Bases de dados são essenciais para o funcionamento de qualquer aplicação, de softwares a hospedagens. Elas são responsáveis por centralizar arquivos de mídias e conteúdos fundamentais, que precisam ser carregados para que softwares, websites e apps funcionem. O SQLite é uma das mais relevantes entre as opções de bases de dados disponíveis no mercado, por isso, conhecê-la mais detalhadamente é essencial.
Para os mais desatentos, seu nome pode causar confusão com outra opção, o MySQL, mas há algumas diferenças importantes que direcionam cada uma a tarefas específicas. Por seu funcionamento distinto, SQLite tem sua utilidade bem definida, assim como apresenta maior flexibilidade de otimizações por parte de sua comunidade de usuários.
Neste post, trataremos as características e funcionalidades do SQLite. Você confere:
- O que é SQLite?
- Como ele se diferencia do MySQL?
- Em quais situações o SQLite pode ser utilizado?
- Por que ele é utilizado?
- Quais os recursos que o SQLite oferece?
Continue a leitura para descobrir!
O que é o SQLite?
O SQLite é um banco de dados relacional que, diferentemente de outras ferramentas do tipo, não armazena informações em um servidor. Essa independência acontece porque ele consegue colocar os seus arquivos dentro de si próprio. Essa base de dados é de código aberto e gratuita, sendo muito utilizada em aplicações mobile, com foco no sistema Android.
Ao mesmo tempo em que dispensa um servidor, o SQLite também não demanda nenhum tipo de configuração. Assim, seu uso como base de dados para diferentes tipos de aplicações se torna, além de fácil, mais fluído, dinâmico e leve. Todo esse potencial tem colocado o SQLite como a 9ª opção de base de dados mais utilizada em todo o mundo.
Um dos grandes diferenciais que compõem a lista de qualidades do SQLite é o fato de que ele suporta um grande número de linguagens, algo em torno de 30. Essa versatilidade faz toda diferença para que seu uso tenha sido cada vez mais recorrente.
Como ele se diferencia do MySQL?
Estamos falando de duas opções de base de dados diferentes, apesar da similaridade nos nomes. Suas características são, de forma geral, distintas, o que demanda uma comparação para que você entenda melhor.
Configurações e características gerais
Começando pela arquitetura, enquanto o SQLite não precisa de um servidor, o MySQL é totalmente dependente nesse sentido, sendo projetado de maneira distinta. Quanto ao domínio, o MySQL, apesar de código aberto, pertence à Oracle, enquanto o SQLite é público.
Outra diferença principal é a compatibilidade de dados, muito mais ampla no MySQL, o que ajuda a entender a razão de ele ser mais popular. O SQLite trabalha de forma limitada, apenas com Integer, Real, Text e Blob.
O armazenamento é também uma importante questão que marca as diferenças entre essas duas bases de dados. MySQL trabalha com um servidor de 600MB e SQLite disponibiliza 250KB em sua biblioteca. São diferenças marcantes, mas que também indicam por que SQLite costuma ser usado para aplicações mobile.
Segurança
Apesar de ter mecanismos de segurança reduzidos, a configuração do SQLite é muito mais fácil e simplificada. Já o MyQSL demanda maior conhecimento e esforços mais extensos nesse sentido, ainda que tenha maior capacidade de proteção, especialmente, com a autenticação que oferece aos usuários.
Em quais situações o SQLite pode ser utilizado?
O SQLite, com suas características e funcionalidades específicas, coloca-se como uma opção de banco de dados relevante para algumas situações. A seguir, entenda em qual tipo de aplicação e com qual papel ele pode ser útil.
Sites
O SQLite funciona muito bem para a maioria dos sites, com uma ressalva: desde que sejam aqueles que tenham um tráfego médio, especialmente, se estamos falando de acessos simultâneos. Essa costuma ser a média, exceto grandes e-commerces, ou em períodos como Black Friday.
A razão para isso é que páginas de alto volume de acesso também exigem muito dos bancos de dados. Em média, o SQLite consegue entregar bom desempenho para sites que recebem cerca de 100 mil acessos diários. Por isso, antes de escolher essa base de dados, é fundamental entender qual é o desempenho médio e, então, fazer uma escolha segura.
Dispositivos incorporados
Esses dispositivos são aqueles que funcionam sem a necessidade de que alguém os opere. O encaixe é perfeito com o SQLite pelo fato de ele trabalhar também de forma independente, sem que alguém precise administrá-lo. Por isso, entre os dispositivos ideais para ele, podemos listar:
- smartphones;
- TVs;
- relógios;
- eletrodomésticos inteligentes;
- câmeras;
- consoles de videogame;
- sistemas digitais de automóveis;
- drones;
- aparelhos médicos.
