Como identificar conteúdo criado por inteligência artificial? Veja as melhores dicas

As IAs estão evoluindo rapidamente, uma vantagem e um desafio para empresas do futuro. Explore técnicas para identificar conteúdo gerado por IA e as implicações para negócios. Aprenda a distinguir entre textos de IA e humanos, entendendo as nuances que diferenciam a escrita automática da criatividade humana.

Atualizado em: 25/06/2024
Como identificar texto feito por ia

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evolução da tecnologia sempre foi um misto de oportunidades e desafios. Tem sucesso na ponta do mercado quem consegue utilizá-la de maneira eficiente e rápida sem cair nas armadilhas que a pressa e falta de planejamento podem criar.

As Inteligências Artificiais são a mais nova prova disso. Com sua popularização nos últimos anos, muitas empresas podem colocar em xeque sua credibilidade ao utilizar de maneira equivocada conteúdos gerados automaticamente por chatbots e outros sistemas.

Mas como identificar conteúdo criado por Inteligência Artificial e evitar problemas como plágio e SEO ruim? Neste artigo, respondo todas as dúvidas mais comuns sobre o tema.

Acompanhe a seguir as melhores dicas e veja algumas ferramentas para auxiliar. Você também vai poder conferir mais informações sobre o uso atual de IA para criar conteúdo.

    Analise repetição e redundância

    Textos gerados por IA podem apresentar repetições desnecessárias ou redundâncias. Isso acontece porque a IA pode não ter uma compreensão completa do contexto ou da necessidade de variar a linguagem.

    Por isso, fica uma sensação de ‘encher linguiça’ nos textos feitos 100% por IA: ela costuma repetir o mesmo tipo de padrão na construção de frases e parágrafos, incluindo o tamanho — blocos de texto uniformes um após o outro.

    Inclusive, muitas pessoas já notaram expressões e palavras preferidas da IA, que você sempre vai encontrar em pedir textos para ela. Excesso de advérbios em -mente e expressões como ‘Em resumo’, ‘é crucial’, ‘mergulhar’ , ‘jornada’, ‘vamos juntos’, ‘envolvente’ e ‘maximizar’ são exemplos já considerados clássicos.

    Por fim, outra característica marcante é o uso muito frequente de expressões de ênfase como ‘mas não só x, como também’, muito usada em argumentação.

    Veja se há falta de profundidade ou nuance

    A IA muitas vezes não consegue capturar nuances complexas que um ser humano entenderia e incorporaria naturalmente. Isso pode resultar em conteúdo que parece superficial ou que não captura as complexidades de um tópico.

    A IA, por exemplo, não vai apresentar dados de pesquisas recentes, opinião de experts, pesquisadores e empresas renomadas — apenas se solicitado e informado no prompt. Ainda assim, sempre vale conferir esses nomes e pesquisas, pois ela pode estar inventando. Peça o link de referência e analise com cautela.

    Nesse sentido, os conteúdos 100% IA são normalmente neutros; não expressam uma opinião, uma argumentação mais apurada. Por isso, muitos falam que ele é ‘sem vida’, ‘vazio’, sem originalidade, ou seja, mais robótico. O famoso ‘mais do mesmo’.

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    Observe a estrutura gramatical e sintaxe

    Enquanto a IA geralmente produz texto gramaticalmente correto, pode ocorrer uma sintaxe estranha ou uso incomum de palavras que não são típicos de um falante nativo. Esses erros podem incluir construções de frases que parecem desajeitadas ou pouco naturais.

    Lembre-se que a IA não sabe o que está falando, mas prevê as próximas palavras com base no que está escrevendo. Logo, esse tipo de construção parece correta, mas, ao ser olhada com calma, causa estranhamento, pode ocorrer com frequência.

    Além disso, no contexto da geração de texto em português por Inteligência Artificial, é comum observar certas peculiaridades estilísticas, como o uso frequente de iniciais maiúsculas e a preferência pelo gerúndio.

