter habilidade é essencial, mas as próprias vivências e leituras também contribuirão para o resultado. Outra forma fundamental de desenvolver uma escrita atrativa é conhecendo técnicas avançadas para instigar a sua persona.

Técnicas avançadas de storytelling

O processo de escrita é sempre impactado pelas nossas habilidades, leituras, vivências e também pelos conhecimentos que adquirimos ao longo da vida.

Para fazer isso de maneira estratégica e acertada, é preciso conhecer e estudar técnicas que auxiliarão a alcançar a persona de forma efetiva. Foi pensando nisso que preparamos este conteúdo com 12 metodologias de storytelling para impactar sua audiência.

Lembre-se de que a cada uma dessas técnicas avançadas de storytelling que vamos apresentar aqui é preciso levar em consideração a persona, as necessidades dela, o estágio do funil do texto elaborado, o tipo de conteúdo produzido e também a área do negócio. Dessa forma, poderá adotar a mais adequada diante da sua análise.

Veja, a seguir, os exemplos imperdíveis que preparamos para você tornar seus textos ainda mais atrativos!

12 técnicas avançadas de storytelling para adotar em seus textos

Os exemplos que separamos, neste conteúdo, são os seguintes:

  1. Contrastes.
  2. In media res.
  3. Efeito Rashomon.
  4. Simbolismo.
  5. Loop.
  6. Arma de Tchekhov.
  7. Plot twist.
  8. Multiplot.
  9. Narrativa em abismo.
  10. MacGuffin.
  11. Torne pessoal.
  12. Escrita confiante.

Conheça um pouco mais as técnicas avançadas de storytelling que preparamos para você!

1. Contrastes

A primeira técnica que vamos apresentar é chamada de Contrastes. Ela costuma ser utilizada para comparar “expectativa X realidade” ou “o que é X o que pode ser”. Normalmente, é adotada com o intuito de fazer com que as pessoas se identifiquem com o seu discurso e sintam-se motivadas por ele. 

Lembra do meme “expectativa X realidade”? A ideia é mais ou menos essa! A principal diferença é que não temos a expectativa como algo inalcançável! Muito pelo contrário! 

Queremos mostrar, a partir do texto, que a realidade é boa, mas poderia se tornar algo ainda muito melhor, encantando o nosso leitor e apresentando a ele como tornar isso possível ao optar pela nossa solução.

Algumas dicas úteis:

  • crie um arco narrativo cativante;
  • desenvolva uma conversa com a persona, apontando as diferentes perspectivas;
  • apresente de forma clara e estratégica quais são os passos para que o seu leitor tenha sucesso;
  • se julgar necessário, use gráficos e imagens para embasar o conteúdo;
  • aposte em um CTA matador, que amarre o conteúdo que foi apresentado até então.

Alternar ao longo de um texto ou de uma peça gráfica, como infográficos, essas duas variações (o que é X o que poderia ser), também é uma opção para apresentar as possibilidades para a persona, criando um apelo emocional e aumentando o impacto com a revelação final.

2. In media res

Imagine começar um texto no meio dos acontecimentos? É exatamente assim que funciona a metodologia In media res! Essa é expressão latina que significa “no meio das coisas” e é uma técnica narrativa literária que inicia a história em seu ápice ou no momento de maior ação, de modo a conquistar a atenção do leitor e despertar o interesse dele para buscar entender o que aconteceu.

Trazendo para a realidade do copywriting, vamos pegar um exemplo da própria Rock. No post “Como um único blog post trouxe 2 milhões de reais para a Rock em menos de 3 anos?”, nós já iniciamos a leitura sabendo o seu ápice: com apenas um post fomos capazes de lucrar 2 milhões de reais. Mas e como isso foi feito? Voltamos, então, ao início dessa narrativa pra contar a história!