No geral, o SQLite é uma escolha frequente como base de dados para aparelhos que se enquadram na tecnologia de Internet das Coisas. São dispositivos que interagem com bases monitoradas por usuários, mas que não exigem alguém operando para realizar suas funções.
Formato do arquivo do aplicativo
Nesse tipo de uso, o SQLite dá suporte para aplicações desktop diversas, geralmente, mais complexas, como:
- sistemas de controle de versão;
- ferramentas de análise financeira;
- ferramentas de edição de mídia;
- pacotes CAD;
- programas de manutenção de registros.
Quando usado dessa maneira, o SQLite possibilita um desempenho muito maior nessas aplicações, o que garante maior certeza de um funcionamento estável.
Análise de dados
O SQLite também pode funcionar bem em análises de volumes de dados mais amplas, utilizando a linha de comando sqlite3. Se estamos falando de análises mais complexas, é possível executá-las com a ajuda de scripts em Python ou R. Nesses casos, se necessário, é possível usar adaptadores, quando o SQLite não estiver incorporado.
Entre as categorias de análises possíveis estão:
- log de website;
- análise estatísticas esportivas;
- métricas de programação;
- análise de resultados experimentais.
Por que ele é utilizado?
Há muitas razões que justificam o SQLite ser amplamente utilizado, todas elas ligadas à sua construção como banco de dados e à maneira como funciona bem com diversas aplicações, desde navegadores até plugins. A seguir, conheça alguns desses motivos e de que maneiras eles impactam positivamente a experiência de uso.
Alta compatibilidade
O SQLite funciona bem com qualquer tipo de sistema operacional, especialmente, os tradicionais como Windows, OS, Linux, Android e iOS. Isso significa que, no período de desenvolvimento de aplicações que terão essas base de dados como suporte, o profissional não precisa se preocupar em relação ao desempenho prejudicado por conta de alguma possível incompatibilidade.
Aplicativos podem ser escritos em qualquer linguagem
Outra preocupação que não deve existir é em relação à linguagem utilizada no desenvolvimento das aplicações que usarão o SQLite. O único detalhe importante é que deverá haver uma forma de vincular essa aplicação com bibliotecas externas que tenham sido escritas na linguagem C. O processo se torna muito mais simples, especialmente, pela dispensa da relação usuário-servidor.
Domínio público
O fato de ser uma base de dados de domínio público é um detalhe importante no sentido de não impor restrições quanto ao seu uso. Basicamente, isso significa que o SQLite pode ser utilizado em qualquer programa, com qualquer finalidade e em diversas situações. Isso aumenta muito a sua compatibilidade, o que o torna cada vez mais utilizado pela base de usuários.
Dispensa de configuração
O fato de não usar um servidor e sua arquitetura adequada a isso, o SQLite dispensa o processo prévio de configuração, algo muito comum aos bancos de dados. Não é necessário iniciar ou parar esse trabalho, bastando apenas começar a usá-lo de maneira natural. Consequentemente, qualquer arquivo de configuração também é dispensado.
Autocontido
O SQLite também requer um suporte mínimo de sistemas operacionais ou até mesmo bibliotecas externas. Ele é bastante independente e, por conta disso, funciona muito bem em diversos tipos de aplicações embutidas, casos de smartphones, consoles e aparelhos de mídias diversos. O fato de ser leve e ágil, sem precisar de espaço para trabalhar, é consequência de sua formatação autocontida.
Tabelas dinâmicas
Tabelas dinâmicas tornam muito mais simples e prático o trabalho com bases de dados. Seguindo isso, o SQLite permite que o usuário insira qualquer valor na coluna que quiser, sem fazer nenhuma distinção da categoria de dado em questão. Assim, uma estrutura mais dinâmica e facilitada para o uso cotidiano é oferecida.
Conexões únicas
Com o SQLite, é necessária apenas uma conexão para acessar diversos arquivos de bancos de dados, o que favorece uma operação muito mais ágil e organizada. Por isso, é possível unir tabelas e bancos diferentes, ou copiar arquivos e transferi-los para outros destinos de maneira simples, sem que muitos comandos sejam necessários.
Bases de dados são necessárias para aplicações diversas, e é sempre importante encontrar a solução mais certeira para cada uma delas. Não há dúvidas de que o SQLite é uma ótima escolha, especialmente, para os exemplos que citamos ao longo deste conteúdo. Agora que você já conhece melhor essa opção, fica mais fácil ter desempenho de destaque ao escolhê-la.
Aproveite e entenda mais sobre o que é um banco de dados e como ele é indispensável para o seu trabalho ao desenvolver o site de uma empresa!
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