    Modelos de IA, ao produzir títulos, muitas vezes aplicam a formatação com cada palavra inicial em maiúscula, um padrão que visa reproduzir formatos típicos de cabeçalhos ou títulos de artigos em inglês, mas que pode não ser sempre adequado dependendo do estilo editorial específico.

    Além disso, a IA tende a utilizar gerúndios de forma intensiva, provavelmente devido à sua prevalência nos dados de treinamento. Fique atento a esses dois excessos.

    Tenha atenção às generalizações

    Textos de IA frequentemente dependem de generalizações ou afirmativas vagas, sobretudo quando não têm informações detalhadas sobre um assunto específico.

    Eles podem parecer evasivos ao responder perguntas diretas com informações precisas. Caso você traga algum contra-argumento mais concreto, ela vai falar dizer algo como ‘Verdade, me desculpe! De fato…’

    Faça testes de referência temporal

    Conteúdos gerados por IA podem ter dificuldade em lidar com eventos atuais ou informações que mudam rapidamente. Se o texto parece desatualizado ou ignora desenvolvimentos recentes em um tópico específico, isso pode ser um indicativo.

    Um exemplo básico: se você pedir para a IA falar sobre Instagram e marketing, ela ainda vai mencionar o IGTV como uma ferramenta da rede social — sendo que ele foi desativado em fevereiro de 2022.

    Fique de olho nas alucinações

    Ferramentas como o ChatGPT ainda não são 100% confiáveis nos dados que apresentam. Podem falar com bastante convicção, mas basta ir atrás da fonte daquela informação para encontrar conflitos.

    Isso porque a IA cria uma frase que, à primeira vista, parece plausível, mas, após uma análise apurada, vê-se que a informação não está correta (ou nem faz sentido!). É o que chamamos de “alucinações”.

    Alucinações de IA referem-se a situações nas quais sistemas de inteligência artificial, especialmente os baseados em aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural, geram informações falsas, imprecisas ou inventadas.

    Esses erros ocorrem apesar de não haver intenção de enganar; eles são consequências de como os modelos de IA interpretam e geram dados com base no treinamento recebido.

    Pesquise conteúdo similar

    Você pode utilizar ferramentas de comparação de texto e imagem, como o próprio Google, para ver se encontra partes daquele conteúdo em outros lugares.

    Muitas IAs atuais trabalham com esse modelo de colagem: buscam milhares de inspirações na internet e montam um quebra-cabeças para formar sua entrega final. O que acaba se tornando uma boa pista para identificar peças produzidas automaticamente.

    Análise de imagens geradas por IA

    Nas ilustrações e fotos, por exemplo, até as IAs mais modernas têm dificuldade na construção de algumas partes, como olhos e mãos. Muito provavelmente você esbarrou com alguma ilustração que viralizou por conta de mãos muito tortas, excesso de dedos, iluminação em ângulos sem sentido…

    O nosso cérebro interpreta em um primeiro momento uma imagem perfeita. Mas, quando isolamos componentes, os pequenos defeitos ficam claros.

    Quais ferramentas ajudam na identificação de conteúdos criados com IA?

    Assim como as Inteligências Artificiais evoluem, as ferramentas que analisam e identificam esses conteúdos criados com IA também estão se sofisticando. Veja alguns exemplos.

    Originality.AI

    Originality.AI é uma ferramenta especializada na identificação de conteúdo textual criado por Inteligência Artificial. A solução utiliza a mesma arma, o Machine Learning, para encontrar sinais que sugerem uso de IA com bastante confiabilidade.

    GPTZero

    GPTZero é similar à alternativa anterior, mas com foco ainda maior no ChatGPT. O sistema é alimentado por milhares de conteúdos produzidos por humanos e IAs, aprendendo as diferenças e particularidades de cada tipo. Assim, sabe dizer com bastante precisão quando se trata de um texto automatizado.

    Microsoft Video Authenticator

    A Microsoft vem trabalhando há algum tempo em uma ferramenta de identificação de vídeos e fotos geradas por Inteligência Artificial. Embora ainda não esteja disponível para o público geral, é possível que seja uma grande aliada contra os deep fakes no futuro.

