O jornalismo econômico sempre foi muito importante para qualquer sociedade, mas ganhou relevância ainda maior nos últimos anos, seja pela mudança no comportamento da população, seja pelo impacto de decisões na política econômica de um país. Mas, na prática, qual é o papel do Marketing de Conteúdo e do jornalismo nessa área, por que se consolidou nos últimos anos e quais são os principais desafios para quem atua na profissão?
O que acha de se aprofundar um pouco mais no assunto? Neste artigo, vamos falar sobre os seguintes temas:
Quer saber mais? Continue a leitura e entenda tudo sobre jornalismo econômico!
O que é o jornalismo econômico?
O jornalismo econômico nada mais é do que a especialização da cobertura jornalística em relação aos temas e questões da Economia, com o foco no que está acontecendo em um país, no mundo ou apenas em uma cidade específica. O objetivo é apresentar à população tópicos relevantes sobre o segmento, como os impactos de uma decisão na política financeira em uma nação.
Assim como a editoria de Esportes busca comunicar notícias relevantes dentro do segmento, a ideia é fazer o mesmo dentro da Economia. Ou seja, o conteúdo sempre está relacionado ao setor. Isso significa que assuntos mais teóricos podem ser abordados em notícias e reportagens, assim como ações mais práticas ou novidades da área, como o surgimento do Pix, mais recentemente.
O papel do jornalismo econômico é tornar ainda mais acessível a compreensão e o entendimento de uma série de fatores importantes, que nem sempre podem ser compreendidos pela população de maneira simples. Em resumo, o jornalista que atua nesse segmento precisa dar sentido prático aos termos e indicadores tão comuns dentro dessa área de conhecimento.
Como o jornalismo econômico se expandiu pelo país?
O que aconteceu nos últimos para que o jornalismo econômico ganhasse ainda mais relevância no país? É o que veremos!
Transformação digital
Uma das razões para muito do que acontece em nossa sociedade está na transformação digital, não é mesmo? Não é diferente quando se fala no mercado do jornalismo econômico. A facilidade em acessar as mais diversas informações permitiu que conteúdos muito restritos por um longo período se tornassem mais acessíveis.
Vamos para um exemplo prático: no dia a dia, um jornal nem sempre vai ter o espaço necessário para se aprofundar em detalhes econômicos. É natural que se tenha uma notícia ou uma seção inteira dedicada ao segmento, mas os assuntos são mais urgentes, como mudanças na política econômica do Brasil. Com a internet, porém, esse cenário se modifica por completo.
Para começar, uma série de economistas passou a ter um contato mais próximo com a sua audiência. Esses profissionais não precisam mais se comunicar apenas pelo jornal ou pela televisão. Por que não investir em um canal no YouTube para falar sobre assuntos mais relevantes sobre o tema? Sendo assim, tornar mais fácil o acesso aos detalhes da economia também fortaleceu o segmento.
Queda da taxa Selic
Dentre os muitos tipos de investimento, a poupança é a mais conhecida e popular entre os brasileiros. Segundo um relatório da Anbima (Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), são 30 milhões de pessoas guardando seu dinheiro nesse ativo. Isso representa 29% do total dos investidores no país, um número alto, mas em queda de 8%, em relação a 2019.
Qual é a razão para essa busca por outros investimentos? O item acima explicou bastante, já que o acesso à informação se tornou mais fácil, mas não se trata só disso. O indicador da economia conectado ao rendimento da poupança é a taxa básica de juros, também conhecida como taxa Selic. Em 2015, esse índice estava na casa dos 15% de rentabilidade ao ano, e atingiu o patamar mínimo histórico de 2% em agosto de 2020.
Ou seja, um investimento que não exigia tanto conhecimento deixou de render muito e passou a devolver muito pouco. Dessa forma, é natural que o brasileiro busque mais informações sobre outros tipos de ativo que podem ser interessantes para os seus objetivos. A necessidade de olhar para outras opções na renda variável e fixa também fortaleceu o jornalismo econômico.
Mudança de comportamento
Ao longo de décadas, o brasileiro construiu a imagem de que não se importa tanto com a sua saúde financeira. Não à toa, dados mostram que mais de 70% dos brasileiros não têm o costume de guardar dinheiro.
Esse número, porém, não descarta a mudança de comportamento que está acontecendo na sociedade. De acordo com um estudo do Banco Mundial, o panorama está alterando nos últimos anos.