Portanto, tenha em mente que o uso como forma de storytelling para impactar sua audiência deve ser bem planejado e executado. Do contrário, confundirá o leitor em vez de despertar a curiosidade para saber o rumo da história e as soluções que você, enquanto escritor, pode trazer para o texto.

3. Efeito Rashomon

A próxima técnica será adaptada diretamente das telas do cinema. O filme Rashomon, baseado na obra de mesmo nome, tem como mote principal que toda história tem mais de um lado e mesmo o que é verdade para uma pessoa pode não representar a realidade de outra.

Na psicologia, de forma semelhante, o efeito Rashomon é usado para explicar quando uma ou mais pessoas têm lembranças ou memórias diferentes sobre um mesmo evento.

Já o efeito Rashomon do storytelling consiste em abordar diferentes pontos de vista e interpretações sobre um evento. Mas, assim como já comentamos no último tópico, essas possibilidades devem ser apresentadas de forma plausível, racional e relevante.

“E como usar isso no copy?” — você pode ter se perguntado. Uma ideia para utilizar a técnica é em textos que abordam questões relacionadas a interpretações diferentes, como qual tipo de produto é ideal para cada usuário. Entender essa abordagem (e aplicá-la) pode ser interessante também para quem escreve conteúdos interativos.

4. Simbolismo

A objetividade é fundamental em muitos formatos de conteúdo e, quando falamos de textos voltados para o universo digital, podemos usar técnicas do simbolismo para tornar nossos conteúdos mais instigantes e explorar outras percepções, sensações e o imaginário de nossos leitores.

Quando usado de forma estratégica e inteligente, um símbolo é usado com um novo significado, indo além daquele que recebe originalmente. O que vai transformá-lo e interferir na interpretação será o contexto e a forma como essa técnica é implementada.

Em uma leitura superficial e pouco atenta, por exemplo, pode-se deixar passar outras interpretações para o que é dito em um texto. O uso das metáforas também é uma forma de simbolismo, como “tempo é dinheiro”, “a situação virou uma bola de neve” ou “estava vivendo uma montanha-russa de emoções”.

Falando de meme novamente, vejam como o Burger King aproveitou uma ação do seu maior rival, o McDonald’s, para chamar a atenção para os próprios hambúrgueres

Ações publicitárias do McDonald's e do Burger King
Comparação dos banners do McDonald’s e do Burger King — Reprodução. 

O McDonald’s lançou novos produtos com a marca Nutella e espalhou a notícia com banners que ilustravam que a marca ama Nutella.

Aproveitando do Meme “Nutella X Raiz”, em que Raiz é considerado algo autêntico e Nutella uma variação do original, o Burger King fez um banner parecido com o do concorrente, mas com a palavra “raiz”. Nesse caso, o símbolo ultrapassa o sentido original dos termos e é preciso saber o contexto para entender a comunicação feita, não é mesmo?

Na produção de conteúdo para web, o uso desses recursos podem trazer outros valores para os produtos ou para as soluções de um projeto, por exemplo.

5. Loop

Esse efeito vai ser bastante familiar para aqueles que assistiram ao filme “O Feitiço do Tempo” na Sessão da Tarde — estamos sendo cringe para a geração Z? Se não entendeu a referência, vamos explicar melhor! 

A narrativa em loop é a forma escolhida para apresentar uma sequência de fatos de forma repetitiva, sejam ideias, processos ou soluções. Atenção: é importante mostrar as variações dos “caminhos” alternativos dentro do loop para não deixar o texto repetitivo e para surpreender quem lê o seu conteúdo.

Pode ser interessante utilizar em textos em que é imprescindível abordar a repetição de rotinas e erros, de forma a dar o destaque necessário. Você também pode usar os princípios do loop ao retomar informações que foram explicadas anteriormente, destacando novos significados e perspectivas para elas.