    Copyleaks AI Content Detector

    O Copyleaks AI Content Detector é uma ferramenta avançada projetada para identificar se o conteúdo foi criado por humanos ou gerado por modelos de IA, como GPT-4, GPT-3 e ChatGPT. Ele pode ser usado para detectar plágio, verificar conteúdo e avaliar materiais educacionais.

    A ferramenta suporta múltiplos idiomas, incluindo inglês, espanhol e francês, com mais idiomas em desenvolvimento, tornando-a uma recurso valioso para as indústrias de educação, criação de conteúdo e mídia.

    Google Imagens

    Não existem ainda soluções 100% confiáveis para identificar quando uma foto ou ilustração é feita por IA. Nossas maiores ferramentas neste caso ainda são os olhos.

    Mas você pode utilizar o Google Imagens para facilitar esse trabalho. Na busca por similares, você receberá uma série de resultados de imagens que se aproximam daquela que você está em dúvida. Essa comparação ajuda a distinguir se há trabalho humano na obra.

    Dificuldades para identificar se um texto foi escrito por IA

    Vale ter em mente que não há uma ferramenta que possa determinar com 100% de certeza se um conteúdo foi gerado por humanos ou por uma Inteligência Artificial. Isso ocorre devido à complexidade e à evolução contínua dos algoritmos de IA, que estão se tornando cada vez mais sofisticados e capazes de imitar o estilo de escrita humano.

    Um exemplo nesse contexto é o Undetectable.AI, uma ferramenta projetada especificamente para criar conteúdos que evadem a detecção por sistemas tradicionais de análise de IA.

    Isso torna ainda mais complicado para as ferramentas de detecção citadas, como o Copyleaks AI Content Detector, distinguir de forma conclusiva entre textos escritos por humanos e aqueles gerados por máquinas, introduzindo uma camada adicional de incerteza na verificação de conteúdo.

    Essa dificuldade inclusive já está sendo algo de estudos universitários. Por exemplo, um estudo recente, “Comparing scientific abstracts generated by ChatGPT to original abstracts using an artificial intelligence output detector, plagiarism detector, and blinded human reviewers”, investigou a capacidade de detectar resumos científicos gerados pelo ChatGPT em comparação com resumos originais, utilizando detectores de saída de IA, detectores de plágio e revisores humanos cegos (ou seja, sem conhecimento do contexto da pesquisa e de quais textos eram feitos por IA).

    De acordo com o estudo, embora os resumos gerados pelo ChatGPT fossem claros, apenas 8% deles seguiram corretamente os requisitos de formatação específicos da revista.

    A maioria foi detectada pelo detector de IA, com uma probabilidade média extremamente alta de serem gerados por IA, enquanto os resumos originais mostraram uma probabilidade muito baixa. Porém, o curioso: os resumos gerados por IA tiveram alta pontuação em originalidade segundo o detector de plágio.

    Em testes cegos, os revisores humanos identificaram corretamente 68% dos resumos gerados como sendo de IA, mas também identificaram erroneamente 14% dos resumos originais como gerados por IA, destacando a dificuldade em diferenciar entre os dois. Os revisores observaram que os resumos gerados eram mais vagos e tinham uma sensação de seguir uma fórmula pronta em sua escrita.

    Ou seja, o problema é mais complexo do que pode parecer à primeira vista.

    Qual é o panorama de produção de conteúdo por IA?

    As tecnologias de Inteligência Artificial estão há algum tempo sendo desenvolvidas dentro de empresas de tecnologia e negócios que investem em inovação. Porém, o assunto se tornou ainda mais discutido em 2022, quando essas ferramentas se tornaram mais acessíveis ao público geral.

    Desde então, vemos diariamente pessoas do mundo inteiro experimentando e compartilhando conteúdo produzido a partir de IA. Se antes o conceito era utilizado internamente para análise de dados e geração de modelos preditivos, hoje é muito conhecido por criar imagens, textos e vídeos a partir de prompts de usuários.

    Ferramentas como Midjourney, ChatGPT, Gemini (ex-Bard), Pictory e Adobe Firefly proporcionam acesso simplificado a tecnologias bastante complexas para produção de imagens, textos e vídeos.

