A transformação digital é uma realidade da sociedade atual, mas nem sempre foi assim para quem nasceu, por exemplo, entre os anos 1980 e 1990. Já para um público mais novo, os recursos tecnológicos sempre estiveram presentes. Essa singularidade é apenas um dos motivos para explicar tantas diferenças entre gerações ainda muito próximas, e o primeiro passo para entender o que é cringe.
Como assim? O termo em inglês ganhou destaque nas redes sociais e expôs diferenças comportamentais significativas entre os Millenials e a Geração Z, separados por poucos anos. Mas o que isso tem a ver com a realidade da sua empresa? Tudo!
Afinal, o comportamento da sua audiência é um dos termômetros mais relevantes para as suas estratégias de marketing ou publicidade. O que acha, então, de se aprofundar no assunto? Preparamos um conteúdo com tudo o que você precisa saber sobre o tema:
Preparado para não transformar a sua marca em algo cringe? Continue a leitura deste artigo e saiba o que fazer!
O que é cringe
Explicar o que é cringe já pode ser considerado cringe para a Geração Z, mas vamos lá. Tudo começou quando uma influenciadora pediu aos seus seguidores da geração para falarem o que eles achavam que era “mico” por parte dos Millenials. O termo “mico” foi corrigido ainda no mesmo post, e cringe ganhou vida nas redes sociais e em discussões e conversas entre todas as gerações.
Ou seja, cringe é alguma atitude considerada vergonhosa ou cafona, como usar calças mais apertadas ou ser fã de Friends ou desenhos da Disney, de acordo com a Geração Z. A partir disso, começaram várias discussões na internet, não apenas para apontar o que é ou não é cringe, mas para entender do que se tratava esse debate e por que o termo tinha ganhado tanto espaço.
A tradução literal da palavra, que pode ser interpretada como alguém acuado, não tem nada a ver com a conotação que é utilizada no debate entre as gerações.
Por que o termo se popularizou e se tornou polêmico
Como são duas gerações muito próximas e já conectadas ao ambiente online, a disputa entre os usuários se acirrou bastante, e o termo ganhou mais mídia. De acordo com o próprio Google, a expressão se tornou uma das 50 pesquisas mais frequentes no Brasil. A partir da pergunta inicial da influenciadora, os usuários começaram a listas atitudes e práticas consideradas cringe — ou se defender das acusações.
Assim, o termo ganhou ainda mais relevância nas redes sociais, tornando-se um tema em debates nos mais variados canais e ciclos sociais. As discussões foram abertas também para que outras gerações, como os baby boomers, X e Y, também participassem da conversa. Apesar do clima de descontração, o termo cringe ressaltou, mais uma vez, a importância de uma marca conhecer cada vez mais o seu público.
Millennial vs. Gen Z
Antes de entender como a sua marca pode evitar de ser taxada como cringe, é preciso compreender mais sobre as gerações que estão em “conflito” por conta do termo em questão. Os Millenials são as pessoas que nasceram entre o fim dos anos 80 e o início da década de 1990. Apesar de serem conectados, eles não foram criados em um mundo completamente digital.
Na infância, não existiam tantos dispositivos digitais dentro de casa, por exemplo. A internet passou a se tornar mais presente na adolescência dessas pessoas e, portanto, ainda estão conectados com algumas práticas, conceitos e ideias de uma sociedade mais analógica. Já a Geração Z representa os nascidos entre o fim dos anos 90 e 2010, ou seja, são pessoas ainda mais conectadas.
Como uma marca pode evitar que seja taxada como “cringe”
Independentemente da polêmica envolvendo o termo, é sempre importante manter a sua marca afastada dessas discussões, não é mesmo? Já pensou se a sua empresa ficar marcada como cringe? Pode parecer pequeno, mas nunca é algo positivo. Pensando nisso, listamos algumas dicas para evitar que isso aconteça!