Uma alternativa em que o loop pode aparecer é quando alguém termina um texto retomando o início dele, fechando o ciclo, por assim dizer. Os loopings podem ser utilizados, inclusive, para explicar funcionalidades e recursos não só em formato de texto, mas no uso de gifs.

Essa é uma tendência bastante em alta em vídeos do TikTok, que já se encerram com um gancho para retomar o início do conteúdo de maneira fluida — basta conferir a hashtag “loop” para conferir as infinitas possibilidades.

@sirwrender

look at this satisfying perfect fit 🤤🤤 #oddlysatisfying #perfectfit #loop

♬ original sound – SirWrender

6. Arma de Tchekhov

A Arma de Tchekhov é mais uma das técnicas avançadas de storytelling. Também conhecida como a técnica de “plantar e colher”, nela, basicamente, você mostra um item no início da sua história e o retoma na sequência para que seja resolvido em algum conflito ou alguma situação da trama. 

Costuma ser muito usado no cinema e na literatura, mas pode ser adaptado para conteúdos web. Seu maior princípio é que todo elemento de uma história precisa ser relevante e necessário. Portanto, se o seu título promete algo, é importante que essa informação seja entregue ao longo do texto!

Você pode retomar, na conclusão, algo que foi citado, brevemente, na introdução ou em outra parte do conteúdo e usá-lo para concluir o conteúdo, dando um significado mais relevante em relação à primeira vez em que a informação foi citada, por exemplo.

Também há a possibilidade de fazer promessas em uma parte do texto e abordá-la depois, de uma forma inesperada — isso acontece quando falamos “como vamos abordar mais à frente”.

7. Plot twist

Você já leu um livro ou assistiu a um filme em que, de uma hora para outra, TCHAM: uma reviravolta surpreendente na narrativa! Essa técnica de storytelling para impactar sua audiência é chamada de Plot Twist e pode ser adotada em conteúdos para web, já que ajuda a engajar a sua audiência e a tornar seus textos memoráveis.

A surpresa é uma emoção muito forte e que as pessoas costumam guardar na memória. Plot twists são elementos persuasivos, que trabalham (e brincam) com as expectativas do leitor, envolvendo-o. 

Você pode usar um desses elementos nos seus textos para mexer com o seu público, criando expectativas sobre uma abordagem e, no desfecho do conteúdo, mostrando um caminho diferente, quase contrário ao que ele esperava no início da leitura.

Uma possibilidade é usar essa técnica junto à “Arma de Tchekhov”, para espalhar pistas ao longo do texto, a fim de que a sua reviravolta não soe como forçada e vire um Deus Ex Machina — que é quando as soluções surgem de forma mirabolante e sem relação com o que foi abordado até então na narrativa.

Observe a propaganda a seguir e nos conte se plot twist e a técnica da “arma de tchekhov” foram usados juntos na narrativa! Certeza de que apenas em uma segunda visualização saberá a resposta.

Já viu o vídeo? Continue a leitura!

Ele é uma ação de uma ONG sem fins lucrativos em prol das famílias de vítimas de massacres e com o objetivo de erradicar a violência armada. Em um primeiro momento, não diríamos isso, né? Mas se você observar melhor, perceberá que os detalhes estão lá em todas as cenas.

8. Multiplot

Como implementar o multiplot em seu conteúdo sem desviar por um caminho e parar no multiverso da loucura?

Piadinhas à parte, a diferença do plot twist para o multiplot é que, neste caso, temos narrativas que apresentam mais de um ponto de vista — e isso acontece em livros, pinturas, filmes, séries etc.

Em conteúdos web, por exemplo, essa técnica pode ser utilizada ao abordar histórias diferentes em blogposts ou e-books. Essas narrativas podem ser unidas por um tema ou podem ser exemplos diferentes de cases de sucesso ligados a um produto.

É satisfatório (e elegante) quando o texto consegue relacionar todas as histórias ao fim, reforçando o tema que as une e a importância disso para o público, dando credibilidade à leitura daquele texto.