    A promessa da IA atual é acelerar e facilitar o trabalho de geradores de conteúdo, automatizando processos de concepção, planejamento e estruturação dessas peças. Isso libera tempo e recursos para que profissionais de Marketing aumentem seu output produtivo: mais conteúdo, mais personalizado em prazos menores.

    No entanto, há o outro lado dessa moeda. As versões contemporâneas de Inteligência Artificial utilizam a internet como fonte de dados, captando fragmentos de conteúdo já existente para mixar em sua própria abordagem do que foi solicitado.

    Esse processo gera uma série de preocupações em relação à autenticidade e até a legalidade de peças publicitárias. Se a IA está utilizando obras de outras pessoas diretamente em sua criação, isso não seria plágio? Ou, ao menos, não seria necessário que autores dessem autorização explícita para uso de seu trabalho com esse fim?

    A expectativa é que a própria evolução da tecnologia resolva essas discussões nos próximos anos, com modelos mais abstratos que não precisem recorrer à cópia. Porém, isso não torna a questão menos importante agora. Saber identificar conteúdo criado por Inteligência Artificial é fundamental em um futuro próximo.

    O que o Google acha de conteúdos criados por IA?

    No início de 2023, o Google atualizou suas orientações em relação ao seu motor de pesquisa para refletir o aumento considerável de conteúdo criado por Inteligência Artificial. Em 2024, o Google lançou uma nova Core Update que reforçou políticas anti-spam e a priorização de conteúdos originais e relevantes para o usuário na classificação da SERP.

    Como a própria empresa afirma, o volume crescente de páginas e artigos brigando por espaços na primeira página de buscas sempre foi um desafio, mesmo quando gerado por pessoas. O foco nunca foi sobre a origem do conteúdo, mas sobre sua qualidade.

    Google Core Update: vou ser penalizado por usar IA para criar conteúdo?

    Esse é o argumento que a gigante tecnológica apresenta para contrapor pessoas e organizações que solicitam o bloqueio total de peças criadas com IA. É muito melhor que ela trabalhe para ressaltar conteúdo que seja útil e engajante para os usuários, o que é o objetivo final de todas as partes envolvidas.

    Portanto, o Google continua valorizando as boas práticas de produção de conteúdo, independentemente de sua origem. As recomendações são:

    • utilizar a IA como ferramenta de estruturação e suporte, não como solução final de produção;
    • investigar a possível incidência de plágio no conteúdo produzido;
    • evitar abuso da ferramenta para spam;
    • usar a IA como uma aliada nas técnicas de SEO que dão qualidade e valorizam sua produção de conteúdo.

    Leia também:

    Perguntas frequentes sobre identificador de IA

    Confira as respostas às principais dúvidas sobre como ver se um texto foi feito por IA.

    Como saber se o texto é de IA?

    Detectar textos de IA envolve verificar repetições, falta de profundidade, inconsistências contextuais e uso estranho de linguagem. Ferramentas especializadas e análises humanas detalhadas são frequentemente necessárias.

    Tem como saber que um texto foi escrito pelo ChatGPT?

    Sim, utilizando ferramentas de detecção de IA como o Copyleaks, que analisam características específicas na escrita que são típicas de modelos como o ChatGPT. Porém, essa avaliação não é 100% precisa.

    Como fazer um texto de IA não ser detectado?

    Para que um texto de IA não seja detectado, a melhor estratégia é humanizar o conteúdo, adaptando-o para incluir nuances, complexidades e variações estilísticas típicas da escrita humana.

    Conclusão

    O uso de IA para produção de conteúdo é uma tendência que será dificilmente revertida. Embora a maioria das empresas utilize como suporte para facilitar processos de estruturação de campanhas, é bem possível que muitas abusem da tecnologia para tirar proveito sem se preocupar de verdade com seu público.

    Portanto, identificar conteúdo criado por Inteligência Artificial é uma capacidade importante para negócios do futuro. Tanto para proteger a imagem da sua marca quanto para não se deixar levar por textos, fotos e vídeos falsos.

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