Buscar sempre inovação na experiência do usuário (UX)
A experiência do usuário é um tema fundamental para qualquer negócio que queira se destacar em um mercado tão competitivo, certo? Também se trata de um tópico importante para não ser considerado cringe. Pensando nisso, é preciso colocar tempo, planejamento e recursos em inovações e melhorias que transformem a jornada do usuário pelas suas páginas ainda mais atrativa e satisfatória.
Como essa polêmica está mostrando, as gerações são muito diferentes e percebem os mínimos detalhes. Sendo assim, um e-commerce que tinha resultados positivos a partir de determinado layout, dois anos atrás, pode ser considerado ultrapassado, hoje. As tendências, exigências e demandas se modificam de maneira cada vez mais acelerada, e acompanhar isso é importante.
Dessa forma, a busca pela inovação, quando se fala em UX, é uma característica necessária para se manter relevante por um longo período. Encontre formas de tornar a experiência do usuário positiva em todos os pontos da jornada, seja em um site, seja em uma rede social. Não relaxar e manter a sua equipe focada em encontrar novas soluções é primordial.
Dar atenção às mudanças de hábito da persona e de sua geração
Dentro de qualquer planejamento de marketing digital, definir e conhecer a sua persona a fundo é uma etapa necessária para ter sucesso. Ela se torna ainda mais relevante quando se fala em não ser cringe. Afinal, as mudanças de hábitos são cada vez mais intensas entre os consumidores, e essa disputa entre as gerações tornou isso ainda mais evidente.
Não se trata de uma polêmica entre gerações separadas por décadas. São indivíduos divididos por alguns anos, em muitos casos. Mas a mudança de percepção sobre determinados assuntos é muito significativa. Toda essa polêmica, portanto, deve servir como estímulo para continuar acompanhando as mudanças e os feedbacks da sua audiência sobre o que funciona e o que precisa melhorar.
Quanto mais próxima for a relação da sua marca com a sua persona, maiores são as chances de se manter sempre atualizada e preparada para entregar uma experiência melhor e mais satisfatória. Em vez de esperar até que uma estratégia ou postura se torne cringe, a sua empresa pode se antecipar e sair da discussão em alta.
Oferecer uma comunicação fluida e personalizada nos canais de comunicação (evitar conteúdos longos)
Estar presente nas redes sociais deixou de ser um diferencial e se tornou uma obrigação. É o começo para qualquer empresa que deseja ser relevante, mas a forma como a comunicação é realizada nessas plataformas é o que vai separar a sua marca dos concorrentes. Esse entendimento vale para qualquer canal utilizado na busca por aproximação com a sua audiência.
Investir em uma comunicação fluida e personalizada vai permitir que os usuários se identifiquem e se relacionem de maneira mais natural com a marca. Isso é exatamente o oposto do que é ser considerado uma empresa cringe. Respostas automáticas, pouca interação e muita superficialidade na comunicação passam a imagem de uma empresa mais engessada e pouco disposta a se aproximar do público-alvo.
O mais importante é seguir a orientação da dica acima: entender as preferências e hábitos da sua persona. Porém, algumas questões se tornam relevantes para qualquer empresa, independentemente do perfil do público.
Uma delas é o tamanho dos conteúdos, que devem se encaixar em uma rotina mais dinâmica. Por isso, não podem ser tão longos — com exceção aos conteúdos de fundo de funil em uma estratégia de Marketing de Conteúdo, por exemplo.
Ter valores sociais definidos sobre a marca e expressá-los diariamente nas ações de comunicação com a empresa
Se tem uma coisa que Millennials e a Geração Z concordam que não é cringe são as causas e valores sociais de uma companhia. Segundo uma pesquisa feita pela revista Forbes, 75% dos entrevistados que fazem parte dessa geração querem se relacionar com marcas engajadas em questões sociais. Ao mesmo tempo, 71% de quem está na Gen Z espera a mesma postura das empresas.
Ou seja, definir quais são os valores sociais da sua marca e garantir que eles estejam presentes na comunicação diária é fundamental. Mostrar que se preocupa com a diversidade no ambiente de trabalho ou com mulheres ocupando posições de liderança, por exemplo, é essencial. Não é como se a única preocupação fosse a divulgação, mas ela também beneficia a companhia.
