Finanças Pessoais para Freelancers: 9 dicas que você precisa conhecer

Finanças Pessoais para Freelancers

Finanças pessoais para freelancers provavelmente não eram o tipo de assunto que passava na cabeça de nenhum de nós quando decidimos deixar nossos empregos e encarar o home office.

Perseguidos pela falta de tempo, pouca qualidade de vida e estresse corporativo, o que a gente queria mesmo era trabalhar sem chefe. Mas, rapidamente, descobrimos que ser dono do próprio nariz também tem seu “inferno e céu de todo dia”, como cantou Cazuza.

Muitos de nós, aliás, dividem-se entre o trabalho convencional e uma rotina freela. Não importa: essas pessoas também compõem os números da chamada “gig economy”, e vivem o melhor — e o pior — de dois mundos.

Neste artigo, vamos falar sobre um assunto que prova como a vida de freela não é só flores: as finanças pessoais. E fique tranquilo, você não precisa se tornar um especialista financeiro para dar à sua carreira o rumo que sonhou. Mãos à obra!

1. Dê valor ao seu tempo

Essa dica não deve ser interpretada de forma subjetiva. Ao sugerirmos que você valorize o seu tempo, estamos falando de valor material mesmo: dinheiro.

Quanto vale uma hora do seu trabalho? Esse preço é o mesmo para todas as funções que você desempenha? Toda ocupação pressupõe atividades muito divertidas e outras que podem ser bem entediantes. Já pensou em usar isso para precificar?

As atividades chatas que você deve desempenhar bem que poderiam custar um pouco mais caro, concorda? Afinal, ser dono do próprio tempo significa também saber quanto ele vale em cada circunstância.

2. Contrate um contador

E por falar em tempo — e em atividades que podem entediá-lo —, você não é obrigado a cuidar de todas as suas finanças, impostos e outros trâmites burocráticos, mas necessários.

Se quiser economizar tempo para investir nas coisas que vão gerar renda para você, contrate um contador. Ah, e lembre-se que Microempreendedores Individuais (MEI) têm acesso a um ano grátis desse serviço.

Acredite, só quem já contou com a ajuda de um profissional desses sabe como ele pode encurtar caminhos e ajudar a economizar nas taxas e tarifas.

3. Formalize-se e fique atento aos impostos

A melhor forma de profissionalizar a sua atividade freelancer é se formalizar. E com grandes poderes profissionais vêm grandes responsabilidades fiscais.

Grandes apenas no sentido de importância, já que o MEI paga, em média, menos de 60 reais mensais em impostos, já deduzida a contribuição previdenciária. Mas atenção: por menor que eles sejam, não cometa o erro comum de esquecer de contabilizar seus impostos em uma planilha de controle financeiro.

4. Mantenha um controle rígido das finanças

Comece o trabalho abrindo uma conta em nome da sua empresa. Faça isso para separar finanças pessoais e profissionais, e ter acesso a inúmeros benefícios, como financiamento com baixas taxas de juros, por exemplo.

Depois, contabilize tudo que entra e sai. Coloque-se como funcionário da sua própria empresa, estabeleça um valor a ser pago a você mesmo e, com esse dinheiro, pague as despesas pessoais.

Todo o resto deve ser usado para custear o funcionamento da empresa, gerar capital de giro e fazer caixa.

5. Considere automatizar os pagamentos

Já que você paga taxas aos bancos, aproveite ao máximo os serviços que eles oferecem. Por exemplo, considere colocar suas contas recorrentes no débito automático.

Isso ajuda a ter maior controle financeiro por dois motivos: cria uma sensação mais real do seu dinheiro — já que as despesas são debitadas no início do mês e apenas o que sobra pode ser usado para outras finalidades — e ainda obriga que você seja organizado com as datas dos depósitos.

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6. Invista na segurança do seu negócio

A segurança é sempre uma questão a se considerar quando você trabalha por conta própria. Por exemplo, imagine a tranquilidade que representa um contrato assinado com um novo cliente, com cláusulas cobrindo diversas situações e impedindo mal entendidos futuros.

Considere também o pagamento de um seguro para alguns equipamentos que são caros e não podem deixar você na mão. No caso do redator ou designer freelancer, o computador é um bom exemplo desses equipamentos.

7. Pense nos custos antes de aceitar um job

Alguns trabalhos vêm com uma série de pequenos custos embutidos. E, se você deixa de calcular aquele Uber que tem que pegar porque o cliente quer uma reunião presencial ou a conta do almoço para discutir algumas ideias, vai levar prejuízo.

Considere todo tipo de despesas antes de aceitar um job, e coloque-as na ponta do lápis antes de precificar. Além disso, tenha em vista que tentar vencer os concorrentes apenas baixando seu preço nunca é uma boa.

8. Preocupe-se em aumentar sua demanda

A regra da oferta e procura deve pautar o seu planejamento de curto, médio e longo prazos. Se houver mais pessoas interessadas nos seus serviços do que você é capaz de atender, tudo fica mais simples.

Cobrar mais caro pelo mesmo serviço deixa de ser um problema e selecionar clientes por afinidade e trabalhos pela sua habilidade com o tema também fica mais fácil.

9. Lembre-se da aposentadoria

Você deve trabalhar um pouco mais agora para compensar aqueles dias de descanso de que vai precisar quando estiver mais velho. Assim, não importa que tipo de contribuição ou economias vai fazer, o importante é lembrar que sua energia não dura para sempre.

Aplique no Tesouro Direto, faça previdência privada ou contribua para a previdência pública. Trabalhar por conta própria é pensar no futuro, e não apenas no agora.

Ser freelancer tem seus altos e baixos. Certamente surgirão problemas que vão obrigar você a sair do lugar comum e a se reinventar diversas vezes. Mas, para quem gosta de liberdade, não há forma melhor de ganhar a vida.

Esperamos que as nossas dicas de finanças pessoais para freelancers tenham ajudado nos seus primeiros passos rumo a uma nova vida. Seja bem-vindo à gig economy, ao home office e ao mundo do empreendedorismo!

E por falar em planejamento, futuro, cálculos, gastos e finanças, que tal resolver todos esses problemas com a Planilha de Controle Financeiro? Ela é gratuita e ainda pode ajudar você a se organizar e gerar renda!

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