Na pesquisa divulgada pela instituição, o número de brasileiros que passaram a guardar dinheiro pensando no seu futuro aumentou de 4% para 11%. Ainda se trata de um número baixo, na comparação com outros países, mas mostra um sinal de alerta sobre alguns hábitos em relação ao patrimônio financeiro da população no Brasil. Assim, é natural que a busca por informações também aumente.
O período de pandemia também influenciou essa mudança de comportamento. A consultoria Oliver Wyman detalhou um estudo em que mostra que mais de 60% dos brasileiros pretendem economizar mais todos os meses após a crise sanitária. Mas não é um trabalho tão simples, especialmente no início, o que torna o jornalismo econômico ainda mais importante e relevante nesse cenário.
Quais os principais desafios para o jornalismo econômico?
Atualmente, quais são os principais desafios para quem atua no segmento e quais são as ferramentas e recursos que podem ser utilizados para superá-los?
Explicar conceitos complexos
O principal desafio para quem atua nesse mercado é conseguir explicar conceitos complexos de maneira que alguém com pouco conhecimento consiga ter a melhor compreensão possível. Uma das formas de se fazer isso é utilizar técnicas mais eficientes de comunicação e Marketing Digital, como o Marketing de Conteúdo. Com a produção de conteúdos relevantes e pensados de maneira escaneável, é possível captar a atenção do leitor.
A ideia é adaptar ao que a internet está propondo: variados formatos. Alguns conteúdos mais técnicos, por exemplo, podem ser explicados de maneira simples a partir de um conteúdo interativo. Ao mesmo tempo, materiais em vídeo e infográficos também podem ser muito úteis para construir uma experiência positiva para todos os leitores, garantindo que eles tenham a compreensão necessária.
Entender e interpretar dados econômicos
Para isso, é preciso não apenas entender e interpretar dados econômicos, mas mostrar de forma prática como isso pode afetar a realidade do interlocutor. Isso não depende de quem é a persona. Cada situação pode exigir um grau diferente de conhecimento, mas é natural que alguém que não tenha expertise no tema precise de um suporte para compreender certos assuntos e conceitos.
Combater a proliferação de fake news
Outro dos grandes desafios do jornalismo econômico é o combate à proliferação de fake news. A liberdade de expressão permite que jornalistas façam retratos verdadeiros e realistas sobre dados econômicos.
Afinal, vivemos um período em que informações são distorcidas com muita facilidade. Quem atua na área precisa, portanto, atuar como um curador para validar certas informações e notícias.
Manter a democracia
Dessa forma, o jornalismo econômico também tem um impacto significativo na manutenção da democracia. Caso uma informação não chegue à população, a cobrança e o entendimento sobre o que está sendo feito em relação às decisões econômicas de um país, estado ou município podem ser prejudicadas. De certa forma, quem atua na área ajuda a construir uma sociedade mais transparente.
Informações que não são do interesse do detentor daqueles dados, por exemplo, não vão ser censuradas. Quer um exemplo? Dados oficiais mostram que a taxa de desemprego no Brasil reduziu no segundo semestre. Mas, ao mesmo tempo, ainda são 14 milhões de brasileiros desempregados. Isso significa que uma mesma informação pode ser utilizada de diferentes maneiras, de acordo com as intenções de quem está repassando.
Cabe ao jornalista econômico, portanto, transmitir uma visão neutra e balanceada, mostrando como aqueles dados se relacionam na prática e não escondendo nenhuma informação relevante da população. É um mecanismo fundamental para a manutenção da democracia em qualquer país ou região.
O jornalismo econômico é, portanto, um canal fundamental para que a sociedade se torne um lugar mais democrático e justo. Afinal, interpretar e tornar mais acessíveis informações tão importantes para a população é uma atividade muito nobre. Em um período em que a desinformação ganha proporções cada vez maiores, esse segmento jornalístico se torna essencial.
Abordar assuntos mais complexos do universo do segmento financeiro nem sempre é fácil, não é mesmo? Pensando nisso, uma estratégia interessante pode ser adotar formatos diferentes de conteúdo. Nada melhor do que um exemplo para entender: conheça 6 empresas do setor financeiro que estão usando conteúdo interativo para gerar mais conversões e atrair leads qualificados!
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