Afinal, é mais uma maneira de se relacionar com o público, criando empatia e brand awareness. Além de, definitivamente, retirar a sua marca da lista de cringes, pode contribuir com a atração e retenção de talentos, por exemplo. Não há nada de errado em enfatizar essas ações nas suas comunicações, especialmente, porque o público quer se relacionar com as empresas que seguem esse caminho.
Vender propósitos, e não produtos
Conectado ao tópico acima, os consumidores das duas gerações não procuram apenas por melhores preços ou produtos de maior qualidade. Claro, isso ainda é um fator importante, mas os propósitos de uma empresa são tão relevantes quanto esses dois fatores. Pensando nisso, a sua marca deve se concentrar, cada vez mais, em promover mais os seus valores e ideais do que as soluções em si.
Mostrar ao consumidor que ele está fazendo parte e contribuindo para uma jornada mais longa e complexa, que envolve causas sociais, governança e outros quesitos valorizados por esse público, é um caminho. Fazer com que o usuário se sinta parte desse processo é fundamental e, por isso, o foco não pode ficar apenas nos seus produtos e/ou serviços.
Focar não apenas a aquisição, mas a retenção e fidelização de clientes
Como consequência disso, é natural que uma empresa com essa mentalidade também invista em estratégias que foquem não apenas a aquisição de novos clientes, mas a retenção, o encantamento e a fidelização desses consumidores. Como falamos, as duas gerações priorizam as marcas que melhor se relacionam com eles, e não têm o costume de mudar frequentemente.
O mesmo estudo da Forbes indica que seis em cada dez Millennials priorizam sempre as marcas com que eles já se relacionam e criaram uma identificação. Ou seja, não vão deixar de comprar com X, apenas porque os produtos de Y são alguns reais mais baratos. Eles compram toda a experiência, não apenas um único detalhe, e isso reforça a importância de fidelização.
Manter os clientes por perto e garantir que eles retornem mais vezes é a melhor alternativa para seguir relevante por um longo período. Isso reforça como é importante não ser cringe e cuidar não apenas das questões envolvendo o marketing, mas em outras áreas, como vendas, exigindo atenção antes e depois de fechar um negócio, por exemplo.
Produzir conteúdo apenas promocional
O Inbound Marketing tem maior penetração entre as gerações mais novas do que o Outbound Marketing. Isso se reflete também na produção de conteúdo, que não pode ficar restrita apenas aos materiais promocionais. A comunicação precisa ser menos agressiva e direta, além de relevante para atrair a atenção do seu público e garantir que ele se interesse pelo que a sua marca tem para falar.
Dessa forma, é importante investir em estratégias como o marketing de conteúdo, com newsletters, ebooks e um blog atualizado para criar essa interação entre marca e público. Como mostramos nos outros tópicos, os conteúdos não precisam ser diretamente relacionados aos seus produtos e serviços. Lógico, esses também devem fazer parte do planejamento, mas questões sociais podem ser abordadas.
Lembra-se de que as duas gerações se importam com isso? Produza alguns conteúdos apresentando e exaltando as histórias de mulheres que atuam como gestoras na sua empresa, por exemplo. Além de reforçar os valores sociais, cria uma conexão mais natural com a audiência e tira um pouco o foco apenas de negócios e vendas, reforçando a relação entre as duas partes.
Esse é mais um exemplo de como é fundamental conhecer os seus consumidores. Quanto mais informações, melhor, para que a sua marca consiga se posicionar e ter ainda mais sucesso dentro de um cenário de tanta competitividade.
Que tal aproveitar e tirar todas as suas dúvidas sobre como essas gerações são tão diferentes e como a sua marca pode se comunicar melhor com elas? Então, confira o nosso dossiê das gerações: o que são as gerações Millennials, GenZ, Alpha e como sua marca pode alcançá-las!
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