Uma alternativa está nos textos âncora, que abordam um tema de forma mais ampla, mas também são segmentados em conteúdos menores e mais específicos sobre cada subtema.

9. Narrativa em abismo

Entre as técnicas avançadas de storytelling, temos também a narrativa em abismo, que contempla outras narrativas dentro de si. Por exemplo: você pode, em um mesmo blog post, contar histórias que estejam relacionadas ao tema do seu conteúdo para poder conferir credibilidade ao texto.

Veja no caso deste post sobre storytelling. Enquanto apresentamos 12 técnicas, também desenvolvemos e aprofundamos cada uma com exemplos e outras histórias que fazem sentido com o tema principal, que são técnicas de storytelling.

Para que a metodologia funcione, portanto, é importante que essas narrativas tenham relação entre si e que se completem em um sentido maior, com um encadeamento significativo e fusão entre todos os tópicos.

10. MacGuffin 

Popularizado por Hitchcock, o termo MacGuffin foi bastante usado em seus filmes, mas também em outras obras cinematográficas! Ele diz respeito a algo tido como foco central de um filme, mas que perde sua relevância ao longo da narrativa. 

Se trouxermos para a realidade do marketing de conteúdo, por exemplo, o MacGuffin pode ser o produto ou o serviço que o seu projeto oferece.

Não que esse item deixará de ser relevante — longe disso —, mas você pode usar essa técnica em conteúdos web para priorizar os benefícios daquilo que é oferecido ao seu leitor em vez de focar na venda em si.

Trata-se de mostrar os caminhos que levam até aquele produto/serviço e não se preocupar em adjetivar ou exaltá-lo de forma tão direta, como se você estivesse produzindo postagens de topo ou meio de funil, sabe?

11. Torne pessoal

Quer uma forma melhor de criar aproximação com o leitor do que compartilhar com ele exemplos verídicos e pessoais? Isso faz com que seja criado um laço de confiança entre vocês, o que é muito interessante.

Trazer questões mais pessoais para as suas histórias pode ser um bom recurso para lhe ajudar a escrever de forma mais sincera e, ainda, gerar identificação com o seu público, trazendo credibilidade para a sua escrita.

Então, tente trazer exemplos da sua vida, de coisas que você viu, leu ou viveu (podendo ou não usar a primeira pessoa, vai depender do foco do seu texto) e que façam sentido ser compartilhados no conteúdo em produção.

12. Escrita confiante

Essa técnica de storytelling para impactar sua audiência é provavelmente menos objetiva do que as outras, mas, talvez, seja mais importante do que todas elas.

A dica aqui é exercitar a autoconfiança ao escrever seus textos. Estude constantemente e se baseie em técnicas e recursos de storytelling (como jornada do herói, da heroína e as descritas aqui neste texto), mas sempre confiando nas suas escolhas.

E é sempre bom tomar cuidado com o excesso de cobrança sobre si para evitar procrastinações e aquela sensação de que o texto ainda não está perfeito. É preciso, então, ser consistente e ter foco na escrita.

Quando você sabe que está se dedicando, aprofundando os seus conhecimentos e os colocando de forma estratégica em prática, não precisa ter medo sobre os possíveis resultados do que faz. Deixe que a sua sabedoria e suas habilidades sejam demonstradas em seus materiais.

Ao longo deste post foram compartilhadas 12 técnicas avançadas de storytelling. Cada uma com suas especificidades e possibilidades de uso. É preciso escolher quando adotar cada uma e como fazer isso da melhor forma. Agora que você já conhece um pouco mais sobre elas, poderá utilizá-las em seus textos com sabedoria e de forma tática.

E como adquirir novos conhecimentos nunca é demais, que tal aprofundar o que você sabe sobre storytelling? Inscreva-se para receber a nossa videoaula sobre storytelling e processos de criação!

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Thiago Murça

Briefing

Arthur Minoves

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